Quando a Fox anunciou que faria um reboot do Quarteto Fantástico em 2015, o mundo nerd ficou ressabiado. O prazo do acordo firmado entre Marvel e Fox estava para vencer e se a turma da raposa não fizesse um novo filme com o quarteto, os direitos voltariam para a Casa das Ideias. Então, parece que meio que na pressa, resolveram lançar este reboot. Ideias esquisitas foram surgindo, como os irmãos Sue e Johnny Storm serem irmãos adotivos, a troca de etnia do Tocha Humana também não agradou, o fato da equipe ser muito jovem também não caiu bem, e outros conceitos também fizeram muita gente torcer o nariz. As primeiras imagens oficiais que saíram na rede não agradaram. O visual do Coisa e do Dr. Destino quase fizeram com que a Terceira Guerra Mundial ocorresse.
Poster do filme |
Da esquerda para a direita: Sue, Johnny, Franklin e Victor |
A história do reboot é bem parecida com a história original dos heróis, claro, com algumas (muitas mudanças). Claro, é uma adaptação com muita licença poética. Reed Richards (interpretado pelo bom Miles Teller) e Benjamin Grimm (interpretado por Jamie Bell) são grandes amigos desde a infância e trabalham na elaboração de um teletransportador. Isso atrai a atenção do governo que trabalha com jovens prodígios através da Fundação Baxter. Reed então é recrutado pelo Professor Franklin Storm (interpretado por Reg E. Cathey), para ajudar na elaboração de um Portal Quântico, onde seria possível ir até um planeta inóspito, apelidado de Planeta Zero. A equipe é formada por Sue Storm (interpretada pela bela Kate Mara), filha adotiva de Franklin; por Victor von Doom (interpretado por Toby Kebbell), um recluso e brilhante jovem; além de Johnny Storm (interpretado por Michael B. Jordan), filho de Franklin, um jovem meio rebelde que ajuda na parte mecânica do processo.
Após conseguirem sucesso no Portal, Reed, Victor, Johnny e Ben (que foi convidado por Reed), decidem eles mesmos irem explorarem o Planeta Zero, antes que o governo tome a tecnologia deles. Chegando lá, algo dá errado e eles precisam fugir, deixando Victor para trás. No processo de retorno, uma explosão afeta Reed, Ben, Johnny e Sue, que os estava ajudando a voltar para casa em segurança. A partir daí, cada um começa a apresentar habilidades estranhas. Reed pode esticar seu corpo elasticamente como quiser, Sue controla campos de força invisíveis e consegue ficar invisível também, Johnny entra em combustão e controla o fogo, Ben vira um ser de pedra com força descomunal. Todos passam a trabalhar para o governo e testarem seus poderes na esperança de encontrarem uma cura, enquanto Reed foge. Um ano depois, o governo consegue rastrear Reed e o traz de volta para concluir um novo Portal Quântico para que eles possam novamente ter acesso ao Planeta Zero, mas eles encontrarão Victor vivo, com enormes poderes e se auto proclamando agora Dr. Destino, senhor do Planeta Zero e ele não quer ninguém em seus domínios.
Adaptações a parte, eu gostei muito da nova história. O filme é bem mais sério e adulto do que seus dois antecessores, Quarteto Fantástico (2005) e Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado (2007). Os efeitos especiais estão muito bons, o elenco é bom e a ação também é boa. Claro que nem tudo são flores, obviamente. O visual do Dr. Destino é horrível e ele não chega nem a 1% do verdadeiro potencial do vilão que conhecemos, o senhor de toda a Latvéria. Destino é patético, apesar de mostrar que teria potencial para ser uma grande ameaça. O fato da troca de etnias de personagens. Eu sou totalmente contra e não gosto. Uma ou outra troca até fica bacana, como é o caso do Nick Fury, mas num geral eu não gosto. Os irmãos Storm serem adotivos também não teve nada haver. Dá para entender o dilema que eles quiseram criar no núcleo familiar dos Storms, mas não precisavam criar uma irmã adotiva para isso. O visual do Coisa, que tantos reclamaram, não me incomodou e eu achei até maneira e muito bem feita. Seria um visual mais próximo do "real". Os uniformes não lembram o da equipe e nem ao menos tem aquele famoso 4 para fazer a alegria do fã.
O fato da equipe ser tão jovem pode até ter uma explicação: 90% do que é adaptado pela Fox ou Sony baseia-se no universo Ultimate da Marvel, onde todos os personagens são mais jovens mesmo, portanto, tem o seu motivo. Teve gente que reclamou disso, mas teve uma base para os caras se inspirarem. Eles não tiraram isso do nada.
Voltando ao fator irmãos adotivos, no momento que o filme começou, eu logo embarquei na ideia e nem pensava mais nisso. Não vi problemas e aceitei de boa a história que eles tinham para contar. Vai ver por eu estar com uma expectativa tão baixa que o filme me surpreendeu tanto e eu achei que o título de "pior filme de super heróis" de todos os tempos uma injustiça. Já teve muita coisa pior por aí saindo e ninguém falou ou fala nada....
Sue e Johnny, os irmãos |
Um grande abraço.
e uma merdaesse filme
ResponderExcluirEu gostei pra caramba!
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