sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Kickboxer: A Vingança - Belo Remake com ótimas Homenagens ao Original

Quem aqui não foi viciado naqueles filmes de pancadaria dos anos 80 e 90? Eu era fanático por estes filmes e ainda curto muito os clássicos e os novos que surgem vez ou outra. Agora, em 2016, tivemos mais um filme nesse estilo: Kickboxer: A Vingança. O filme é um remake do grande clássico de 1989, Kickboxer - O Desafio do Dragão, protagonizado por Jean-Claude Van Damme. O filme original foi um sucesso, tendo um orçamento em volta dos U$ 2 milhões e arrecadando mais de U$ 14 milhões.

Poster do filme de 2016
A história do filme de 2016 é basicamente a mesma do filme de 1989. Eric Sloane (interpretado por Darren Shahlavi) é um famoso campeão mundial de artes marciais, que tem como ajudante de treinos e uma espécie de empresário seu irmão Kurt Sloane (interpretado por Alain Moussi). Eric é desafiado a ir a Tailândia para enfrentar Tong Po (interpretado por Dave Bautista), o campeão nacional de muay thai. Numa luta sem regras, Eric é assassinado por Tong Po em combate. Agora, Kurt fará qualquer coisa para vingar a morte do seu irmão, custe o que custar. 

Durand, Kurt e dois brigões. Esta cena não existe no filme
O filme é simples, mas muito bom e diverte. As lutas são muito bem coreografadas, os atores estão bem em seus papéis (nada que exija muito deles também), há muita ação e o filme acaba passando num piscar de olhos. Para os que assistiram ao filme clássico de 1989 vai perceber diversas homenagens ao original, desde a briga no bar, o treinamento de Kurt com os cocos e para o combate, a luta com cacos de vidro, piadinhas com o espacate total, e se o fã mais atento perceber, há até uma discreta participação de Michel Qissi no filme, o Tong Po original. Temos a participação mais do que especial de vários atletas do MMA no filme, como Georges St. Pierre, Gina Carano, Cain Velasquez e Fabricio Werdum. 

Poster do filme de 1989
O grande destaque do filme fica com ele: Jean-Claude Van Damme! O cara está arrasador como Durand, o mestre de Kurt na Tailândia. Além de uma bela homenagem com o próprio Van Damme, que interpreta o papel que era de Dennis Chan, o mestre Xian no original, Van Damme está excepcional no filme. Ele aparenta estar em plena forma física no alto de seus 56 anos. O ator porra geral no filme e formou um belo personagem com seu Durand sério, bom de porrada e que só anda com um chapéu e óculos escuros. Dá até saudade dos tempos dourados do ator belga...

Van Damme lembrando seus bons tempos
O Tong Po de Bautista também teve uma bela modificação neste remake. No filme original Tong Po era apenas uma espécie de capanga de uma organização criminosa, o campeão que lutava com as pessoas conforme recebia as ordens de seus chefes. Já no remake, Tong Po é o líder de uma espécie de MMA clandestino e que só luta com aqueles que são dignos de entrar na arena com ele. Além de ser bem mais ameaçador do que o original, o Tong Po de Bautista ainda possui mais falas no filme do que o de Qissi. 

O Tong Po de Qissi de 1989 e o Tong Po de Bautista de 2016
Vi este filme durante uma madrugada que estava sem sono e posso dizer que não me arrependi. Fiquei entretido o tempo todo e com cara de bobo feliz a cada referência ou homenagem que eu via do clássico de 1989, afinal de contas, sempre fui muito fã de Kickboxer - O Desafio do Dragão e de Van Damme. 

Acerto de contas entre Kurt e Tong Po
Então, se você é fã de filmes de ação, pancadaria, gosta de ver belas coreografias de lutas, curtiu o filme de 1989, é fã de Van Damme, eu recomendo com certeza absoluta que assistam Kickboxer: A Vingança. Assistam, comparem os filmes e se divirtam! Ah, mas cuidado para não sobrar uma canelada ou cotovelada perdida em vocês....


Um grande abraço!

