quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Black Mirror - 1ª Temporada: Até onde Iremos parar com a Tecnologia?

Há algum tempo atrás, estava surfando violentamente pelos títulos disponíveis na Netflix e buscava algo rápido para assistir. Acabei me deparando com Black Mirror, uma série britânica de 2011 criada por Charlie Brooker para o Channel 4. A série foi adquirida pela Netflix em 2015 e atualmente encontra-se na sua quarta temporada com um total de 19 episódios, com duração média de 42 minutos a 89 minutos cada episódio. A série é fenomenal!

O "Espelho Negro"
Black Mirror é uma série antológica de ficção científica, ou seja, é uma coleção de histórias agrupados por temática, que neste caso sempre envolve a tecnologia e como ela pode nos afetar hoje, ou daqui a 2 anos, ou 50 anos, enfim. As histórias de cada episódio são independentes uma das outras e o elenco também é sempre diferente a cada episódio. De cara me lembrou demais a Além da Imaginação (The Twilight Zone), que também é uma série antológica de ficção científica de 1959, com novas temporadas em 1985 e em 2002. A estrutura e o exercício de imaginar situações "absurdas" estão presentes em ambas as séries. Elas funcionam perfeitamente para explodir nossas cabeças e nos fazer dizer "Caraca! Imagina se isso fosse verdade!", o tempo todo.

Uma cena de Além da Imaginação, série de 1959
No caso de Black Mirror, esta situação fica ainda mais forte por abordar fatos que estão caminhando para ocorrer a qualquer momento no ritmo que a tecnologia vem avançando. A primeira temporada é composta por apenas 3 episódios. Vou citar brevemente o enredo de cada um deles. O primeiro episódio é "The National Anthem", algo como "Hino Nacional". Na trama a princesa da Inglaterra, amada por todo povo, é sequestrada e como resgate o sequestrador pede que o Primeiro Ministro tenha relações sexuais ao vivo com um porco, transmitindo via streaming para todo o mundo até a noite ou a princesa será assassinada. O que começa como algo tolo, vira uma grande crítica ao modo obsessivo com que as pessoas estão lidando com a mídia e aborda qual limite você iria para salvar outra pessoa.

Rory Kinnear como o Primeiro Ministro inglês em "Hino Nacional"
O segundo episódio é "Fifteen Million Merits", algo como "Quinze Milhões de Méritos". Num futuro, as pessoas precisam andar horas e horas numa bicicleta imóvel para gerar energia e ganhar com isso méritos, que é uma espécie de moeda que você usa para se alimentar, ter moradia e até mesmo entretenimento. Quem acumula 15 milhões de méritos tem o direito de se apresentar num tipo de programa de talentos. A pessoa que for bem neste programa é liberado de pedalar e pode viver uma vida melhor com todo conforto e luxo. Um rapaz se apaixona por uma novata no sistema e decide doar seus 15 milhões de créditos para que ela possa tentar cantar no programa. Aqui a trama lida com a busca pela fama, com ambição e como as pessoas se vendem por uma "vida melhor".

Daniel Kaluuya e Jessica Brown Findlay em "Quinze Milhões de Créditos"
O terceiro e último episódio da primeira temporada é "The Entire History of You", que em português seria "Toda sua História". Nesta história as pessoas usam um tipo de chip atrás da orelha que grava todo o seu dia a dia, podendo ser visto e revisto através do próprio olho do indivíduo ou transmitindo para uma televisão. Durante uma festa, um marido começa a desconfiar da amizade da sua esposa e de um amigo dela. Através de uma busca no seu chip, ele começa a desvendar diversos segredos do passado. Este episódio aborda até onde é saudável você saber de tudo que ocorre com as pessoas e se há algum limite para a privacidade alheia.

Toby Kebbell em "Toda Sua História"
A série é fenomenal! Me cativou logo no primeiro episódio com uma trama envolvente em seus primeiros minutos e que aguçou demais a minha curiosidade a cada novo episódio. O elenco é sempre espetacular a cada episódio e podemos destacar a participação de Rory Kinnear (interpretou Bill Tanner nos filmes de James Bond com Daniel Craig), Daniel Kaluuya (interpretou Chris Washington em Corra!), Rupert Everett (interpretou George Downes em O Casamento do Meu Melhor Amigo), Jodie Whittaker (interpreta a atual Doutora em Doctor Who), Jessica Brown Findlay (interpretou Lady Sybil Branson née Crawley em Downton Abbey) e Toby Kebbell (interpretou Victor von Doom em Quarteto Fantástico). Os efeitos especiais da série são excelentes e o ritmo das histórias flui facilmente. 

Rupert Everett em "Quinze Milhões de Créditos"
Eu adorei particularmente a trama do terceiro episódio. Toda a investigação feita pelo personagem de Toby Kebbell para descobrir a verdade deixa qualquer um muito aflito e quando ele vai chegando perto de relevar todo o mistério, fica aquela pergunta no ar de que "não era melhor deixar tudo isso pra lá?". A paranoia que a tecnologia pode nos causar e a grande força desta série formidável. Eu já era fã da antiga Além da Imaginação, e agora Black Mirror me pegou com força. A crítica e o público tem ido ao delírio com a série elogiando-a cada vez mais e mais. A série recebeu diversas indicações a vários prêmios e venceu diversos deles, incluindo o de "Melhor Série/Minissérie" de 2012 no International Emmy Awards. 

