sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Tuff Turf - O Rebelde - Classicão do "Cinema em Casa"

Quando somos mais jovens, histórias sobre dificuldades em adaptar-se a novos meios, ser aceito e mudanças são as histórias que fazem com que nos identifiquemos mais fácil e rapidamente, não que estas histórias não atraiam as pessoas um pouco mais velhas também, mas é inegável que na adolescência elas chamam mais atenção. Com isso em mente, Greg Collins O'Neill, Murray Michaels e Jette Rinck escreveram Tuff Turf, aqui no Brasil conhecido como Tuff Turf - O Rebelde, sucesso absoluto nas videolocadoras de todo o país e sucesso garantido das saudosas tardes de "Cinema em Casa" do SBT. Distribuído pela New World Pictures em 1985, o filme trazia um ainda desconhecido James Spader como protagonista e um ainda jovem problemático Robert Downey Jr. como coadjuvante.

Poster do filme
Morgan Hiller (o ótimo James Spader) é um jovem rebelde. Sua família faliu financeiramente e todos tiveram que mudar-se de Connecticut para Los Angele. Ele sempre sofre comparações com seu irmão mais velho e bem sucedido, algo que o incomoda profundamente. Uma noite, dando uma volta em sua bicicleta para conhecer a vizinhança, Morgan salva um senhor de ser assaltado por uma violenta gangue local liderada pelo valentão Nick Hauser (o nojento Paul Mones) e sua linda namorada, Frankie Croyden (Kim Richards). No dia seguinte, no seu primeiro dia na escola, como se já não fosse difícil o bastante ter que adaptar-se a uma nova escola e novos colegas, Morgan dá de cara com Nick e sua gangue estudando no mesmo lugar. Pronto. Está armado o início do inferno na vida de Morgan.

Morgan e Frankie, uma relação perigosa
Para piorar tudo, surge logo uma incrível atração entre Morgan e Frankie, algo que não deixa nada contente o prepotente Nick. Daí em diante, Morgan passa a sofrer ataques, armações e todo tipo de coisas que vocês possam imaginar, até mesmo, uma surra no vestiário da escola. O único apoio que o jovem Morgan encontra no novo colégio é do doidinho gente boa Jimmy Parker (Robert Downey Jr, que sempre dispensa comentários). A guerra está declarada e cabe agora a Morgan lidar com sua paixão por Frankie e lidar com a retaliação de Nick e sua gangue. 

Morgan passando apuros no seu primeiro dia na escola
Sou extremamente fissurado neste filme e perdi a conta de quantas vezes já o assisti, seja em tempos do antigo VHS alugado ou na TV quando este passava direto. Logicamente, que tenho uma cópia em meu HD para assistir toda vez que der saudade. As atuações do filme são boas, a história envolve e nos pegamos torcendo desde o começo para Morgan e odiando as atitudes do metidão Nick. Hoje em dia, Nick e sua turminha seriam considerados os reis do bullying.

Nick e Frankie, uma relação baseada em ameaças e violência
Cenas inesquecíveis do filme para mim são incontáveis, mas posso destacar quando Morgan salva o senhor de ser assaltado por Nick e sua gangue, o confronto entre Morgan e Nick no colégio que termina com a bicicleta de Morgan destruída, a invasão ao clube dos bem-sucedidos, o ataque ao pai de Morgan, o confronto entre Morgan e seu irmão, o romance entre Morgan e Frankie, entre tantas outras cenas. Logicamente que o confronto final de Morgan e Nick são inesquecíveis.

Morgan é gente boa, mas não o irrite!
A trilha sonora do filme é outro show a parte. As músicas do filme são muito boas e destaco principalmente o tema principal de abertura, "Love Hates" cantada por Marianne Faithfull, e "I Walk in the Night" cantada por Paul Carney e dublada por James Spader na cena da invasão ao clube. Além de serem excelentes músicas, as cenas em que essas músicas tocam ficaram ótimas.

James Spader e Robert Downey Jr. novinhos
Sem dúvidas, Tuff Turf - O Rebelde é um classicão de respeito. Um filme que soube misturar muito bem uma temática adolescente misturando muito bem doses de ação, romance e um pouquinho de drama também. Para os que não conhecem este filmaço, não sabem o que estão perdendo. Corram atrás, porque é muito fácil encontrar este filme na internet para assistir, baixar e comprar também.