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Luke Cage - Mais um sucesso do universo Marvel

O grandalhão a prova de balas: Luke Cage


Em Jessica Jones tivemos a oportunidade de conhecer Luke Cage, um personagem icônico da mitologia da Marvel, e que tem um papel importante na história da personagem. A Netflix não perdeu tempo e anunciou uma série do grandalhão, iniciando assim uma nova leva de séries de heróis e a contagem regressiva para os tão aguardados Defensores. Após terminar de assistir os 13 episódios dessa temporada de estreia, resolvi compartilhar minhas impressões, mas antes, vamos a uma leve pincelada do enredo. 


Um dos combates emocionantes de Luke e Stryker

Na série onde o herói faz sua primeira aparição, Jessica Jones, conhecemos Luke Cage como um dono de bar com super poderes, cuja pele ultra-resistente o torna  a prova de balas e resistente a diversos tipos de dano. Seu corpo age como uma verdadeira armadura, protegendo de tiros, golpes e todo tipo de dano, além de uma considerável super força. Após o rompimento de seu romance com Jessica e a destruição de seu bar, Luke recomeça a vida no Harlem, bairro  nova iorquino, conhecido como centro cultural e comercial afro-americano, onde vive de serviços gerais na barbearia do simpático Pop. Apesar de buscar levar sua vida normalmente, e tentar a todo custo não utilizar seus poderes, Luke se vê compelido a agir já que sua comunidade começa a ser ameaçada pelo crime organizado. 

Stryker roubou a cena como um vilão cruel e obcecado

A série se aprofunda na origem do herói, e apesar de apresentar distintas diferenças de sua história nos quadrinhos, presta muitas homenagens aos gibis, bem como a cultura afro-americana no geral, o que se nota não só na excelente trilha sonora (regada a muito Blues, Soul e Hip Hop) mas também fortes referências ao Blaxexploitation dos anos 70, bem como tentam apresentar a mesma atmosfera setentista de quando o personagem foi criado, mas retratando os fatos nos dias atuais. Com a trama recheada de crime e muitos vilões ao estilo gângster, a série também ganha quem curte filmes de ação com esse tipo de abordagem. o Enredo é bem coeso, e apesar do ritmo um pouco "lento" consegue agradar muito quem tem paciência e assiste todos os episódios. Quando falo em lento, me refiro ao fato que os episódios iniciais focarem mais em introduzir o personagem, sua origem, motivações e construir o desenrolar dos fatos lentamente, deixando a maior ação e reviravoltas da trama do meio pro final dos episódios. Mas ainda assim, a trama se desenvolve bem, e podemos ver que não existem pontas soltas ali, personagens carismáticos e bem utilizados, todos com um tempo de tela razoável, e mesmo alguns que pouco aparecem, conseguem cativar os fãs mesmo em suas aparições limitadas. 

Olha só quem voltou: Claire Temple! 

a série também se destaca por ter um elenco enorme de personagem simpáticos e situações interessantes e bem planejadas. De todos os personagens  há alguns que se destacam um pouco mais, e posso acentuar aqui alguns deles, como a intrépida enfermeira Claire Temple (que já apareceu em Demolidor e Jessica Jones)  a corajosa e temperamental detetive Misty Knight, o Simpático barbeiro Pop, o malandro Tuck (que também aparece em Demolidor, logo na primeira temporada) além de um time excelente de vilões, como a controladora e gananciosa vereadora  Black Mariah ou Mariah Dillard e seu primo o gângster mão de ferro Cornell "Cottonmouth" Stokes, o ardiloso e traidor Shades. Mas sem sombra de duvidas, um vilão que merece destaque é o infame Willis Stryker. Interpretado pelo ator Erik Laray Harvey, que na minha opinião roubou a cena, não só pela atuação, mas pelas semelhanças físicas com o personagem, sendo um vilão cruel que protagonizou os melhores combates contra Luke Cage na série. Destaque também pra atriz brasileira Sônia Braga, que nos brinda com uma ótima atuação como a Mãe de Claire Temple.

Atraente e destemida: Misty Knight!