Jodie Whittaker e Toby Kebbell em "Toda Sua História"
Aconselho que vocês parem tudo o que estão fazendo agora mesmo e assistam ao primeiro episódio da primeira temporada. Duvido que não irão se viciar instantaneamente! Em breve, iremos falar sobre a segunda temporada aqui no nosso amado blog. Não deixem de nos seguir para acompanhar tudo o que estamos achando de Black Mirror. Mas fiquem atentos mesmo para perceberem que serei eu mesmo, este humilde blogueiro que vos escreve, quem irá escrever o texto ou se será algum tipo de androide do futuro quem irá fazê-lo!


Um grande abraço.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Thor: Ragnarok - Um Filme na Média

Quando a Marvel Studios lançou Thor: Ragnarok em outubro de 2017 nos cinemas, houve muito burburinho devido ao título do filme e do prometido embate mostrado nos trailers entre Thor e Hulk. Uma possível adaptação, mesmo que minúscula da história "Planeta Hulk", animou aos fãs de quadrinhos. O filme desde o começo assumiu que seria mais um filme no estilo de comédia-ação do que outra coisa. Com roteiro de Eric Pearson e direção de Taika Waititi, o filme chamou atenção de boa parte do público e da crítica. Seria o novo filme do Deus do Trovão algo tão diferente assim e que faria o personagem finalmente deslanchar em seus filmes solos?

Poster do filme
O filme acompanha Thor (Chris Hemsworth) tendo que lidar com o Ragnarok, uma espécie de fim do mundo em Asgard, enquanto precisa dar cabo de Hela, a Deusa da Morte (Cate Blanchett) que veio para tomar o trono de Asgard. No meio de uma batalha, Thor vai parar num planeta desconhecido e é obrigado a virar um gladiador, tendo que lutar pela sua liberdade, enfrentando o principal campeão do planeta: o Hulk (dublado e com a captura de movimentos de Mark Ruffalo). Agora, nosso herói terá que batalhar para salvar sua própria pele e também para salvar seu reino e seu povo.

A tão aguardada luta entre Thor e Hulk
Com a trama contada, posso lhes afirmar que o filme possui bastante ação, bastante humor e é bem divertido, mas não é nada além do que já estamos acostumados a ver em todo filme do Universo Marvel. Não me entendam mal, amiguinhos. Eu sou fã da Marvel e de seus filmes. Não sou contra a tão famosa (e odiada por algumas pessoas) Fórmula Marvel de fazer filmes, mas Thor: Ragnarok foi vendido por boa parte da crítica especializada com um grande filme de comédia-ação, diferente dos outros filmes do universo cinematográfico da Casa das Ideias, e simplesmente ele é igual a qualquer outro filme já feito por eles. O humor e a ação estão presentes ali como em qualquer outra película da Marvel. Não há nada de diferente, neste sentido.

Da esquerda pra direita: Hulk, Thor, Valquíria e Loki
As homenagens feitas a Jack Kirby, que faria 100 anos se estivesse vivo em 2017, estão presentes no visual de Sakaar (o tal planeta desconhecido citado mais acima), nas roupas das Valquírias, no visual do Grão-Mestre (Jeff Goldblum) e nas cores do filme. O novo visual de Thor, com seus cabelos cortados e uma roupa diferente, ficou muito boa. 

O novo visual do Deus do Trovão
O grande destaque do filme vai para as mulheres. Elas dominam o filme do começo ao fim. Tanto Hela, quanto a Valquíria (Tessa Thompson), estão duronas, letais, lindas e sexy. Ambas quebram tudo e colocam os homens no chinelo fácil, fácil. A vilã de Cate é irônica, calma, poderosa e letal. A Valquíria de Tessa é badass, pavio curto e boa de briga. Ah! A interação da dupla Thor e Hulk também foi um ponto positivo. Ambos protagonizam boas cenas juntos, tanto na ação, quanto no humor. 

Hela, linda e mortal
O filme agradou ao público e a crítica. Custou em torno de 180 milhões de dólares para ser feito e arrecadou mais de 851 milhões de dólares ao redor do mundo. Muitas pessoas consideraram este como o melhor filme solo do Deus do Trovão. Para mim, este humilde blogueiro que vos escreve, o melhor filme solo de Thor ainda é Thor: O Mundo Sombrio de 2013. Thor: Ragnarok não é ruim. Longe disso. É um bom filme, mas nada além disso. É um filme na média, como qualquer outro filme feito pela Marvel. Ironicamente, é o filme onde Thor está mais poderoso do que nunca.