Momento de sedução!
P.S: Eu era doido para ter uma jaqueta igualzinha à do Morgan!!! Rsss.


Um grande abraço!

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Tapas & Beijos - Muitas Confusões nas Ruas de Copacabana

Muito se fala e reclama do humor padronizado das produções Globo, mas a verdade é que a emissora já lançou programas humorísticos de alta qualidade e que foram sucesso absoluto como TV Pirata, Viva o Gordo, Chico Total, Os Trapalhões, Os Normais, Tá no Ar: a TV na TV, entre tantos outros. Em abril de 2011 mais uma série de humor da rede Globo entrou para o grupo de grandes programas humorísticos da TV aberta: Tapas & Beijos foi criada por Cláudio Paiva e protagonizada por Andréa Beltrão e Fernanda Torres. A série teve 5 temporadas e 169 episódios.

Logo do programa
Tapas & Beijos conta a história das melhores amigas, Fátima (Fernanda Torres) e Sueli (Andréa Beltrão) que trabalham como vendedoras na "Djalma Noivas" em Copacabana. Elas dividem um apartamento no Méier e estão sempre se metendo em muitas confusões na loja, no bairro onde trabalham, no ônibus cheio que pegam todos os dias, nos forrós que curtem a noite, na lanchonete "Rei do Beirute" que frequentam, entre tantas outras coisas. A vida amorosa da dupla então é uma catástrofe. Logo no começo somos apresentados a Armane, o divertidíssimo e enrolado dono da "Importadora Clotilde" (interpretado por Vladimir Brichta), que fica do outro lado da rua em frente a "Djalma Noivas". Fátima é amante de Armane há anos e eles tem uma relação cheia de "tapas e beijos", literalmente, assim como Sueli e Jorge (este a partir da segunda temporada).

Os casais principais da série
Também conhecemos outros bons personagens ao longo da série: Djalma (o hilariante e covarde Otávio Müller), o dono da "Djalma Noivas" e grande amigo das meninas; Flavinha, esposa metida e chata de Djalma (Fernanda de Freitas); Seu Chalita, o dono do "Rei do Beirute" (Flávio Migliaccio); Tavares, o advogado 171 (o engraçadíssimo Kiko Mascarenhas); Jorge, o dono da boate "La Conga" e namorado de Sueli (Fábio Assunção cheio de gestos pra falar); Bia, a filha chatinha e sem sal de Jorge (a bela Malu Rodrigues); Paulo César, mais conhecido como PC, o dentista boa praça (o talentoso Daniel Boaventura); Jurandir, o ex-marido de Sueli e metido a malandrão (Érico Brás); Lucilene, a dançarina do "La Conga" que já passou na mão de todos os homens do elenco (a gata e divertida Natália Lage); Tijolo, bandido figuraça que vira sócio de Jorge na boate (o engraçado Orã Figueiredo); Stephanie, a esposa de Tijolo que na verdade é um travesti (o bom Rafael Primot) e Shirley, esposa fofoqueira de Seu Chalita (Analu Prestes).

Grande parte do elenco reunida
Ufa! Quantos personagens! Mas, todos eles foram essenciais pra história e protagonistas de muitos episódios, alguns com maior destaque, outros apenas para compor elenco mesmo. Os grandes destaques, com certeza absoluta, ficam com: Sueli, Fátima, Armane, Jorge, Tijolo, Tavares, PC e Djalma. Eles eram alicerces de várias tramas. Muitos personagens foram surgindo de uma forma e foram ganhando modificações ao longo das temporadas. O próprio Kiko Mascarenhas na primeira temporada fazia o papel de Santo Antônio e vivia aconselhando Sueli, mas como o ator era extremamente engraçado, acabaram aumentando seu tempo na tela e criando o advogado charlatão Tavares.

