segunda-feira, 30 de março de 2015

Machismo ou Tradição: poucas mulheres nos tokusatsus

Algumas heroínas de tokusatsu.

Pois é, pessoal, abro este post com um título polêmico, ao menos em termos: por que existem tão poucas mulheres de importância em tokusatsus? Acompanho tokusatsus (leia-se sentai e Kamen Rider) desde criança, e este fato sempre me chamou atenção. Dos 22 sentais que já assisti, em apenas 2 uma mulher era a líder do esquadrão, e nenhuma das duas era "red".




Em Timeranger, a TimePink liderava a equipe, e em Kakuranger, era a Ninja White. Ok, todos sabemos que o Japão é um país muito tradicional e machista (não me crucifiquem por afirmar isto), mas é bastante nítido que, salvo exceções, o papel das mulheres foi sempre mais de suporte, variando entre garotas fortes, frágeis, cômicas, vilãs, interesse amaroso de algum personagem protagonista, vítima dos monstros/vilões, etc.



Isto me causa certa estranheza, pois não é por falta de boas atrizes que nenhuma protagonizou um sentai ou KR. Não estou muito familiarizado com o Ultraman, então não posso dizer se há alguma heroína principal entre eles ou não. Em todo o caso, acredito que já passou da hora de uma garota ser o papel principal de alguma série, seja como uma "Red" ou uma Kamen Rider. Riders femininos existem, mas não costumam ter muita importância na série. Algumas só apareceram em filmes.

Bem, para ninguém dizer que esqueci ou omiti, já houve uma "Red" nos sentais, mais especificamente no Samurai Sentai Shinkenger. Não a coloquei na lista de líderes pois sua participação na série, embora tenha me agradado muito, foi muito pequena.

Kaoru Chiba, a única Red dos sentais, ao menos até hoje.

Bem, não estou tentando levantar bandeira feminista nem nada do tipo, pois até não tenho nenhum embasamento técnico para isto, mas GOSTARIA DEMAIS de ver um papel maior das mulheres nas séries, pois, como disse acima, existem muitas atrizes boas, e vários papéis poderiam ser explorados de maneira mais efetiva/eficaz pelos roteiristas. Muita garota poderia ter sido a heroína principal de sua série, mas acabam sempre com destinos mais simples, muitas até morrendo.

Me resta aguardar por uma maior abertura das companhias pela presença feminina marcante nas séries, já que isto acompanharia a própria evolução das mulheres ao redor do mundo, com uma independência cada vez maior, especialmente em países tão desenvolvidos como o Japão que tanto nos influencia no dia a dia.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Perfil – 007 – James Bond

James Bond é o espião mais famoso do planeta e isto é incontestável. O espião inglês criado por Ian Fleming em 1953 numa série de livros estabeleceu o estilo de aventuras protagonizadas pelo agente secreto com permissão para matar e depois que estreou nos cinemas, Bond virou referência para filmes de espionagens que tentam emulá-lo até hoje, mas nenhum obteve o sucesso que 007 tem até hoje em dia.

Logo reconhecido em qualquer lugar do planeta
James trabalha à serviço da MI-6. Ele é descrito nos livros como uma pessoa alta, morena, de porte atlético, é especialista em tiro, possui idade entre 33 à 40 anos, é perito em artes marciais e apreciador da bebida Vodca Martini (batido, não mexido!!!!). 

Meu intuito com este texto é falar sobre os atores que interpretaram Bond no cinema, e são eles, em ordem cronológica:

01- Sean Connery: o primeiro Bond do cinema. Connery, interpretou o personagem pela primeira vez em 1962 em “007 contra Dr. No” e se despediu oficialmente em 1971 em “Os Diamantes são Eternos”. Ele ainda interpretaria Bond pela última vez num filme não oficial de 1983 chamado “007 – Nunca Diga Nunca”. O Bond de Connery é extremamente cínico, irônico, frio e bastante sério. A maioria dos fãs o consideram o melhor 007 de todos, talvez isso ocorra por ele ter sido o primeiro ator à interpretar o espião inglês no cinema. Connery interpretou 007 em 7 filmes (sendo um desses não oficial).