Thor está mais poderoso do que em qualquer outro filme que apareceu antes
Depois de tudo apresentado no decorrer de Thor: Ragnarok, só nos resta aguardar a tão esperada estreia de Vingadores: Guerra Infinita em 26 de abril de 2018! Mas, antes ainda teremos também o filme solo do Pantera Negra em 16 de fevereiro de 2018! Portanto, amiguinhos, juntem seu suado dinheirinho para pirar com a Marvel nos cinemas! E que pelo amor de Odin, seja algo mais empolgante do que Thor e seu Ragnarok.


Um grande abraço.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Archer - 1ª Temporada: Desenho satiriza os Agentes Secretos de forma Espetacular!

Aprendi com meu pai há muito tempo atrás a admirar e ser fã de James Bond, o eterno 007. Através dele veio a "Bondmania", fazendo com que milhares de "cópias" (no bom sentido) do agente secreto fosse espalhado no mundo e em diversas mídias. Claro, que na comédia não poderia ser diferente também. Muitas sátiras e paródias foram lançadas, e entre elas, está este formidável desenho de 2009 criado por Adam Reed para o canal FX. Archer está atualmente na sua oitava temporada, conta com 93 episódios com duração média de 23 minutos cada e já tem uma nona temporada confirmada agora para 2018. Vamos abordar aqui a sua primeira temporada, constituída por 10 episódios.

Poster do desenho. Vai dizer que não parece o próprio James Bond??!
Sterling Archer (dublado por H. Jon Benjamin) é um agente secreto da ISIS, agência secreta de inteligência sediada em Nova York. Ele vive se envolvendo em muitas confusões e trapalhadas devido ao seu jeito egoísta, narcisista, mimado, tapado e promíscuo de ser, mas apesar disso tudo, ele sempre resolve suas missões. Ele vive brigando com sua mãe, Malory Archer (dublada por Jessica Walter), que é sua chefe e diretora da ISIS. Ao lado de outros agentes e funcionários, eles fazem de tudo para proteger o mundo, isso quando não estão tentando destruí-lo.

Archer acha que está totalmente disfarçado com apenas este bigode!
Já citamos como Sterling Archer é, agora vamos falar dos outros personagens principais do desenho de forma resumida. Malory Archer é fria, distante, um pouco promíscua também e ama viver no luxo. Lana Kane (dublada por Aisha Tyler) é uma das melhores agentes da ISIS e é ex-namorada de Sterling. Ela é esperta, mortal e parece ter uma queda pelo seu ex. Cyril Figgis (dublado por Chris Parnell) é o contador da ISIS e é o atual namorado de Lana. Ele é totalmente inseguro, tímido e meio bunda mole; acaba sofrendo com a implicância de Sterling. Pam Poovey (dublada por Amber Nash) é a chefe do RH da ISIS e nunca é levada a sério por ninguém. Tenta desenvolver uma relação amarosa com alguém, mas ninguém a quer. Cheryl Tunt (dublada por Judy Greer) é a secretária da agência. Ela é psicopata, meio maluca e possui tara por ser estrangulada durante o ato sexual. Ray Gillette (dublado por Adam Reed) é um agente secreto gay da ISIS, que aparece vez ou outra no desenho. Por fim, temos o Doutor Algernop  Krieger (dublado por Lucky Yates), cientista e inventor das armas secretas das ISIS. Ele é moralmente instável, tem tara por tudo e por todos; não bate muito bem da cabeça.

Da esquerda para direita: Archer, ao lado dele Lana, na frente de Archer de azul está Cheryl, ao lado dela Pam de laranja, no fundo estão Ray, Cyril e Dr. Krieger
Com toda essa combinação, não preciso nem dizer que o desenho me ganhou logo no seu primeiro episódio, né? Archer é extremamente engraçado com seu politicamente incorreto, com sua sátira aos filmes de espionagem e com o jeito de seus personagens. O traço do desenho é muito bem feito e o jazz é a trilha sonora quase que o tempo todo do desenho.

Archer, Lana e Malory se reúnem para um drinque amigável
O desenho faz sucesso com o público e com a crítica e ao longo dos seus 8 anos no ar já foi indicado a mais 30 premiações, tendo vencido 11 vezes, entre elas Melhor Show que Você está Perdendo em não Assistir, Melhor Desenho de Comédia, Melhor Série Animada, entre outros. Archer expandiu e foi para os livros, teatro, CD´s com as músicas do desenho, colecionáveis e há uma promessa de um filme em live action assim que os produtores encerrarem o desenho. Matt Thompson, produtor executivo do desenho, e Adam Reed querem encerrar o desenho na sua décima temporada. 

Archer e seu fiel mordomo (quase escravo) Woodhouse
Recomendo totalmente que vocês assistam a Archer. É um desenho hilário, com personagens cativantes que farão vocês rirem pra valer a cada minuto de suas aventuras e confusões. Se vocês estão preparados vão em frente, pois este agente secreto tem permissão para matar a todos... de tanto rir, é claro.