As melhores e inseparáveis amigas
Durante as 5 temporadas, Fátima e Sueli casaram e se separaram de Armane e Jorge, Fátima e Sueli se envolveram com outros homens, assim como Armane e Jorge se envolveram com outras mulheres, PC já namorou com Fátima e até com Sueli, até mesmo Tavares já teve seus momentos com Sueli. Jurandir teve filho com Bia, Seu Chalita se envolveu com Shirley, até mesmo Tavares teve um "lance meio estranho" com PC, todos brigaram com todos e reconciliaram-se logo depois. Tivemos uma boa participação na reta final de Evandro Mesquita como Mustafá, um sobrinho libanês de Seu Chalita e que se envolveu com Fátima. Ou seja, era uma confusão só.

O "casal" mais divertido da série
Claro que após algumas temporadas a velha história do separa-mas-se-ama-e-volta-e-termina dos casais protagonistas acabou por saturar e isto pode ter sido um dos motivos para a série ter acabado, mesmo que ainda no seu auge, mas acredito que o público não aguentaria mais uma temporada nestes moldes. Deveria haver uma reformulação para continuar, mas foi melhor acabar por cima, como fizeram na época com Os Normais

Mais uma confusão na Djalma Noivas
A série tinha uma proposta inicial para apenas 3 temporadas, mas devido ao sucesso, foi esticada até a quinta temporada. Os atores pediram o fim do programa por quererem fazer coisas novas e não ficarem presos em seus papéis eternamente. Otávio Müller já se encontra na nova novela das 21 horas, a boa A Regra do Jogo, e Fábio Assunção já está no elenco da próxima novela das 19 horas. Uma parte do restante do elenco já está envolvida em novos projetos.

Sempre havia confusão no Rei do Beirute também
Tapas & Beijos foi indicada a diversos tipos de prêmios ao longo dos anos e ganhou: melhor série, melhor atriz (André e Fernanda já venceram), melhor tema musical, melhor ator (Vladmir e Érico já venceram), melhor autor de série, entre outros em diversos tipos de premiações, tais como "Prêmio Extra de Televisão", "Troféu APCA", "Arte Qualidade Brasil Televisão", "Melhores do Ano", "Troféu Imprensa", entre tantos outros.

No La Conga então, nem se fala....
Em 15 de setembro de 2015 foi ao ar o último episódio da série, dando um bom final a todos os personagens e praticamente, deixando tudo conforme como começou lá em abril de 2011. Dos finais dos personagens, o que teve o final mais original e mais engraçado de todos foi o de Tavares. No fim de tudo, fica um gostinho já de saudade no ar e a certeza de que Fátima, Sueli, Armane, Jorge e companhia farão muita falta nas noites de terça-feira.


Um grande abraço.

domingo, 20 de setembro de 2015

Kamen Rider Drive e porquê a Toei falhou


Bem, Kamen Rider Drive será encerrado no episódio 48, e eu já vi o 46, então já posso dar meu parecer sobre o sucessor de Gaim, independentemente do final. Posso dizer que Drive me agradou em partes, me desagradou em partes. Se eu for analisar como um todo, Drive foi um bom rider, mas só. Neste review, colocarei os pontos que considerei fracos da saga de Tomari Shinnosuke e companhia.

1 - A Toei contou com os ovos antes deles saírem da galinha.
Bem, não sei se vocês se lembrarão, mas quando Drive foi anunciado, a Toei declarou algo mais ou menos assim: "Kamen Rider Drive mudará o modo com o qual as pessoas vêem os Kamen Riders. Drive será revolucionário". 

Pois bem, eu diria que a Toei acertou em partes: Drive, de fato, foi um rider diferente dos demais heiseis. O único que ainda me falta terminar é Den-O, e afirmo com 100% de segurança que Den-O é superior a Drive. Em apenas 20 episódios, já teve muito mais emoção e drama. Bom, como Den-O é assunto para outra postagem, continuemos com Drive. Um dos maiores problemas de Drive foram os desvios da sua trajetória, ou seja, fillers. Drive sofreu bastante com episódios sem grande significado para seu desenvolvimento. Como um rider policial, eu esperava de Drive tramas de investigação mais complexas sobre os Roidmudes, o que acontecia em Kuuga e os mistérios que envolviam os Grongis, mas o roteiro de Drive optou demais por voltas desnecessárias ou casos simples demais. A Toei prometeu revolução, mas fez o mais do mesmo. Deveriam ter seguido o caminho que Gaim deixou, mas...

