segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Kamen Rider Ghost - [Review]


E mais um Kamen Rider chega ao seu final. Desta vez, Kamen Rider Ghost. Vamos falar um pouco sobre ele.
Kamen Rider Ghost narra a história de Tenkuuji Takeru, um jovem de 18 que é assassinado por um Ganma no dia de seu 18º aniversário e recebe "de presente" o Ghost Driver, para poder reunir os 15 Eyecons Heróicos para poder reviver. Ele tem apenas 99 dias para isto, e não serão 99 dias fáceis.

Nosso 16º Heisei trouxe uma proposta diferente dos demais: um herói que começa sua saga sendo assassinado. Tenho que dizer: após o final de Drive, que teve vários tropeços, eu estava temeroso sobre Kamen Rider Ghost, afinal ainda vinha todo o peso da trama de Gaim sobre meus ombros e o quanto eu gostei daquela temporada.

No entanto, Ghost me conquistou já de cara. A ideia de juntar 15 nomes históricos para lutar, apesar de alguns eu considerar um tanto quanto duvidosos, foi uma boa sacada de roteiro. Além disso, eles foram usados bem, principalmente do meio para a frente da temporada. Eu andei lendo alguns comentários sobre Takeru não ser um protagonista muito interessante, mas preciso discordar. Takeru é um jovem comum, como tantos outros que vemos pelas ruas. Eu não entendo a fixação de algumas pessoas em ver um rider já pronto desde o início, mas que herói já nasce pronto? Se assim fosse, não haveria necessidade de toda a transformação (não falo de Henshin) que o personagem passa.



Takeru Tenkuuji é um garoto comum, que passa seus dias meditando e cuidando do Templo herdado de seu pai. O que mais me cativou nele foi justamente sua simplicidade e o quanto ele acredita no poder das pessoas, em sua fé na humanidade. Eu acredito que isto seja o mais importante, para um herói. É muito fácil ter força, mas força, sem caráter, é apenas brutalidade. E Takeru demonstrou ter um caráter ilibado.



Makoto Fumaki, o Specter. Um dos meus riders secundários favoritos. Quando ele apareceu, com aquela rivalidade inicial com Takeru, até pensei que ela perduraria por boa parte da temporada, mas a antiga amizade de ambos prevaleceu, o que foi bom para o Makoto. Voltar a ter sentimentos, preocupar-se com outras pessoas e, ainda assim, manter sua essência autocentrada (às vezes), não desvalorizou-o. Deixou-o mais rico de sentimentos e o fez tomar decisões mais complexas. Para o bem da verdade, a amargura carregada por Makoto era gerada pela angústia em trazer sua irmã Kanon de volta à vida.



Príncipe Aran (Alain ou até Alan), Necrom. Sem dúvidas, a transformação mais profunda dos três riders. De pretenso destruidor da humanidade em nome da utopia do Mundo Ganma, Aran acabou vendo, muito por influência de Kanon e Fumi, que suas convicções estavam distorcidas. De que adianta criar um mundo perfeito se não há ninguém para compartilhar algo de bom?



Sobre os membros do templo, é muito importante destacar a importância de Akari para o desenvolvimento da trama: seus conhecimentos científicos ajudaram muito Takeru e demais a resolver os problemas que surgiam. A própria passou por uma bela transformação: de um total ceticismo para uma pessoa capaz de aliar ciência e espiritualidade. Seus "embates" com Igor eram muito engraçados, também.

Onari, em menor escala, junto de seus aprendizes, também ajudaram como puderam. Coube a ele o papel mais cômico, mas isto não significa que não teve momentos em que suas intervenções não foram fundamentais. O mesmo vale para o "Tio" Edith, que agiu dos dois lados, tanto no mundo dos humanos quanto no mundo dos Ganma. Leve semelhança com o DJ Sagara de Gaim, mas para por aí. Ele proveu armas para Takeru quando necessário e viu de perto o Mundo Ganma se desestabilizar.