Um grande abraço.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Magi: Adventure of Sinbad - 1ª Temporada: Um Bom Spin-Off

Na minha eterna busca por conhecer novas produções na Netflix, um anime me chamou a atenção, e era ele Magi: Adventure of Sinbad, inspirado no mangá de mesmo nome. Como já conheço o personagem de longa data, achei interessante dar uma conferida na visão oriental sobre ele. O anime foi criado por Shinobu Ohtaka e Yoshifumi Ohtera, e ele é um spin-off do anime Magi: The Labyrinth of Magic, também criado por Ohtaka e Ohtera e também inspirado no mangá de mesmo nome. A primeira temporada de Magi: Adventure of Sinbad possui 13 episódios com duração média de 25 minutos cada. O anime foi lançado em 16 de abril de 2016 pela Netflix.

Poster do anime
A trama do anime ocorre 30 anos antes do encontro entre Sinbad e Aladdin, personagem principal de Magi: Labyrinth of Magic. No anime solo de Sinbad o acompanhamos desde a fase em que ele é um bebê até a fase dele já adulto, partindo para tornar o mundo um lugar mais justo e de paz para todos, além de mostrar como ele irá se tornar o Rei dos 7 Mares. Simbad está em busca das "dungeons", uma espécie de artefatos que concedem poderes especiais para quem as encontrar. 

Poster de Magi: The Layrinth of Magic
Sinbad é um jovem justo, forte e determinado que após ver a opressão da guerra em sua vila, quer levar a paz para todo o mundo. Ele aprendeu com seu pai que a guerra não traz nada de bom para ninguém. Ao longo de sua jornada, Sinbad conhece pessoas que acabam por admirá-lo e juntam-se a ele nessa busca pela paz mundial, entre eles, os principais são: Yunan (uma espécie de mago), Drakon (um general que vira rival/amigo de Sinbad), Hinahoho (um cara extremamente forte), Mystras (um jovem que tem como ponto fracos as mulheres) e Ja´far (um jovem assassino de passado problemático e violento, mas que acaba se regerando graças a Sinbad).

Da esquerda para direita: Sinbad, com lança na mão Mystras, de braços cruzados Drakon, ao lado de Sinbad é Ja´far e no canto direito de cabelos azuis é Hinahoho 
O anime é muito bom, os traços são bem feitos, há bastante ação, boas lutas e há bastante humor. Eu curti logo, e só depois de estar no meio da temporada que fui descobrir que deveria ter começado com Magi: The Labyrinth of Magic (sou chato e gosto de ver as coisas na ordem cronológica), apesar de não atrapalhar em nada ver o anime solo de Sinbad primeiro, haja visto que toda a história se passa 30 anos antes do anime com Aladdin. Também descobri há pouco tempo que em 2013, os criadores de ambos os animes, lançaram 5 OVA´s (Original Vídeo Animation, ou seja, episódios de animes lançados diretamente para o mercado de vídeos) contemplando do volume 3 ao volume 7 do mangá "Adventure of Sinbad", da dupla Ohtaka e Ohtera. A história destes 5 OVA´s estão presentes no anime solo do personagem Magi: Adventure of Sinbad.

Capa de um dos volumes do mangá
Obviamente como só temos uma temporada ainda, muita coisa ainda não foi explicada ou resolvida ainda. Só resta torcer para que a Netflix produza uma segunda temporada ou que ao menos feche as pontas que ficaram em aberto. Recomendo este bom anime para todos e duvido que vocês não fiquem com um gostinho de quero mais na boca ao fim dos 13 episódios. Deem uma chance a Sinbad e seus amigos! Agora, partirei para as aventuras de Aladdin e verei o primeiro encontro entre esses dois mitos em Magi: The Labyrinth of Magic!


Um grande abraço.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Ricky e Morty - 1ª Temporada: Ficção Científica com muito Humor num Desenho Insano!

Há algum tempo atrás estava assistindo ao OmeleTV, programa do YouTube da galera do site Omelete (www.omelete.com.br), e neste programa, eles estavam indicando um desenho para a galera que curte ficção científica e humor assistir: Rick and Morty. Eu gostei do que vi e procurei o desenho para assistir na Netflix, que possui as duas temporadas completas em seu serviço de streaming. O desenho foi criado por Dan Harmon e Justin Roiland, inspirado num curta animado parodiando De Volta para o Futuro, franquia de sucesso dos anos 80. O curta foi criado por Roiland para o festival de Cinema Channel 101 e acabou agradando ao Cartoon Network, que encomendou uma série para o bloco noturno "Adult Swim", voltado para adultos. A primeira temporada estreou em 2 de dezembro de 2013 e contem 11 episódios com duração média de 22 minutos cada. 

Logo do desenho e a turma toda reunida
A trama acompanha as confusões e aventuras do cientista alcoólatra, egoísta, pervertido e inconsequente, Ricky Sanchez (dublado por Justin Roiland), e do seu neto adolescente, tímido, inseguro e ingênuo, Morty Smith (também dublado por Justin Roiland), que vivem viajando no tempo, descobrindo novos planetas, novas civilizações e inventando mil e uma engenhocas loucas que metem todos em muitas enrascadas. A família Smith ainda conta com Jerry Smith (dublado por Chris Parnell), pai inseguro e meio tapado de Morty e Summer. Temos Beth Smith (dublada por Sarah Chalke), filha de Ricky e mãe de Morty e Summer. Ela é inteligente, muitas vezes parece se arrepender de ter casado com Jerry e sempre é muito responsável. Por fim, temos Summer Smith (dublada por Spencer Grammer), irmã de Morty. Ela é mais velha do que Morty e é uma típica adolescente, que é superficial e sempre está tentando ser popular no colégio.