Sean Connery, o primeirão
02- George Lazenby: o segundo Bond. Lazenby foi o ator mais odiado de toda a franquia, mas também ele não teve sorte. Acabou fazendo um único filme em 1969, “007 à Serviço Secreto de Sua Majestade”. O ator teve a difícil missão de substituir Connery, que já era amado pelos fãs. O roteiro do filme também não ajudou, pois seu Bond é mais emotivo, não é mulherengo e parece meio bobo.

George Lazenby, o Bond mais odiado pelos fãs
03- Roger Moore: o terceiro Bond e o meu favorito. Moore interpretou James em “007 – Viva e Deixe Morrer” em 1973 e se despediu do papel em 1985 no filme “007 – Na Mira dos Assassinos”. Moore foi o único ator inglês à interpretar James Bond na franquia. Seu 007 era debochado, engraçado, esperto e decidido. Roger Moore interpretou James Bond em 7 filmes. Ele é um dos Bonds mais carismáticos da franquia.

Roger Moore, um dos mais carismáticos 007
04- Timothy Dalton: o quarto Bond. Dalton estreou em 1987 no filme “007 – Marcado para a Morte” e saiu em “007 – Permissão para Matar”. Acabou fazendo apenas dois filmes. Seu 007 era sério e astuto. É quase um não fede e nem cheira.

Timothy Dalton, um Bond sem graça
05- Pierce Brosnan: o quinto e o segundo Bond que eu mais gosto de toda a franquia. Ele estreou no filme de 1995, “007 contra Gondeye”, e se despediu em “007 – Um Novo Dia para Morrer” no ano de 2002. O James Bond de Brosnan é inteligente, debochado, focado e irônico. Ele interpretou o agente secreto em 4 filmes.

Pierce Brosnan, um ótimo 007
06- Daniel Craig: o sexto e atual 007. Estreou no papel em 2006 no filme “007- Cassino Royale” e está gravando atualmente “007 contra Spectre”. Craig não tem o biótipo do agente secreto 007, pois ele é loiro e muito musculoso (até a cara dele é meio musculosa! Rss), mas ele está muito bem no papel. Já li que ele é uma espécie de junção entre o James Bond de Sean Connery com o de Pierce Brosnan, pois seu Bond é irônico, frio, sério, focado e inteligente. Craig já interpretou 007 em 4 filmes, já contando com este que está sendo filmado agora.

Daniel Craig, o James Bond da atualidade
E vocês? Qual é o seu Bond, James Bond favorito?

Um grande abraço

quarta-feira, 18 de março de 2015

Grandes Ícones do Cinema de Ação dos Anos 80-90


Meus queridos amiguinhos e amiguinhas nerds! Como vão?

Este fim de semana estava na casa da minha sogra e estava passando “Duro de Matar 4.0” na TV. Comecei à pensar como John McClane era sinistrão e como ele é um dos grandes ícones do cinema e da cultura pop/nerd. Imediatamente meu cérebro nerd começou a bolar uma pequena lista (nós nerds amamos fazer isso) com os grandes ícones do cinema de ação dos anos 80-90, e são eles:

- Daniel San (Karate Kid): Tudo bem, tudo bem. Eu sei que Ralph Macchio não leva o menor jeito como astro de ação, mas é inegável que o Daniel Larusso dele é um grande ícone do cinema de ação, sendo reverenciado em muitas homenagens até hoje em dia. Não tem como deixa-lo de fora desta lista. O filme teve mais 4 continuações, sendo um deles um reboot com o grande Jackie Chan.

Daniel e seu ataque mortal
- Max Rockatansky (Mad Max): Mel Gibson está ótimo no papel do vingativo e frio patrulheiro da Polícia. O filme foi um sucesso de público e crítica; rendeu mais 3 continuações, sendo que a última será lançada ainda esse ano.

