quinta-feira, 19 de novembro de 2015

O que despertar?

Último filme da "nova" trilogia
2005, Maio, 19. O mundo de Guerra nas Estrelas testemunhava Palpatine a massagear o ego de Anakin Skywalker com sua fala macia. A promessa de vencer a morte (mais precisamente, a morte que lhe arrancou a mãe e que lhe atormentava os sonhos ao buscar Padmé) e, de quebra, um belo lugar aos muitos sóis da galáxia lhe crescera a gula pelo poder prometido por aquele nebuloso ancião. Quem assistiu e tem boa memória conhece a lambança em que isso culminou e como o nosso amigo Annie meteu os pés pelas mãos e perdeu boa parte destes membros todos no desenrolar de tão amargo processo: a morte não foi derrotada e da turbulenta e confusa profusão de dores e mágoas preditas por Yoda no Episódio I nasceu Darth Vader.


Deu ruim pro Anakin
Agora, 10 anos depois da conclusão de tão polêmica prequela, temos a eminente estréia de Episódio VII: O Despertar da Força. O nosso objetivo aqui é pensar um pouco na obra como um todo, mas com o intuito de discutir o título e o conceito por detrás deste, além de uma ou outra ideia exposta nos trailers. Partimos do princípio em que as personagens citadas já são minimamente conhecidas dentro do repertório de material promocional já divulgado. Há muita especulação pela web, tanto por parte dos fãs como fomentada pela própria Disney, acerca desse despertar do título. Em linhas gerais: Rei ou Finn? Qual dos dois é “O Jedi” dessa geração? Seria Kylo Ren um clone do imperador? de Luke? Aliás, cadê Luke Skywalker!?

Antes de continuarmos, vale comentar que O Despertar da Força é o título de filme com a redação mais genérica de todos os outros seis. Ela é bem menos expressiva para os fãs (ao menos os de longa data), digamos assim. Mas, entendemos que ele é também o que tem maior potencial de vendas. De boas, sem estranhamentos, muitos já compraram essa ideia. O conceito da “Força”, mesmo quando bem raso, é o que há de mais conhecido pelos não-fãs (leia-se: leigos, fãs em potencial, mães e pais de fãs, haters e toda sorte de combinações destes) junto dos bons e velhos Vader e Yoda. Ah! Os stormtroopers também.

"Oh-oh"
Que tal esquecermos um pouco esse papo de clonagem?

Continuando, que tal esquecermos um pouco esse papo de clonagem? Esse plot device está bem batido, ainda mais na série, tanto canônica como o universo expandido. Episódio II, Trilogia Thrawn e o jogo The Force Unleashed II são alguns exemplos. Acreditamos que, mesmo bebendo das fontes, o J.J. Abrams evitaria recorrer a tão óbvio recurso. Missão: Impossível, Jornada nas Estrelas. Até então, ele teve carinho e soube homenagear os pontos icônicos de cada obra com a qual trabalhou. Gostando ou não do resultado final, os fãs de cada série não podem negar isso. E é nessa capacidade de valorização em que acreditamos que está "O Despertar" da obra. Guerra nas Estrelas estava entregue a um limbo de anos e anos de histórias esgotando o período das Guerras Clônicas e precisava de um continuador.

Nessa esteira, o nosso novo e até então antagonista na parte mística do filme, Kylo Ren, está querendo terminar o que Vader começou. É o que se deduz pelo jogo de imagens de um dos trailers.

"Eu terminarei o que você começou."
Pessoas, o que Vader começou e que precisava ser terminado? A revolução contra a República? Trazer equilíbrio de volta a Força? E se mudarmos a pergunta para: O que Luke Skywalker começou e que precisa ser terminado?

Tanto Kylo Ren como a ordem a qual ele pertence ainda são bem misteriosos, mas ele demonstra ser jovem, confuso e um fanático pelas histórias nas quais os eventos dos episódios IV, V e VI se tornaram.

Por outro lado, Finn e Rei, até agora, pareceram bem leigos e alheios a tudo. Filhos da desinformação, compõem um binário heroico que terá que lidar com o chamado para a ação. Nossa defesa aqui é que todos os três passarão por testes e provações intensos, em total alusão ao treinamento de Luke em Dagobah, e a Força irá despertar em suas duas contrapartes em pelo menos dois deles, cada qual numa manifestação. Ou seja, teremos o usual embate entre o lado sombrio e o lado iluminado.

Kylo, Finn e Ren: as escolhas da Força
E você? O que acha? Qual é a sua teoria?

Nenhum comentário:

Postar um comentário