Uma selfie.... diferente da família. da esquerda pra direita: Summer acima, Morty abaixo, no centro Jerry e Beth, e no canto a direita temos Ricky
Rick e Morty é um desenho extremamente divertido, possui bons personagens, há muita referência ao universo pop/nerd, há bastante humor e muito do politicamente incorreto está presente também, começando com um cientista de mais de 60 anos que é alcoólatra, fala palavrão o tempo todo e que está sempre falando sobre sexo. 

Ricky ensinando "bons modos" a uma raça alienígena
Os grandes destaques ficam por conta de Ricky e de Jerry. Ambos não se suportam e protagonizam momentos hilariantes quando estão juntos. Jerry acha Ricky uma má influência para Morty e Ricky acha Jerry um fracassado e que sua filha Beth poderia ter arrumado algo muito melhor para ela. Apesar das brigas e discussões constantes, eles gostam um do outro.

Jerry e Ricky passam um tempo sozinhos se divertindo
O público e a crítica aclamam o desenho e uma quarta temporada já foi confirmada, mas ainda sem previsão nenhuma de estréia. Ryan Ridley, produtor e roteirista de Ricky e Morty, afirmou esses dias em entrevista que acha difícil que a nova temporada vá ao ar antes do final de 2019. Atualmente o desenho estreou sua terceira temporada em abril de 2017 e agora conta com 31 episódios totais. O sucesso do desenho é tanto que ele já se expandiu para quadrinhos, jogos de videogames, colecionáveis e possui até mesmo um "Rickmobile", que é uma espécie de loja ambulante com produtos oficiais da dupla e sua turma.

Esse é o Rickmobile! Animal, não?
Mesmo tendo um começo meio morno, o desenho emplaca após uns 2 ou episódios e tonar-se extremamente divertido de se assistir. Portanto, galerinha, recomendo com toda certeza que vocês deem uma chance a Ricky, Morty, Jerry, Beth, Summer e toda a galera de Ricky e Morty! Agora, tenham muito cuidado com os pedidos extravagantes que Ricky! Eles podem te meter, literalmente numa grande furada!


Um grande abraço.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Big Mouth - 1ª Temporada: Hormônios em Fúria num Desenho Hilário!

Todos sabemos que a fase da adolescência é um período de muitas mudanças para todas as pessoas, mas alguém já parou para pensar como é a fase pré-adolescência? Pois, Nick Kroll, Andrew Goldberg, Mark Levin e Jennifer Flackett pensaram nisso e desenvolveram Big Mouth, novo desenho exclusivo da Netflix, que conta com 10 episódios com média de 25 minutos cada em sua primeira temporada. O desenho é inspirado na vida de Kroll e Goldberg na fase da pré adolescência e estreou na Netflix em 29 de setembro de 2017.

Poster da primeira temporada exclusiva para a CCXP 2017
O desenho mostra os dilemas que os adolescentes passam, como mudanças no corpo, dúvidas sobre sexo, sentido da vida, entre muitas outras coisas, tudo misturado com muito humor. Nick Birch (dublado por Nick Kroll) e Andrew Glouberman (dublado por John Mulaney) são dois melhores amigos da 7ª série, que passam pelas dúvidas da adolescência e abordam temas como masturbação, homossexualidade, sexo, diferenças, amadurecimento, entre outras coisas ao lado dos amigos Jessi Glaser (dublada por Jessi Klein), Jay Bilzerian (dublado por Jason Mantzoukas) e o Monstro dos Hormônios (também dublado por Nick Kroll). 

Da esquerda para a direita: Missy, Andrew, Nick, Jessi e Jay
O desenho é impagável e acerta em cheio ao mostrar temas tão comuns à adolescência, tratando tudo com muito humor e leveza. Temos situações comuns e cotidianas desta fase, tais como surgimento de pelos ou espinhas, até mesmo aos pais super tranquilos e que encaram qualquer questão sexual dos seus filhos com a maior naturalidade do universo. Quase todos os episódios possuem ótimos quadros musicais. Por falar em música, o tema de abertura, "Changes", interpretada por Charles Bradley é excelente e é um dos melhores temas de abertura desta última safra de novos desenhos da Netflix, além da letra de tudo haver com o desenho.

Nick, Andrew e o Monstro dos Hormônios
Dos personagens principais temos Nick Birch, um garoto alegre, de bem com a vida e que é mais novo do que seu melhor amigo, Andrew. Nick ainda não entrou tanto na puberdade quanto Andrew. Já Andrew Glouberman é inseguro, tímido e é viciado em masturbação. Jessi Glaser é uma menina esperta, sarcástica e que também está começando a entrar na puberdade. Jay Bilzerian é um garoto que ama mágica e é tarado, ele mantém relações sexuais com seu próprio travesseiro. Outros bons personagens são Missy (dublada por Jenny Slate), o fantasma de Duke Ellington (dublado por Jordan Peele), entre outros.