Mad Max patrulhando as estradas
- Indiana Jones (Indiana Jones): o corajoso arqueólogo aventureiro Henry Walton "Indiana" Jones Jr., mais conhecido como Indiana Jones, é um grande ícone. Harrison Ford interpretou inúmeras cenas que ficaram gravadas na cultura pop/nerd até os dias atuais. Quem nunca se imaginou fugindo de uma pedra gigante deslizante ou pegou seu boné em qualquer lugar se imaginando pegando o chapéu de Indy que quase ficou preso numa câmara secreta? O filme teve mais 3 continuações.

Indy e seu chapéu característico
- Rocky Balboa (Rocky): esse é um personagem que eu gosto muito. Sylvester Stallone nos presenteou com um boxeador humilde que nunca desiste e se dedica ao máximo sempre. Todas as vezes que assisto à um filme qualquer da franquia confesso que fico arrepiado quando toca a música tema do personagem e ele começa sua virada rumo a vitória! Rocky surgiu como uma drama inspirador e acabou virando um grande ícone do cinema de ação. O filme teve mais 4 continuações.

Rocky posando com seu cinturão
- Exterminador, T800 (O Exterminador do Futuro): não iria incluí-lo na minha lista, mas como meu amigo Marcos sugeriu e realmente não se pode negar que Arnold Schwarzenegger transformou o personagem num grande ícone do cinema de ação, acabei incluindo-o. O personagem começou como uma máquina perfeita de matança (literalmente), um grande vilão, mas agradou tanto ao público que acabou retornando como o mocinho da franquia. O filme teve mais 4 continuações, sendo que a última ainda irá estrear este ano.

T800 e sua carinha de poucos amigos
- Martin Riggs e Roger Murtaugh (Máquina Mortífera): interpretado por Mel Gibson, Martin era um policial porralouca. Não ligava pra nada, não se importava com sua vida, mas as coisas mudaram um pouco quando ele conheceu seu novo parceiro, o tranquilo e quase aposentado policial Roger Murtaugh, interpretado por Danny Glover. Por anos eles foram a dupla policial mais famosa do mundo, inspirando vários filmes com a tradicional dupla do policial negro e policial branco onde um é o oposto do outro em personalidade. O filme teve 3 continuações.

A grande dupla dos filmes policiais
- Axel Foley (Um Tira da Pesada): Eddie Murphy explodiu para o mundo no papel do detetive Axel Foley. Um tanto quanto malandro, quanto policial linha dura, Axel vira Beverly Hills de cabeça pra baixo investigando crimes. Ele é uma figuraça!!! O filme teve 2 continuações.

Axel dando um Ok pra nosso blog

- John James Rambo (Rambo): grande ícone do cinema de ação. O veterano e traumatizado herói de guerra tenta fugir do seu passado e da violência, mas parece que Rambo atrai a guerra pra ele. Sylvester Stallone imortalizou o personagem que usa uma faixa vermelha na testa e mata com facilidade. O filme teve 3 continuações.

Rambo e sua fiel companheira
- John McClane (Duro de Matar): pra mim, o grande ícone do cinema de ação de qualquer época. Bruce Willis interpreta o policial de Nova York que sempre está no lugar errado e na hora errada (ou seria na hora certa e no lugar certo???). McClane é extremamente sarcástico e consegue começar uma guerra contra um exército com apenas uma pistola e termina acabando com todos usando sua inteligência e as próprias armas dos inimigos. Imortalizou a frase: “Yippee-ki-yay, motherfucker”!!! O filme teve 4 continuações.

McClane, simplesmente, o cara!!!
E para vocês? Quem são os grandes ícones dos filmes de ação dos anos 80-90?

Um grande abraço!

segunda-feira, 9 de março de 2015

A Fantástica Fábrica de Chocolate – Um Clássico para todas as Gerações

Acredito que muitos conhecem de cor e salteado os filmes “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, seja a versão clássica de 1971 ou a nova versão de 2005. Inspirado no livro de sucesso mundial escrito pelo galês Roald Dahl em 1964, “Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate”, conta uma história que fez milhares de crianças e adultos se apaixonarem por ela de cara. O livro ainda teve uma sequência chamada “Charlie e o Grande Elevador de Vidro”.

