"Viúvas da Manchete" foi um termo que surgiu para designar um determinado grupo que, dentro da Tokunet, só assistia ao que foi passado durante a existência do canal, e sempre se recusou a assistir quaisquer materiais anteriores ou posteriores àquele período. O maior problema nisto está no fato de que este grupo deixa de aproveitar para alicerçar melhor seu gosto por tokusatsus ou animes, já que ambos existem desde os anos 60 ou coisa disto. E, posteriormente, existem produções aos montes, nos dias atuais.
O que faz as pessoas se prenderem a um período relativamente curto, se comparado com tudo o que já foi produzido e, graças à internet, está disponível para assistir? Bem, posso elencar vários fatores: o saudosismo, falta de interesse em novidades, perda de interesse no conteúdo (exceto o que evoca memórias da infância), preconceito e, em muitos casos, pura e simples birra.
Não há problema em preferir ficar com um certo período, já que muitos de nós sentem saudades da época. O problema reside quando as pessoas se recusam a crer que o mundo não parou ali; novas e precursoras atrações existem, e com tanta ou maior qualidade do que aquilo que a Manchete transmitiu. O fato de admitir que existe vida fora dos anos 80/90 não desabona em nada tudo o que cada um viveu. Muito pelo contrário: é um sinal de maturidade.
Como tudo na vida, é preciso evoluir. Claro, é direito de cada um fazer ou não o que seu livre arbítrio lhe disser, mas por que não dar o benefício da dúvida e tentar expandir seus horizontes? Isto daria uma opinião muito mais profunda e embasada sobre o universo tão rico e peculiar que é o do tokusatsu (isto sem citar os animes, entre outras coisas). Não vou sair atacando ninguém, pois não é do meu feitio, mas deixarei a sugestão: deem uma oportunidade ao que é antigo e ao que é novo. Se não gostarem, ao menos terão visto com os próprios olhos.
Isto poderia evitar muitas brigas desnecessárias, conflitos em grupos, e, em alguns casos, perdas de amizades. Abrir os olhos para o mundo nao significa abandonar aquilo que você ama, mas abrir espaço para poder (ou não) amar muito mais coisas.
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