Nick e Andrew tentam entender porquê Jessi muda seu humor repentinamente
O grande destaque de Big Mouth fica com dois personagens que fazem a barriga da gente doer de tanto rir: o Monstro dos Hormônios e o Treinador Steve, ambos dublados por Nick Kroll. O Monstro dos Hormônios é sarcástico, engraçado e totalmente tarado. Ele só pensa e fala sobre sexo 24 horas por dia. O Treinador Steve é um cara gente boa, mas extremamente burro e sem noção. Ele é carente ao extremo e nunca percebe quando estão debochando dele ou o evitando. São os melhores personagens do desenho com folga.

Treinador Steve, o rei do "semancol"
O desenho agradou aos críticos e ao público e a Netflix já o renovou para uma segunda temporada que estreará agora em 2018, ainda sem uma data de estreia. 

O Monstro dos Hormônios dando várias dicas para Andrew
Para aqueles que querem rir muito e relembrar os desastres da adolescência, com certeza precisa assistir a Big Mouth. Venham relembrar como pelos, masturbação, menstruação e outros temas causavam tanto pavor e rendam-se aos encantos irresistíveis do Monstro dos Hormônios. Com certeza absoluta vocês não irão se arrepender.


Um grande abraço!

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

The Ranch - Parte 1 (1ª Temporada): Uma Ótima Série de Comédia sobre Relações entre Pai e Filhos

Eu já estava há algum tempo flertando com The Ranch na minha lista de filmes e séries da Netflix, e após algum tempo procurando uma nova série de comédia para assistir, decidi dar uma chance à série. Não poderia ter tomado uma decisão melhor. The Ranch é hilária e tocante ao mesmo tempo. Criado por Don Reo e Jim Patterson para a Netflix, a série é dividida em 4 partes até o momento: parte 1 com 10 episódios, parte 2 com mais 10 episódios (totalizando 20 episódios da sua primeira temporada), parte 3 com 10 episódios e parte 4 com mais 10 episódios também (totalizando mais 20 episódios na sua segunda temporada). A duração média de cada episódio é de 31 minutos.

Poster da série
A história da série acompanha Colt Bennett (Ashton Kutcher), uma promessa de jogador semi-profissional, que teve que encerrar a carreira esportiva e decide voltar a morar no rancho com seu pai linha dura e mau humorado, Beau Bennett (Sam Elliott), e seu irmão mais velho e sarcástico, Jameson "Galo" Bennett (Danny Masterson). Agora, Colt terá que ajudar o pai e o irmão a administrar o rancho, além de encarar as consequências causadas pelos 15 anos de ausência da família após ter abandonado a todos para tentar uma carreira esportiva. 

Os irmãos, Colt e Galo, e o pai, Beau
The Ranch é uma excelente comédia, que por diversas vezes nos faz rir alto mesmo. Com tudo isso ainda há espaço para momentos emocionantes e tocantes envolvendo a relação entre os irmãos, com a mãe Margaret "Maggie" Bennett (Debra Winger), e especialmente, com o pai. Os quatro integrantes da família são totalmente diferentes uns dos outros e isso gera situações hilárias.

Colt e Galo discutindo como sempre
Colt é egoísta, infantil, meio tapado e extremamente vaidoso. Galo é sarcástico, tarado e vive relembrando o passado para o pai poder brigar com Colt. Beau é mau humorado, curto e grosso. Maggie é a mãezona da família, sempre tentando fazer com que os homens não briguem, aconselha a todos, mas quando se estressa também, pega o pé de geral. Devido a diversas brigas com Beau, ela não mora mais no rancho, e sim num trailer atrás de um bar em que ela é proprietária. Maggie e Beau continuam casados, mas ele vive pedindo para ela voltar para casa. A família Bennett é boa de bebida e todo episódio os vemos tomando cerveja ou whisky. 

Os Bennetts se reúnem no bar de Maggie
The Ranch ainda conta com Abby Phillips (Eisha Cuthbert), ex namorada e eterna paixão de Colt; Kenneth "Kenny" Ballard (Bret Harrison), atual namorado de Abby; Heather (Keli Gross), atual namorada de Colt; Dale (Barry Corbin), veterinário e melhor amigo de Beau; e Hank (Grady Lee Richmond), um cliente do bar de Maggie que sempre tem um comentário apropriado para fazer nos momentos mais peculiares e sempre está tentando ganhar bebidas grátis no bar.

Abby e Colt bebem no bar, enquanto são observados por Hank e uma amiga
Os grandes destaques aqui vão para Danny Masterson com seu Galo e Sam Elliott com Beau. Ambos fazem valer a série. Seus personagens são hilários e é uma pena saber que Danny não estará mais na nova temporada de 2018, a terceira, já que o ator está envolvido com acusações de estupro e a Netflix decidiu demití-lo da série, mesmo ele sendo um dos produtores executivos ao lado de Ashton Kutcher. Por falar em Kutcher, mais uma vez ele interpreta o mesmo tipo de personagem que já havia lhe dado fama em That´s 70 Show e em Two and a Half Men: o cara bonitão, meio tapado, egoísta, mas de coração bom. Colt acabou ficando totalmente na sombra de Galo e Beau.