Capa do Livro
Tudo gira em torno de Willy Wonka, um misterioso doceiro e dono de uma maravilhosa e misteriosa fábrica de chocolates de sucesso mundial, que manteve-se fechada para visitantes durante décadas. Agora, com uma promoção que dará um dia de visitas na fábrica para aqueles que acharem os cinco bilhetes dourados, cinco crianças sortudas acompanhadas de seus pais, irão conhecer os mais estranhos e maravilhosos doces do mundo, juntamente com um mundo de surpresas e acontecimentos mágicos. 

Poster do filme de 1971
Tanto o livro quanto os dois filmes focam no comportamento das cinco crianças para educarem seus leitores/telespectadores e mostrarem as atitudes erradas de cada uma. Augustus Gloop é guloso e esfomeado, Veruca Salt é extremamente mimada e mal educada, Violet Beauregarde vive mascando chicletes e é muito competitiva (comportamento mais explorado no filme de 2005), Mike Teavee é viciado em televisão e não aproveita o tempo com as outras pessoas; Charlie Bucket é um menino bom, doce (sem trocadilhos com o nome do filme/livro), esforçado e que se preocupa sempre com os outros. 

Wonka e as crianças. Da esquerda pra direita: Augustus, Violet, Charlie, Veruca e Mike.
Eu sou um eterno fã e adorador do filme de 1971 estrelado pelo magnífico Gene Wilder como Willy Wonka. Wilder soube captar perfeitamente a personalidade do excêntrico e misterioso dono da Fábrica Wonka, o que não foi visto pelo igualmente excelente ator Johnny Depp em 2005, e olha que Depp é fenomenal, um camaleão. Mas, o Wonka de Depp é tapado, abobalhado; enquanto de Wilder é decidido e confiante. Lendo o livro, identificamos melhor Wonka em Wilder do que em Depp.

Wonka e os Oompa Loompas
Por falar no livro, ironicamente o filme de 2005 é mais fiel à ele do que o filme de 1971 (tirando toda a parte do pai de Wonka que não existe no livro), mas o filme de 1971 é mais mágico, mais atraente e envolvente. Os Oompa Loompas de 1971 também são bem mais carismáticos do que os de 2005, aliás, os de 2005 não me agradaram muito (são bem feios e sinistros!!!). As musiquinhas também de 1971 são muito mais agradáveis do que as de 2005, aliás em 2005 quase não tiveram músicas como o filme de 1971. Parece que Tim Burton não acertou bem a mão nessa parte da releitura do clássico dirigido por Mel Stuart.

Poster do filme de 2005
Mas, Burton soube atualizar muito bem as crianças para os dias de hoje, especialmente Mike Teavee (viciado em jogos violentos e programação violenta para crianças na televisão) e Violet Beauregarde (competitiva ao extremo). Os avós de Charlie também ficaram mais atuais para os nossos tempos.

Que tal um mergulho no rio de chocolate?
Curiosamente, o primeiro filme foi um fracasso nas bilheterias e fez com que Dahl não permitissem que adaptassem mais nenhum livro seu, nem mesmo a sequência lógica que seria “Charlie e o Grande Elevador de Vidro”. Já o filme de 2005 foi aclamado pela crítica e foi um sucesso estrondoso de bilheteria arrecadando mais de U$ 475 milhões em todo o mundo.

Wonka e suas novas crianças
Já perdi a conta de quantas vezes assisti ao filme clássico de 1971 e até hoje, foi o melhor presente surpresa que ganhei da minha querida esposa de Natal: o dvd da Fantástica Fábrica de Chocolate. Sei e canto todas as músicas do filme, além de ter a trilha sonora do filme em meu computador.

Os novos e bizarros Oompa Loompas
Há algumas diferenças entre os filmes de 1971 e o de 2005, assim como personagens que não existem em um filme ou no outro. O melhor à fazer é cada um ver os dois filmes, se puder ler também os livros, e tirar suas próprias conclusões de qual é o melhor, mas, ambos são extremamente divertidos de se assistir! Divirtam-se! Ah! E preparem-se pra ficarem com muita água na boca porque tem cada guloseima mais bonita do que a outra!