Além disso, Drive pecou pelo excesso de formas e sua falta de função. Explicarei isto mais adiante.



2 - Kiriko Shijima
Acredito que ninguém vá discutir a beleza de Rio Uchida, pois a atriz/modelo é belíssima; contudo, Kiriko poderia ter rendido bem mais e passado do velho clichê de personagem feminina de suporte do Rider principal. Quando Drive começou, Kiriko chamava a atenção por dois aspectos: era extremamente mecânica no jeito de ser e sua principal função era colocar Tomari na linha quando ele se esquecia do trabalho. Com o tempo, ela foi ficando mais humana, o que é ótimo, e eu até vislumbrei a possibilidade dela se tornar uma rider, já que recebeu até sapatos com solas que podiam enfrentar os Roidmudes (que ela deve ter usado umas duas, três vezes). Porém, para a minha decepção, voltaram com o velho clichê de garota interesse amoroso/suporte. Kiriko começou a ficar mais básica, mais simplória. Tanto é, que suas aparições foram ficando mais voltadas para cuidar do irmão, Gou, Chase ou o próprio Tomari. Poderia ter ido mais longe.



3 - Gou Shijima
Bom, vou ter sucinto quanto ao Mach. Quando ele apareceu, achei que seria a antítese de Drive, porque ele era espalhafatoso e engraçado, mas Gou foi se tornando amargo e chato (para mim, que fique claro). Eu entendo que, pelo passado dele e o ódio crescente pelos Roidmudes, é plausível que ele acabasse amargo, mas não foi apenas isto: Gou teve algumas atitudes que considerei bem questionáveis e a presença dele se limitou a odiar Chase e os Roidmudes e ajudar Drive quando ele precisasse. Mesmo Kiriko foi "esquecida" por ele. Me desapontou.



4 - Gold Drive
Por que não apareceu antes? Gold Drive era o vilão que Drive precisava: frio, calculista e insano. Não consigo entender (consigo, mas não gostaria) por qual motivo ele entrou tão próximo do final da série. Os Roidmudes, exceto 001, não foram grandes ameaças. Gold Drive teria chacoalhado a série se fosse um vilão fixo e não um coadjuvante da retal final.



5 - Roidmudes
Por que vocês lutam, Roidmudes? Deixo esta pergunta no ar. Aliás, agradeço ao Guilherme por ter me dito isto, algumas semanas atrás. Só agora, pouquíssimo antes do fim de Drive, soubemos suas razões para lutar, e me pareceram bem confusas. Por falar nisso, já que cada Roidmude copia uma pessoa, por que praticamente nenhum deles vivenciou a vida da pessoa, com tudo o que ela trazia consigo? Foram basicamente explorados, apenas como monstros da semana. 



6 - Heart
Está aí um personagem que foi subutilizado. Em suas primeiras aparições, Heart demonstrou ser um guerreiro orgulhoso de ser um Roidmude, sempre ostentando sua raça. Forte, inteligente e elegante, Heart tinha tudo para ser um grande vilão, porém foi reduzido a um expectador da morte da própria espécie desde a chegada de 001 ou pouco antes. Eu sempre gostei de guerreiros orgulhosos em tokusatsu, vide Yamimaru de Turboranger, e Heart era da mesma linha. Era. Não sei o que deu na cabeça dos roteiristas para ele ser reduzido a observador. Interessante que ele passou por um processo similar ao de Gou, foi ficando amargo e inexpressivo. Voltou a aparecer na reta final, e espero que ele tenha um final digno, pois o considerei um vilão que prometia muito, mas foi esquecido.



7 - Formas do Drive e sua inutilidade geral
Outro ponto que fez Drive não ser tão bom quanto podia: o excesso de formas e sua pouca (ou quase nenhuma) função. Types Speed, Wild, Technic, Deadheat, Formula e Tridoron. Das três primeiras, Wild teve algum uso, vários episódios; já a Technic teve pouca influência, resolvendo em poucos casos. Deadheat logo passou para Mach, que fez melhor uso dela, Formula foi mais uma homenagem do que uma utilidade e Tridoron tem marcado presença desde que surgiu. Não me incomoda um rider ter várias formas, desde Kuuga isto é tendência, mas me incomoda o excesso de intromissão da Bandai na construção das séries. Compreendo que ela seja a maior patrocinadora da Toei, mas poderiam interferir menos e deixar a história fluir mais. 