Colt, Galo e Kenny
Uma bela curiosidade é que todos os títulos dos episódios são nomes de músicas countrys. 

A lindíssima Heather, atual namorada de Colt
Com boas interações familiares, conflitos amorosos, amizade e muita bebedeira, The Ranch tem tudo para agradar aos fãs da boa comédia e conquistar novos fãs para a família Bennett. Então, galerinha, sentem-se em seus sofás e assistam esta ótima série, mas muito cuidado para Beau não perceber que vocês estão à toa. O cara é brabo demais!


Um grande abraço!

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Neighbors from Hell - Quem disse que demônios não podem ser Engraçados?

Na minha busca por desenhos de comédia no mesmo estilo de Family Guy para substituí-la na minha  grade de programação da Netflix, eis que descobri Neighbors from Hell, traduzindo literalmente seria "Vizinhos do Inferno". O desenho foi criado por Pam Brady em 2010 e foi produzido pela Bardel Entertainment, Fox Television Animation, BentoBox Entertainment e Moonboy Animation, contendo apenas 10 episódios com duração média de 22 minutos cada.

A Família Hellman. Da esquerda para direita: Balthazor, Tina, Mandy, Josh, Pazuzu e Vlaartark 
Bathazor Hellman (dublado por Will Sasso) é um demônio que tem como função torturar pessoas no inferno, mas quando ninguém está vendo, ele assiste à televisão ilegal no inferno, que nada mais é do que a nossa programação normal. Balthazor é viciado em séries de TV. Ele é descoberto pelo Diabo e como punição por seus atos é enviado para Terra com toda sua família com a missão de destruir uma broca gigante da mega empresa Petromundo, que pode escavar até o núcleo da Terra e desta maneira, pode acabar com o inferno.

Reunião amistosa dos Hellmans com Satã e Necromuncula
A família Hellman é formada pelo chefe da turma, Bathazor Hellman, que é um demônio gente boa, meio inocente e tapado, possui bom coração, ama TV, sua família e fará de tudo para levar todos de volta ao inferno o mais rápido possível. Tina Hellman (dublada por Molly Shannon), é apaixonada por Balthazor, é alcoólatra, pavio curto e está sempre tentando matar algum ser humano inconveniente. Mandy Hellman (dublada por Tracey Fairaway) é a típica filha adolescente e Josh Hellman (dublado por David Soren) é o filho caçula e meio bobo. Vlaartark Mimlark (dublado por Kyle McCulloch) é tarado, metido, meio louco e tio das crianças. Para completar a família, ainda temos Pazuzu (dublado por Patton Oswalt), que é um goblin, uma espécie de cãozinho lá do inferno. Pazuzu é inteligente, ama sua família, ama a cultura pop e está sempre aprontando todas com Vlaartak.

Bathazor e Chevdet juntamente da broca
Do lado dos humanos temos Marjoe Saint Sparks (dublada por Dina Waters), vizinha dos Hellmans. Ela é sem noção nenhuma, extremamente irritante e que mantém uma relação (literalmente) nada saudável com seu cãozinho chamado Champers. Ao longo do desenho o pobre Champers tenta se suicidar de diversas formas diferentes, mas sem nunca conseguir êxito. Chevdet Tevetoglu (dublado também por Kyle McCulloch) é um imigrante humilhado por todos na Petromundo, engenheiro chefe da perfuração da empresa e melhor amigo de Balthazor. Para fechar com chave de ouro, temos Don Killbride (dublado por Kurtwood Smith). Ele é o chefe da Petromundo e chefe de Balthazor, que acaba entrando na empresa para destruir a broca. Killbride é egoísta, tarado, megalomaníaco, racista, preconceituoso, corrupto, cínico e doido por dinheiro. Seu esporte favorito é jogar golfe com cachorros no lugar das bolas de golfe! Ah! Para completar o time todo, ainda temos Satã (dublado por Steve Coogan), que é meio atrapalhado, utiliza muito de sarcasmo, possui uma espécie de macaco-demônio chamado Necromuncula, que está sempre no seu ombro e sempre aparece no fim do episódio para aprender "a lição do dia". Ele sempre termina dizendo: "Satanás está saindo!" e some.

A sem noção Marjoe e o pobre Champers
Piadas de humor negro, forte crítica ao comportamento humano, piadas de cunho sexual, escatologia e humor ácido estão presentes neste desenho que é extremamente hilário. A grande ironia aqui fica por conta dos humanos, que por muitas vezes surpreendem aos próprios demônios com seu jeito mesquinho, egoísta e destrutivo de ser. O desenho começa meio devagar, mas melhora muito após o seu segundo ou terceiro episódio.