Os 15 Eyecons: muitas pessoas podem reclamar do excesso deles, mas eu vejo por um outro prisma; cada um deles teve um momento de importância para a história, seja lutando com Takeru ou instruindo-o na direção certa. Se repararem bem, do meio da temporada até seu final, eles aparecem bastante sem estarem fundidos ao Ghost, todos com vontade própria e participando das lutas. Isto prova que não houve desperdício de recursos. Se um Eyecon era necessário em situação X, ele foi usado.

Em geral, em achei as formas do Ghost bastante bonitas, especialmente a forma final. O mesmo vale para Specter. Não vejo problema algum em um rider ter várias formas, desde que elas tenham bom uso e, principalmente, se o herói tiver grande necessidade de novas habilidades. Questiono o design de alguns armamentos, mas isto é apenas gosto pessoal.



Príncipe Adel: num post anterior (clique aqui!), era um personagem que eu considerava incógnito, capaz de qualquer coisa. Bem, ele tentou tudo o que estava ao seu alcance, e deu trabalho para os nossos riders. Não posso dizer que tenha sido um vilão impossível de ser detido, porque ele foi mais um homem amargurado pelas lembranças do passado. De mais a mais, quando lutou, foi um bom adversário. Comandou os Ganmeisers bem, enquanto teve influência sobre eles. Talvez suas motivações não fossem tão diferentes das de Takeru, apenas os fins. Ambos se ressentiam muito pela falta de suas famílias. Takeru, sempre consciente disso, Adel, apenas no fim. Foi um oponente valoroso.



Ganmeisers: estes, as maiores ameaças. Máquinas sem sentimentos que atacaram Takeru e demais em muitas oportunidades, dando, sempre, muito trabalho. Fundirem-se com Adel o tornou um inimigo complicado, já que sua força superou (por ao menos algum tempo) a dos riders em uma boa quantidade.

Veredicto: o conceito de Ghost foi um dos mais interessantes da atual fase da Era Heisei dos Riders. A história se desenvolveu bem, quem precisou brilhar, teve sua chance. Os inimigos foram bem variados e explorados, mas o mais interessante é frisar que Ghost nem sempre combateu um império maligno, mas as imperfeições da perfeição procurada pelos Ganmas. O fato de ele ter apenas 99 dias para solucionar todos os mistérios que surgiam deu o tom mais dinâmico dos arcos, afinal, ele não podia passar muitos dias para eliminar uma ameaça, precisava ser cirúrgico, preciso. Personagens secundários como o cientista Igor e sua total falta de fé na humanidade, Fumi e sua sabedoria, Kanon e sua relação de proximidade com Makoto, os ajudantes do templo, enfim, cada um ajudou a compor um Kamen Rider que me deu muita alegria em assistir. Javer e seu senso de dever e devoção ao Mundo Ganma. Ghost teve tudo: boas lutas, emoção, personagens carismáticos, inimigos que você se perguntava se eram realmente maus e uma relação bastante profunda com a espiritualidade.

Fumi e Aran, em uma das cenas mais bonitas que já vi num tokusatsu.

Por fim, declaro que adorei Ghost, e que me emocionei bastante em vários episódios. O episódio 49 foi bastante intenso (na minha opinião) e aguardo o 50 para, finalmente, termos nosso Kamen Rider Ex-Aid em ação. Como diria Takeru: "O potencial da humanidade é infinito", "Minha vida vai queimar brilhante", e, "Eu acredito em mim".

Que venha Kamen Rider Ex-Aid!

domingo, 4 de setembro de 2016

Esquadrão Suicida - [Review]


Antes de mais nada, abro este review dizendo que não sou cinéfilo, raramente vou ao cinema, mas Suicide Squad era um filme que eu queria muito ver, desde que fiquei sabendo do início de suas filmagens. Era um filme que eu esperava ansiosamente ver, pois trazer os vilões para o protagonismo é algo que realmente me agrada bastante.

Apesar de toda a espera, o resultado final valeu a pena: adorei o filme. Tenho lido e assistido críticas bastante negativas sobre o filme. Algumas, eu concordo, já outras, acho exageradas. Antes de começar, agradeço ao meu parceiro de blog, o Antonio, por me permitir dar minha opinião sobre o filme. Para o link de sua matéria, basta clicar aqui.