Outra coisa: Tomari não precisou se esforçar nada para adquirir as formas. Bastava ele estar em uma situação de apuros que a Unidade de Crimes Especiais as criava para ele, ou seja, ele apenas utilizava a tecnologia criada, sem nenhum treinamento ou adaptação, exceto Deadheat. Citarei Hibiki, que teve apenas 3: para passar para a segunda forma, ele passou por intenso treinamento, e só conseguiu a nova forma pela necessidade da evolução dele e dos inimigos. Drive derrotou vários Roidmudes "mais poderosos" com a Type Speed. O excesso de formas, Shift Cars (a maioria foi absolutamente inútil), só serviu para criar um herói dependente de seu arsenal e não das próprias qualidades. Tomari não teve trabalho para conseguir as melhorias.



8 - O cinto
Drive Driver foi inovador, sem dúvidas, ao aliar o cinto com o bracelete (Shift Brace) e os próprios Shift Cars. Não posso negar que seja um dos cintos mais interessantes já criados, mas Krim Steinbelt (a personalidade contida no dispositivo) foi ficando chato. Se eu parar pra pensar, vou notar que ele mais atrapalhou Tomari nas batalhas do que ajudou, ou sua ajuda foi limitada, se preferirem assim. Se ele continha toda a personalidade e memórias de seu criador, por que não instruiu Drive a como lidar com os Roidmudes de maneira mais orgânica? Houve episódios em que ele sequer queria que Drive lutasse. Compreensível? Sim, mas ele poderia escolher meios mais estratégicos e seguros de lutar. Recursos não faltaram, convenhamos.

9 - A história
Drive tinha premissas interessantes: Global Freeze, raça de andróides querendo dominar o mundo, o amigo acidentado de Tomari, Kiriko e os demais, o assassinato do pai de Tomari, etc. No entanto, Drive teve muitos percalços e desvios que empobreceram a trama. A mudança de lado de Chase não me convenceu. Achei que ele brilhava muito mais como Machine Chaser do que como Kamen Rider Chase, mesmo ele tendo sido o Proto Drive. Alguns personagens de Drive tiveram pouca função, como Medic, que chegou dando pinta de maligna e acabou apenas mostrando sua subserviência à Heart. Brain e sua covardia, mesmo a maior reviravolta de Drive tendo sido obra dele e Capitão Nira. Exploraram pouco o amigo acidentado de Tomari. 

Acredito que ele poderia ter dado um tom mais dramático para a série, mas ele pouco apareceu. Também acredito que exploraram pouco o lado investigador perspicaz de Tomari, já que boa parte dos casos desvendados por ele foram simples e sem graça. O assassinato do pai de Tomari também foi pouco trabalhado. Se ele tivesse focado mais em encontrar o assassino e este provocasse mais mudanças na série, teria dado muito mais liga. Era um episódio investigando e procurando o homem que desgraçou a vida de Tomari, cinco resolvendo casos que não tinham muita importância. Ok, claro que Tomari não deveria fazer apenas isto, mas o assassino de seu pai poderia ter dado mais trabalho do que deu.

001 deveria ter aparecido antes e ficado mais tempo na trama, também. Foi um inimigo dos mais interessantes.



9.1 - Chase
Bom, eu falei um pouco sobre ele acima, mas Chase merece uma explanação mais detalhada. Machine Chaser era um vilão razoável, eu diria, mas com bom potencial. Boa força física e alguns apetrechos interessantes, além de um visual impressionante, Chase era um vilão que poderia crescer com a trama se o roteiro tivesse se aprofundado mais nele como um Roidmude e não como o primeiro Drive. Nos momentos em que ele odiava Drive, travaram bons duelos. Embora tenha sido bem elaborada, sua regeneração não me cativou, porque a personalidade de Chase era puramente robótica, e eu não consegui me afeiçoar à ele como mocinho. O papel de Shinigami (algo como carrasco) caía melhor nele, para mim.

