Antes de mais nada, abro este review dizendo que não sou cinéfilo, raramente vou ao cinema, mas Suicide Squad era um filme que eu queria muito ver, desde que fiquei sabendo do início de suas filmagens. Era um filme que eu esperava ansiosamente ver, pois trazer os vilões para o protagonismo é algo que realmente me agrada bastante.
Apesar de toda a espera, o resultado final valeu a pena: adorei o filme. Tenho lido e assistido críticas bastante negativas sobre o filme. Algumas, eu concordo, já outras, acho exageradas. Antes de começar, agradeço ao meu parceiro de blog, o Antonio, por me permitir dar minha opinião sobre o filme. Para o link de sua matéria, basta clicar aqui.
Muitas pessoas têm criticado o filme pela sua previsibilidade de roteiro. Bem, é verdade que não é um roteiro muito elaborado; ele segue a aventura clássica dum grupo de heróis (não neste caso) até a vitória, passando por algumas boas intrigas, desvios de rotas, algumas reviravoltas e situações inesperadas. Eu não acho ruim o filme ter uma certa previsibilidade, já que se trata do início da formação da equipe, e é natural que sua primeira missão seja algo mais simples. Não é bem o que acontece durante o filme, já que o esquadrão passa por situações complicadas e tem certa dificuldade de superar os obstáculos.
Vamos às estrelas:
Coringa: francamente, não gostei desta versão dele. O achei bem apagado e sem muita função. O desenvolvimento da relação dele com a Arlequina, incluindo como ele a criou, foi menos impactante do que eu esperava, e eu não o vi como um personagem que devesse estar no filme. Para um vilão da grandeza do "Palhaço do Crime", ele ficou muito reduzido. Ok, o filme não era sobre ele, mas não senti firmeza nem na atuação de Jared Leto e nem no que o personagem desempenhou. Talvez deixá-lo para um outro filme, onde ele pudesse ter o brilho que merece faria mais jus tanto ao ator quanto ao personagem. Achei que foi pouco para um personagem de sua magnitude.
Deadshot: poucas semanas antes de assistir ao filme, vi um review no You Tube feito por um americano, onde ele dizia que Will Smith sempre interpreta a si próprio. Bem, tenho que discordar: ele foi muito bem como Deadshot. Mostrou que o cara tinha um alto grau de periculosidade, e, mesmo assim, não era um criminoso desalmado; sua relação com a filha o deixou mais humanizado e profundo.
Arlequina: melhor personagem do filme. Margot Robbie roubou a cena com as tiradas sarcásticas da Arlequina, não ficou sexualizada, apesar das roupas, desenvolveu muito bem a relação dela com as demais personagens e, apesar de sua adoração pelo Coringa, não ficou uma coisa massante. Margot soube dosar bem as características clássicas da personagem e, acima de tudo, soube divertir. Arlequina parecia não ter o menor medo da ameaça que enfrentaria. Cativante.
Rick Flag: o típico soldado americano com um passado cheio de mortes. Cumpriu bem seu papel, principalmente na parte final do filme.
El Diablo: está aí um personagem que chamou muito a minha atenção: gosto de personagens em crises existenciais, pois eles podem ser imprevisíveis. Ou ele desanda para o lado da escuridão e acaba fazendo alguma grande bobagem ou se redime. Digamos que, no caso dele, foi um meio termo.
Capitão Bumerangue: pude reconhecê-lo bem de suas aparições dos desenhos da Liga da Justiça. Talvez o segundo lado mais cômico do time.
Magia: outra personagem que não gostei. A atuação de Cara Delevingne deixou muito a desejar. Enquanto em sua forma humana, pouco apareceu. Quando possuída pela Magia, me pareceu mais um destaque de Escola de Samba do Rio de Janeiro desfilando na Sapucaí. Apesar do poder que possuía, não foi uma ameaça tão grande.
Amarra: como ele fez apenas uma breve aparição, nada a declarar.
Katana: bom, ela cumpriu o que seu papel prometia: guardar Rick Flag e neutralizar qualquer ameaça. Gostaria que ela tivesse tido uma participação um pouco mais ativa na trama, porque a personagem tem um background interessante.
Killer Croc: apareceu pouco, infelizmente. Sua animosidade foi mostrada à contento, mas eu gostaria de ver mais o trabalho de Adewale Akinnuoye-Agbaje, já que é um excelente ator. Sua performance na série Oz, da HBO, mostra isto muito bem. Embora tenha aparecido pouco, Killer Croc me agradou. Soube tirar proveito de sua força, soube ironizar sua própria aparência e fez o que era preciso fazer.
Amanda Waller: uma das grandes personagens do filme: manipuladora, estrategista, sem o menor escrúpulo de fazer o que for preciso para alcançar seus objetivos patrióticos, foi bem o que eu esperava dela. A mulher fria e inteligente, que comanda com mão de ferro sua equipe.
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Apesar de alguns furos de roteiro, sendo alguns bastante grosseiros, o filme é muito bom. Diverte, prende a atenção, tem boas cenas de ação e elas têm um bom realismo, a relação entre os membros da equipe é muito boa: destaco uma das cenas da reta final do filme, onde todos estão em um bar, se perguntando sobre como chegaram até ali e o quão valeu a pena. Vi uma lucidez na Arlequina que eu não esperava, quando ela questionou não me lembro qual personagem sobre seus atos do passado e ele teve de admitir que era um criminoso, acima de tudo.
A trilha sonora, já abordada no antigo que linkei acima, é muito boa, bem utilizada. Os efeitos especiais não ficaram exagerados e a caracterização dos personagens ficou muito boa. As aparições extras ficaram muito boas e a liga da história funcionou muito bem. Com seus erros e acertos, Suicide Squad é um ótimo filme. Tanto o é, que estou com vontade de vê-lo, novamente.
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