Muitas pessoas têm criticado o filme pela sua previsibilidade de roteiro. Bem, é verdade que não é um roteiro muito elaborado; ele segue a aventura clássica dum grupo de heróis (não neste caso) até a vitória, passando por algumas boas intrigas, desvios de rotas, algumas reviravoltas e situações inesperadas. Eu não acho ruim o filme ter uma certa previsibilidade, já que se trata do início da formação da equipe, e é natural que sua primeira missão seja algo mais simples. Não é bem o que acontece durante o filme, já que o esquadrão passa por situações complicadas e tem certa dificuldade de superar os obstáculos.



Vamos às estrelas:

Coringa: francamente, não gostei desta versão dele. O achei bem apagado e sem muita função. O desenvolvimento da relação dele com a Arlequina, incluindo como ele a criou, foi menos impactante do que eu esperava, e eu não o vi como um personagem que devesse estar no filme. Para um vilão da grandeza do "Palhaço do Crime", ele ficou muito reduzido. Ok, o filme não era sobre ele, mas não senti firmeza nem na atuação de Jared Leto e nem no que o personagem desempenhou. Talvez deixá-lo para um outro filme, onde ele pudesse ter o brilho que merece faria mais jus tanto ao ator quanto ao personagem. Achei que foi pouco para um personagem de sua magnitude.

Deadshot: poucas semanas antes de assistir ao filme, vi um review no You Tube feito por um americano, onde ele dizia que Will Smith sempre interpreta a si próprio. Bem, tenho que discordar: ele foi muito bem como Deadshot. Mostrou que o cara tinha um alto grau de periculosidade, e, mesmo assim, não era um criminoso desalmado; sua relação com a filha o deixou mais humanizado e profundo. 

Arlequina: melhor personagem do filme. Margot Robbie roubou a cena com as tiradas sarcásticas da Arlequina, não ficou sexualizada, apesar das roupas, desenvolveu muito bem a relação dela com as demais personagens e, apesar de sua adoração pelo Coringa, não ficou uma coisa massante. Margot soube dosar bem as características clássicas da personagem e, acima de tudo, soube divertir. Arlequina parecia não ter o menor medo da ameaça que enfrentaria. Cativante.

Rick Flag: o típico soldado americano com um passado cheio de mortes. Cumpriu bem seu papel, principalmente na parte final do filme.

El Diablo: está aí um personagem que chamou muito a minha atenção: gosto de personagens em crises existenciais, pois eles podem ser imprevisíveis. Ou ele desanda para o lado da escuridão e acaba fazendo alguma grande bobagem ou se redime. Digamos que, no caso dele, foi um meio termo.

Capitão Bumerangue: pude reconhecê-lo bem de suas aparições dos desenhos da Liga da Justiça. Talvez o segundo lado mais cômico do time.

Magia: outra personagem que não gostei. A atuação de Cara Delevingne deixou muito a desejar. Enquanto em sua forma humana, pouco apareceu. Quando possuída pela Magia, me pareceu mais um destaque de Escola de Samba do Rio de Janeiro desfilando na Sapucaí. Apesar do poder que possuía, não foi uma ameaça tão grande.

Amarra: como ele fez apenas uma breve aparição, nada a declarar.

Katana: bom, ela cumpriu o que seu papel prometia: guardar Rick Flag e neutralizar qualquer ameaça. Gostaria que ela tivesse tido uma participação um pouco mais ativa na trama, porque a personagem tem um background interessante.

Killer Croc: apareceu pouco, infelizmente. Sua animosidade foi mostrada à contento, mas eu gostaria de ver mais o trabalho de Adewale Akinnuoye-Agbaje, já que é um excelente ator. Sua performance na série Oz, da HBO, mostra isto muito bem. Embora tenha aparecido pouco, Killer Croc me agradou. Soube tirar proveito de sua força, soube ironizar sua própria aparência e fez o que era preciso fazer.

Amanda Waller: uma das grandes personagens do filme: manipuladora, estrategista, sem o menor escrúpulo de fazer o que for preciso para alcançar seus objetivos patrióticos, foi bem o que eu esperava dela. A mulher fria e inteligente, que comanda com mão de ferro sua equipe.