O Senhor Killbride, o cara mete medo até mesmo em Satã!
Os grandes destaques aqui ficam por conta de Killbride, Champers e sua dona, e a dupla Pazuzu e Vlaartark. Eles são todos impagáveis e não há como não se escangalhar de rir todas as vezes em que eles aparecem na trama. Só essa turminha aí já vale a conferida neste excelente desenho. As tentativas de Balthazor para acabar com a broca a cada episódio também são hilárias, pois a cada vez que ele não consegue êxito, ele acaba de alguma maneira fazendo algo que o promove de cargo dentro da empresa e o afasta cada vez mais de ficar perto da perigosa broca que pode acabar com o inferno.

A Família Hellman reunida com Pazuzu a frente
Claramente o desenho termina deixando um gancho para um segunda temporada, mas infelizmente nunca foi produzida. É uma pena. os Hellmans tinham mais histórias hilárias para contar. Os 10 episódios passam num piscar de olhos e deixam um gostinho de quero mais. Ah! A música de abertura do desenho é muito maneira!

Balthazor e Pazuzu jogam golfe com o Senhor Killbride
Se vocês querem se divertir e rir pra valer com um desenho com poucos episódios, recomendo com toda certeza que vocês assistam a Neighbors from Hell. Juntem-se aos Hellmans e venham descobrir como os seres humanos são piores do que pobres demônios que só querem salvar seu querido inferno. Fiquem com a abertura do desenho aí embaixo! Como diria Satã aqui neste desenho: "Tuninho está saindo"!


Um grande abraço.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

F is for Family - 1ª Temporada: Uma Família Típica dos Anos 70

Há um tempo atrás estava fuçando alguns desenhos para assistir na Netflix e estava atrás de alguma coisa nova. Como estava assistindo muito a Family Guy nessa época, e como o desenho estava para sair da grade da Netflix, busquei por títulos semelhantes. Foi desta forma que conheci F is for Family, desenho criado pelo comediante Bill Burr e pelo produtor de Os Simpsons, Michael Price. O desenho original da Netflix conta com 6 episódios na sua primeira temporada com duração média de 26 minutos cada e foi lançada em 18 de dezembro de 2015 na íntegra pelo serviço de streaming.

Poster da Primeira Temporada
A história do desenho acompanha a família Murphy nos anos 70 lidando com situações comuns da vida familiar, do trabalho, da escola e das relações humanas. Frank Murphy (dublado pelo próprio Bill Burr), é o típico chefe de família machista, sem paciência com os filhos, que leva uma vida mediana, adora ver TV, beber sua cerveja, mas ama sua família acima de tudo. Juntamente com ele temos sua dedicada esposa e âncora da família, Sue Murphy (dublado Laura Dern) e seus três filhos: o adolescente rebelde, Kevin Murphy (dublado por Justin Long); a menina que apronta todas, Maureen Murphy (dublada por Debi Derryberry); e o caçula incompreendido, Bill Murphy (dublado por Haley Reinhart). Junte a tudo isso, ainda temos o vizinho que mata Frank de inveja, o bem sucedido e bonitão, Vic (dublado por Sam Rockwell).

A Família Murphy. Da esquerda pra direita: Maureen, Bill, Kevin, Sue e Frank
O desenho demora um pouco a engrenar, mas lá pro seu terceiro episódio já começa a mostrar a que veio. Com bastante humor e algumas piadas bem ácidas, F is for Family nos mostra que apesar de tudo, o que temos de mais importante é a nossa família, a nossa base. Destaco aqui todas as cenas e diálogos que existem entre Frank e Vic. São hilários e é impossível não achar graça na diferença de vida entre os dois vizinhos. Enquanto Frank trabalha no aeroporto em algo monótono e possui uma família cheia de problemas, Vic é rico, bonitão, está sempre cercado de belas modelos, possui carrão da época e casa luxuosa. Não é à toa que Frank o odeia.

Vic, o vizinho que quase mata Frank de inveja
F is for Family é baseada num no stand-up comedy de Bill Burr e foca no politicamente incorreto. O visual de um dos posteres de divulgação do desenho lembra muito a franquia clássica de comédia dos anos 80, Férias Frustradas estreladas por Chevy Chase. Inclusive o visual de alguns personagens e do próprio desenho lembra muito a família Griswold. O desenho é bem avaliado pela crítica e pelo público. A segunda temporada já foi lançada em 2017 com mais 10 episódios, e uma terceira temporada foi confirmada pelo próprio Bill Burr em seu Twitter esses dias, mas ainda não há uma data para seu lançamento. 

Imagens para comparação da divulgação do desenho e de um dos posteres de Férias Frustradas
Então, meus amiguinhos, se vocês querem ver um desenho divertido, cheio de piadas ácidas, politicamente incorreta e que seja curto, deem uma chance a F is for Family com seus 6 episódios e se curtirem (assim como eu curti), embarquem logo na segunda temporada, isso se Frank Murphy conseguir acabar com a greve dos aeroportos. Voltem para os anos 70 e aprendam muito com a família Murphy. Ou não.


Um grande abraço!