 
Trailer de 1971

 Trailer de 2005

Um grande abraço!

quarta-feira, 4 de março de 2015

Choujuu Sentai Liveman, um sentai quase perfeito.


A frase com a qual começo este post pode parecer pomposa, mas é a que mais cabe em Liveman. Um sentai extremamente inteligente em sua estrutura e um dos melhores que a Toei produziu, Liveman deu um show no quesito trama e em inovação. Quem imaginaria um sentai onde os vilões seriam colocados no plano principal e os heróis seriam secundários? Em sã consciência e levando-se em questão a tradição dos sentais, ninguém.

Numa academia de estudantes, três deles, Yusuke, Jou e Megumi desenvolvem um traje chamado Liveman e o testam em dois amigos. Porém, outros três alunos da academia resolvem se aliar a um império de gênios do mal, e estes os fazem matar os dois irmãos com os trajes. No dia da formatura, os gênios do Império Volt aparecem e destroem toda a academia. Os três estudantes que desenvolveram os trajes Liveman os pegam e passam a usá-los para defender o planeta de Volt. Com o passar da série, Volt fica mais forte, trazendo graves problemas aos Liveman. É então que os irmãos caçulas dos dois estudantes mortos no início da série retornam para vingá-los, e completam o esquadrão das super feras.
Fonte: Wikipédia.
Liveman tem uma das premissas mais poderosas que já vi num sentai. Em geral, os inimigos podem até ser interessantes, inteligentes e até mais carismáticos que os heróis, mas é muito raro algum ter um papel de real destaque nas tramas. Digo, grande parte dos vilões tem grande destaque, mas daí a ser o protagonista, mesmo sendo o antagonista da história? Isto nunca aconteceu. São 49 episódios, mas serei franco: os 30 primeiros são muito bons, prendem a atenção do telespectador, mas os 19 últimos é que são cruciais. Os pupilos de Bias são gênios em essência, daí tudo o que eles criam para se tornarem o maior gênio da Volt e caírem nas graças do Sr. Bias dá muito trabalho aos heróis e costumam ser bem engenhosos em seus planos e monstros cerebrais.

Gash, Obler, Bias, Kemp e Mazenda.

Agora, falemos dos vilões:

Professor Bias: criador do Império Volt e seu líder, Bias recrutou os alunos para dominar a Terra através da ciência e provar que a ciência do Império Volt é superior à ciência dos humanos. Calculista, manipulador, eloquente e altamente motivador, seus alunos o têm quase como um deus entre os homens. Contudo, não sabem o quão traiçoeiro ele é.

Doutor Kemp: é o mais inteligente dos pupilos de Bias, mas sua mania de grandeza mais o atrapalha que ajuda. Interpretado pelo mesmo ator que fez Wandar em Flashman, dá trabalho para o Liveman, mas prometeu demais e fez de menos, na minha opinião. Constrói monstros cerebrais interessantes e altera seu corpo drasticamente para se fortalecer.

Doutora Mazenda: a segunda mais inteligente. Suas motivações são muito baseadas na vaidade feminina, e ela nutre um ódio enorme pelo Red Falcon. Seus planos costumam ser bem elaborados e ela rivaliza igualmente com Kemp pela atenção e respeito de Bias. Mazenda é boa no combate de longa distância por causa das armas que implantou em seu corpo e é mais sensata que Kemp em seus objetivos.

Doutor Obler: obcecado por tirar a humanidade de si, transforma seu corpo em algo que considera mais belo que a aparência humana. Obler despreza a humanidade profundamente e acaba sendo consumido por seu ódio quase ao ponto de enlouquecer. 

Doutor Ashura: começa como um criminoso ignorante, que sequer sabe ler, e se transforma em um gênio graças a Bias. Tem uma técnica que cria ciborgues saídos de seu corpo e os controla mentalmente. É o homem mais de ação do grupo, sem tanto planejamento e entrega aos estudos, diferentemente de Kemp, Mazenda e Obler.

Guildos: um extraterrestre que chega à Terra e se junta à Volt. Tem boa inteligência e quase elimina um dos heróis, mas não agrega tanto.

