quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

The End of the F***ing World - 1ª Temporada: Os "Bonnie e Clyde" da Nova Geração

Quem entra na Netflix recebe diversas sugestões de novos programas para assistir. Essa semana, por diversas vezes, aparecia o trailer de uma nova série: The End of the F***ing Wolrd. No começo eu pulava o trailer a todo o momento, mas depois acabei me rendendo a curiosidade e o assisti. A trama me agradou e resolvi assistir ao primeiro episódio para dar uma chance. Acabei assistindo a toda temporada em apenas dois dias.
 
Poster da Primeira Temporada
A série britânica produzida pelo Channel 4 e exibida mundialmente pela Netflix é inspirada na série de quadrinhos The End of the Fucking World, criada por Charles S. Forsman, com roteiro de Charlie Covell e contendo 8 episódios com média de 22 minutos cada. Ela é tão curtinha e rápida, que acaba prendendo nossa atenção e matamos a série rapidamente. 

A série em quadrinhos The End of the Fucking World
A trama gira em torno do adolescente de 17 anos chamado James (interpretado por Alex Lawther), que pensa ser um psicopata. A vida inteira ele alega que nunca sentiu nada (até mesmo enfiou uma mão numa fritadeira para ver se sentia algo) e ele vem matando diversos animais há um bom tempo. Agora, James decide que quer partir para algo maior: ele quer matar uma pessoa. Para isso, ele busca em seu colégio alguém que não iria atrair muita atenção e acaba encontrando Alyssa (Jessica Barden), uma jovem recém chegada no colégio. Alyssa é uma jovem rebelde que quer fugir do marasmo e da rotina e encontra em James a sua fuga, assim como James vê nela sua potencial primeira vítima. 

Os protagonistas: Alyssa e James
Juntos, eles se metem em diversas confusões, tais como: assassinato, invasão a propriedade, assaltos, bebidas, drogas, entre outras coisinhas mais que fazem deles, praticamente os "Bonnie e Clyde" da nova geração, guardada as devidas proporções. 

James e Alyssa disfarçados após cometerem algumas merdinhas
A série é boa e o elenco é muito bom. A trama com humor negro e doses de drama nos prende, abordando sexo, violência e sentimentos que ocultamos muitas vezes até mesmo sem entender porquê. Aos poucos vamos entendendo porque James se acha um psicopata sem sentimentos e entendemos porque Alyssa quer tanto fugir de sua realidade e do seu dia a dia. O elenco ainda conta com a participação mais do que especial de Gemma Whelan (a eterna Yara Greyjoy de Game of the Thrones) como a detetive gente boa Eunice Noon. Um bom destaque nesta temporada é Barry Ward como Leslie, o pai de Alyssa. O cara é loucão e acaba influenciando a filha ao longo de toda sua vida, mesmo não sendo um pai presente. Ainda há espaço para explorar a relação entre as detetives Eunice Noon e Teri Donoghue (Wunmi Mosaku). Eunice é gente boa e se compadece com os outros, enquanto Teri é durona e não se importa com nada que não seja levar o bandido para a cadeia. As duas parece que já tiveram algo no passado. 

As detetives Eunice Noon (Gemma Whelan) e Teri Donoghue (Wunmi Mosaku)
Gostei muito da solução que arranjaram de mostrar o que os protagonistas pensam a todo momento, muitas vezes contradizendo o que eles falam. Por exemplo, Alyssa quer se mostrar uma rocha, mas seus pensamentos são sempre inseguros, assim como James que quer mostrar estar sempre tranquilo, mas seus pensamentos mostram que ele não sabe o que fazer. Aliás, James sempre arrancava risadas minhas com os seus milhares de "tudo bem" para tudo e qualquer situação e Alyssa com suas caras sempre de saco cheio de tudo ou sempre extremamente irritada com qualquer coisa. 

Alyssa, sempre de saco cheio de tudo e de todos
A primeira temporada acaba de uma forma que deixa um gancho para a uma possível segunda temporada, mas se não tiver, tem como cada um imaginar um final com o que foi apresentado. A crítica vem elogiando muito a série e o público parece estar curtindo também. Os dois protagonistas, Alex Lawther e Jessica Barden estão arrancando elogios dos críticos. A trilha sonora também é outro destaque da série. É ótima. 

James, um psicopata de verdade?
Se você quer embarcar numa história para descobrir se um jovem adolescente é realmente um psicopata, que descobrir por que uma menina quer tanto fugir do tédio e quer mergulhar numa descoberta de sentimentos, confira esta boa nova série da Netflix. Ela é curtinha e passa rápido. Garanto que irão gostar dessa dupla. Ou não. Tanto faz. Tudo bem.


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