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Apesar de alguns furos de roteiro, sendo alguns bastante grosseiros, o filme é muito bom. Diverte, prende a atenção, tem boas cenas de ação e elas têm um bom realismo, a relação entre os membros da equipe é muito boa: destaco uma das cenas da reta final do filme, onde todos estão em um bar, se perguntando sobre como chegaram até ali e o quão valeu a pena. Vi uma lucidez na Arlequina que eu não esperava, quando ela questionou não me lembro qual personagem sobre seus atos do passado e ele teve de admitir que era um criminoso, acima de tudo.

A trilha sonora, já abordada no antigo que linkei acima, é muito boa, bem utilizada. Os efeitos especiais não ficaram exagerados e a caracterização dos personagens ficou muito boa. As aparições extras ficaram muito boas e a liga da história funcionou muito bem. Com seus erros e acertos, Suicide Squad é um ótimo filme. Tanto o é, que estou com vontade de vê-lo, novamente.

sábado, 3 de setembro de 2016

As melhores mechas dos Super Sentais


Bem, não é de hoje que todo Super Sentai que se preze tem, ao menos, 2 mechas. Resolvi listar as mais belas que já pude ver, nestas minhas andanças pela franquia. Lembrando que não estão em ordem de importância, é apenas uma listagem. Como não vi todos os Super Sentais, alguns dos nossos guerreiros gigantes podem estar ausentes.



Change Robô - Changeman: talvez seja um pouco de nostalgia, mas sempre gostei do visual do "Cabeça de Caneta Bic". Suas batalhas não eram tão empolgantes, mas o visual é um dos mais bonitos que eu já vi.



Flash King - Flashman: está aí um dos robôs que mais tenho apreço. Sempre gostei muito do Flash King, e me lembro muito bem de ficar triste quando ele foi quase destruído. 



Bio Robô - Bioman: provavelmente o robô (que eu tenha conhecimento, que fique claro) com mais importância para seu time. Nosso gigante foi o próprio criador do Bioman, e muitos dos episódios mais tensos o tinham como protagonista.



Gekitouja - Gekiranger: embora Gekiranger tenha me decepcionado em vários aspectos, Gekitouja me surpreendeu: a mecha mais dinâmica entre todas as que vi. Apesar do tamanho, é ágil, rápido, tem uma anatomia diferenciada, além de não ter uma cabine de comando. Ele imita os movimentos dos heróis.



Great Five - Maskman: o design do Great Five sempre me chamou muito a atenção. É bonito, tem um bom arsenal de armas e um dos meus gattais favoritos.



Gosei Great - Goseiger: vou defini-lo numa única frase: sua entrada em cena. Ele andando por entre as árvores e rochas é uma das cenas mais bonitas que já vi.



Shinken-Oh - Shinkenger: precisa falar muito além de que sua música-tema é cantada por Akira Kushida?



Time Robô - Timeranger: o ponto forte dele é sua versatilidade. Um robô que oferece opções diferentes para cada tipo de necessidade dos Timerangers.



Galaxy Mega - Megaranger: Galaxy Mega não é um simples robô, é toda a base de operações da organização por trás dos nossos heróis. Muito querido por todos, Galaxy Mega não é considerado uma máquina, mas uma real parte do time.



Gokaioh - Gokaiger: o robô dos piratas especiais é, primeiramente, sua casa. Seu gattai espacial me impressiona sempre que vejo, e seu arsenal também deixa o time seguro de que as chances de vitória são grandes.



DaiBouken - Boukenger: para finalizar nossa lista, o grandioso Daibouken. Para quem ainda não assistiu Boukenger, recomendo fortemente que o faça, pois é um sentai maravilhoso, cheio de reviravoltas, rivalidades e grandes inimigos. Daibouken é bonito, multifuncional, e representa muito bem o espírito da série, a aventura.

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Fazer uma lista com tantos bons nomes é sempre algo muito complicado. Coloquei aqueles com quem mais me identifiquei. Outros poderiam ter entrado, mas optei por usar apenas as formas básicas.