Bucchy: o elemento cômico da série, apenas. Não faz nada realmente grandioso nem ameaçador.

Gash: robô criado por Bias para ressuscitar os monstros cerebrais e realizar trabalhos diversos.

Guildos, Bucchy, Gash, Bias, Kemp, Mazenda e Ashura: Volt completa.

Agora, falemos dos heróis. Liveman tem como premissa os vilões serem protagonistas (como falei no início do texto), então o desenvolvimento dos heróis foi limitado, por assim dizer. Isto não fez que fossem personagens fracos ou rasos, que fique claro.

Jou, Yusuke, Colon (a ajudante robô) e Megumi.
Yusuke Amamiya, Red Falcon: um red dos bons! Sério, taticamente eficiente e firme no comando da equipe, mesmo sem precisar mandar, Yusuke e Kemp dividem muitas coisas do passado. Red Falcon é um red muito seguro e confiante em seu time e em si, mas não é autoritário, tampouco negligente.

Jou Ouhara, Yellow Lion: mais sociável que Yusuke, faz relativo sucesso com as mulheres. Poderia ter ido pro lado cômico, mas se mostra um personagem tão forte quanto o Red Falcon, mas com toques mais humanitários. Jou e Obler eram grandes amigos e ele deseja salvá-lo de Bias. Bastante corajoso, destemido e sabe o que falar. Poderia liderar a equipe tranquilamente.

Megumi Misaki, Blue Dolphin: a mais sensível dos cinco e a que mais toma a palavra para falar sobre as consequências dos acontecimentos. Diferentemente de muitas garotas de sentai, Megumi não é boba, infantil ou dependente dos demais. É tão ou mais articulada que Yusuke e Jou, além de ter uma visão muito analítica dos adversários e planos do Império Volt. Megumi fala o que os outros não conseguem e é a personagem que mais mostrou emoção e evolução do grupo. Minha personagem favorita.

Tetsuya Yano, Black Bison: talvez eu seja o único, mas gosto dele. Tetsuya é movido pelo ódio à Volt por causa do assassinato de seu irmão por Kemp, e isto o faz ser muito impulsivo em várias ocasiões. Ele acrescenta pouco aos demais, já que, em vários episódios, sequer tem falas. Um bom coadjuvante, mas não esperem muito dele.

Junichi Aikawa, Green Sai: entra para o Liveman para vingar a morte de sua irmã. Um pouco menos impulsivo que Tetsuya, Junichi protagoniza vários dos meus episódios favoritos da série. Aparece mais que Black Bison, mas também fica atrás do trio principal. Se destaca mais, pois é um personagem mais interessante e poderia aparecer mais, mas o roteiro também não o deu muito destaque. Bom extra.

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Liveman é um sentai extremamente inteligente e ousado, buscou quebrar vários paradigmas clássicos e mostrar personagens fortes e uma trama densa, com um conteúdo bastante adulto. Se fosse hoje, Liveman não funcionaria; o público mudou, as crianças atuais não aceitariam bem a falta de humor da série e todo seu aspecto técnico e sério. Colocar os vilões em primeiro plano e os heróis como secundários tornou Liveman um sentai único, cheio de perspectivas interessantes e com aquela expectativa sobre como os vilões fariam para derrotar os heróis, qual deles seria o mais inteligente e o que Bias tinha escondido sob sua capa preta. Liveman usou e abusou da criatividade, sem grandes falhas ou furos. O trio principal é todo excelente, em especial a Blue Dolphin, que coloco como uma das melhores heroínas de sentai. Sua sensibilidade e simplicidade me encantaram. Yusuke e Jou ficam pouco atrás, bem pouco. Green Sai e Black Bison também me agradam bastante, mesmo sendo pouco explorados. Colon, embora apenas uma ajudante, tem boa participação na série, sempre inventando meios de os heróis superarem seus limites.