A série soube apresentar bons momentos de ação e boas emoções no decorrer de seus episódios. Ao meu ver porém, a série foi um pouco inferior que as outras já lançadas de heróis da Netflix pelo fato de investir pouco no humor, e não ter o mesmo estilo "sombrio" que as séries anteriores. Isso é claro, é uma visão pessoal. Mas pra quem curte o personagem ou mesmo gosta de uma boa trama, com um plot policial vai gostar muito. Toda o clima investigativo e tiroteios da série são uma aposta interessante,  pra quem curte filmes e séries do gênero policial. A série também não deixa de abordar sutilmente temas do cotidiano afro-americano, como o racismo, o abuso policial e a luta por direitos. Outra coisa muito boa de se destacar é como que no decorrer dos episódios, vão se explorando melhor os poderes de Luke, e a intensidade da ação fica cada vez melhor, bem como os efeitos especiais também parecem ser usados de uma maneira melhor. Como um todo é uma série muito boa, e que serviu principalmente  pra cumprir um objetivo: consolidar esse novo universo Marvel nas séries. 

Outro vilão carismático: o gângster Cornell Cottonmouth Stokes


Essa consolidação pode ser sentida em praticamente todos os episódios, onde há sutis referências e ligações com as séries anteriores da Marvel-Netflix bem como referências a eventos do mundo Marvel nos cinemas. É interessante ver como aos poucos, a série vai se ligando a outros eventos no mesmo mundo e criando um mundo próprio que ajudará a estabelecer novas e mais legais tramas dentro dessa franquia de séries. Em breve, estreia a série o Punho de Ferro encerrando o ciclo das primeiras temporadas dos heróis defensores, e já foi anunciada a estreia da série da equipe formada por Luke, Punho de Ferro, Demolidor e Jessica Jones. Além da série do Justiceiro. a Marvel mostra mais uma vez que sabe agradar os fãs. Pra quem ainda não assistiu Luke Cage recomendo muito, Assistam e comentem o que acharam! 

Muito tiroteio e porrada na série! 

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Kamen Rider Ex-Aid [Impressões do primeiro episódio]


Pois bem, após toda a controvérsia gerada pelo visual de nosso novo Kamen Rider (eu mesmo o havia achado horroroso, mas vê-lo em cena me fez mudar de opinião), finalmente temos o primeiro episódio de Ex-Aid. Vou me abrir com vocês: gostei bastante do que vi.

Asuna Karino e Emu Houjo.

A história focada em games (com várias referências a games mais antigos, até um pouco de Super Mario) e por também se passar num ambiente hospitalar traz vários ganchos interessantes. Nosso novo protagonista, Emu Houjo, um gamer genial do passado e que, após ser salvo por um médico, resolveu dedicar sua vida à mesma causa, já demonstrou algumas qualidade interessantes: será bem engraçado, um pouco atrapalhado (lembrando Ryoutarou de Den-O), é bastante dedicado à profissão e acredita que médicos são heróis.

Neste primeiro episódio, notei várias referências a outros riders: o humor de Den-O, a forma base que me lembrou bastante Fourze, um núcleo bem diversificado de personagens e inimigos; os Bugsters me lembraram muito os Imagins, além das referências à games mais antigos, no estilo de Super Mario e alguns outros jogos de plataforma.

Um dos pontos altos do episódio foi a relação intrínseca de Emu com a medicina e o paralelo que ele traça entre salvar uma pessoa e fazê-la sorrir ao final do tratamento. A ideia dos vírus é interessante, a atmosfera criada pelos personagens me pareceu bem harmoniosa, com bons toques de humor, alguns momentos mais dramáticos e boas cenas de ação, bastante puxada para os games. 

Parad, um novo Kai? O tempo dirá.
Do pouco que se pôde ver da história, haverá um vilão nos moldes de Kai, de Kamen Rider Den-O, o que já me traz um atrativo a mais para assistir. Seu nome: Parad. Ele traz consigo um Bugster chamado Graphite.



Ainda não ficou clara qual a relação dos dois, mas, me parece, que Graphite será uma espécie de "General dos Bugsters". Tomo aqui uma licença poética. Os Bugsters se alimentam de seus hospedeiros até que eles adoecem e, eventualmente, são dominados. 

Por fim, para um primeiro episódio, bastante coisa foi apresentada em Kamen Rider Ex-Aid, e devo confessar, me agradou bastante. Se a série manterá o nível ou se vai se desenvolver da melhor maneira, é prematuro demais para saber, mas, para um primeiro episódio, foi bem melhor do que eu esperava.