Porém, preciso apontar o que não gostei tanto da série: Liveman é focado demais no trio principal dos heróis e muito pouco nos extras. Isto acaba despertando ódios pelo Black Bison e Green Sai, além de empobrecer personagens que poderiam acrescentar bastante à trama e ao próprio time de heróis. Entendo a decisão dos roteiristas, mas poderia ficar melhor se houvesse um pouco mais de destaque dos membros extras e uma interação maior entre eles. Uma observação pessoal, apenas. Faltou um pouco mais de evolução do quinteto. Poderiam avançar um pouco mais em armamento e nas vidas pessoais, mas nada que atrapalhe. Seria apenas um acréscimo aqui ou ali.

Live Robô, a mecha principal de Liveman.

Também não gosto das lutas do Live robô. Ele aparece muito pouco tempo na tela e é apenas a arma final do time, igualmente ao Change Robô. Acho que ele poderia ter estrelado alguns episódios ou ter sofrido alguma grave avaria, mas ele apenas entra em cena para derrotar a versão gigante dos monstros cerebrais, que perdem totalmente a racionalidade, também como Changeman. Um outro pequeno detalhe foi o fato de, em alguns episódios, os personagens terem sacado os planos dos alunos de Bias sem provas ou indícios concretos para isto. Soou artificial e forçando deduções. Foi pouca coisa, mas poderiam ter evitado. Um pouco mais de explicação soaria natural, parte da reflexão de cada caso mostrado nos episódios, mas foram poucos episódios assim. A parte técnica também tem alguns pecados, mas isto é esperado para um sentai de 1988. Nada que comprometa os episódios, porém. Os extras ficarem sem falas também foi um ponto negativo. Figuram uns 4 ou 5 episódios, sendo 2 seguidos.

Em suma, Liveman chegou bem perto de ser perfeito, pois soube explorar aspectos incomuns até hoje e apostar em uma trama envolvente, direta e que não desvia de seu caminho inicial, mesmo com as surpresas e reviravoltas esperadas. Liveman é um dos melhores sentais já feitos, sem dúvidas.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Homem-Aranha: O legado do Mal


Uma relação extrema entre duas pessoas, é assim que consigo definir Homem-Aranha x Duende Verde. Uma relação que é levada até as últimas consequências, e deixa marcas em ambos os lados. Bom, quem conhece um pouco do universo do cabeça-de-teia sabe da relação forte entre ele e o vilão, mas, pra mim, que sou um novato no mundo das hqs, confesso que esta ligação toda me causou espanto. 

Conseguiria comparar com Batman x Coringa, onde um existe muito em função do outro. Talvez o Batman seja um pouco mais independente, já que os personagens mantém sua identidades incógnitas, mas é uma relação similar. Agora, falando sobre esta minissérie, "Homem-Aranha: O legado do Mal" não tem o Aranha como seu protagonista, tem Ben Urich, repórter do Clarim Diário em sua busca por respostas sobre a vida de Norman Osborn para a escrita de uma biografia sobre o homem/vilão. O Aranha é um coadjuvante de luxo na narrativa noir da série.

Publicada originalmente em 1996 nos EUA e em setembro de 97 por aqui, a hq tem 52 páginas de uma história muito bem contada. Urich e o Aranha visitam pontos históricos da luta entre o herói e um de seus maiores vilões (ou o seu maior), buscando preencher as lacunas que Urich precisa para seu livro. Mas não é só isto: ambos buscam encontrar Norman Osborn Jr., neto do Duende Verde e que é raptado por um personagem oculto da trama.


A arte é por Mark Teixeira e o roteiro de Kurt Busiek. Toda a hq passa por você em poucos minutos, tamanha a qualidade do texto e dos traços. Fica muito nítido que o Aranha sofre bastante ao ser obrigado a relembrar de fatos e locais dolorosos de sua vida enquanto herói e até como Peter Parker. Mesmo que ele odeie e até se recuse a admitir, o Duende Verde deixou marcas que o tempo não conseguirá apagar da mente do teioso, e vice-versa.

Bom, de maneira geral, dá pra dizer que a ligação entre Aranha e Duende Verde atinge o nível celular, e me espanta o quanto o Duende é determinado a destruir o teioso não apenas fisicamente, mas tudo o que ele ama, se importa, cuida. Resumo: LEIAM "Homem-Aranha: O legado do Mal", não se arrependerão nem por um segundo sequer!