10 - Resumo da Ópera
Kamen Rider Drive prometeu muito, mas entregou pouco. A Toei pecou ao tentar fazer uma série inteligente demais (os personagens são inteligentes e o plano de Banno é bem audacioso, mesmo difícil de compreender em alguns momentos) e com muita influência dos seriados americanos ao invés de usar artifícios da época de Kuuga e Agito, dois riders onde a polícia funcionava perfeitamente. As inovações da série foram legais, mas elas fizeram a história ser muito picotada e dependente de arsenais. O Tridoron foi interessante. Pecou por inimigos que não tinham objetivos claros e a falta de uma liderança mais proativa que a de Heart (não por sua culpa). Gold Drive deveria ter sido escalado como líder dos Roidmudes desde sempre, e Krim Steinbelt poderia ter sido mais intuitivo.

Drive também falhou ao colocar muitas cenas de humor em episódios onde o drama deveria ser o foco (até me lembrou o "humor" da Marvel) e por colocar casos onde não havia nenhuma conexão com o que se poderia esperar da ficção científica, mesmo num tokusatsu (Medic fazendo molho para alcançar a Evolução Suprema? Fala sério.). Por fim, o maior erro da Toei foi apostar demais em algo que ainda estava sendo concebido e se deixar influenciar demais pelo fator Marketing/Patrocínio/Finanças. 

Sem tantas coisas para interferir no curso natural da história, Drive teria sido bem melhor.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Os piores membros dos Super Sentais


Bem, todo fã de Super Sentai que se preze deve ter uma equipe favorita; ou de um único sentai ou formada por guerreiros de vários outros, mas, e os PIORES MEMBROS de sentais? Pois é, não é o tipo de lista que se vê muito por aí. Por isto, resolvi fazer uma listinha com os piores membros de Super Sentai que já vi. Lembrando que alguns sentais questionáveis como Zyuranger e Carranger eu ainda não assisti, então nenhum de seus membros será relacionado, por motivos óbvios. 



Pior Rosa: Kagura Izumi, a Toq 5gou de Toqger.
Acho que não há como poupar a Kagura de críticas, e não é por conta da atuação de Ai Moritaka. A garota, agora com 17 anos, não atuou mal. O problema maior foi o fraco desenvolvimento da personagem. Kagura foi inútil durante praticamente todo Toqger. Até entendo que ela representava as garotas frágeis que precisam tirar força da fraqueza, superar obstáculos, mas Kagura foi um peso morto.



Pior Azul: Haru "Tokatti" Tokashiki, o Toq 2gou de Toqger.
Pois é: mais um membro de Toqger figurando a lista de piores. Mais uma vez, não por culpa do ator, mas dos roteiristas. Tokatti foi um azul extremamente atrapalhado e covarde; não conseguia agir direito durante uma batalha e vivia inseguro. É verdade que ele melhorou um pouco nos 17 episódios finais, mas, mesmo assim, ficou devendo.



Pior Verde: Hanto Jyou, o Go-on Green de Go-Onger.
Bom, quem já viu Go-Onger sabe que se trata de um sentai bem regular: inimigos quase todos ridículos, heróis razoáveis, e um roteiro interessante que poderia ter dado mais frutos. Hanto é um garoto comum que está buscando um rumo na vida e é boa pessoa, mas não um guerreiro dos mais hábeis. Não teve brilho.



Pior Preto: Gunpei Ishihara, o Go-on Black de Go-Onger.
Gunpei foi a minha maior decepção em Go-Onger. Ele chegou com pinta de durão, "bad boy", apesar de querer ser policial, mas se mostrou um homem despreparado. Logo sua máscara caiu e ele ficou tão perdido quanto Hanto. Não evoluiu muito durante a série.



Pior Amarelo: Raita Oishi, o Yellow Owl de Jetman.
Outro personagem que terei de colocar na lista dos piores não por sua culpa, mas pelo roteiro. Raita é bom, mas Jetman foi tão focado no trio Red, Black e White que ele não teve espaço para aparecer. Nem ele, nem a azul. Fiquei entre ele e o Kirinranger de Dairanger, mas acho que Raita poderia ter aparecido mais. Tinha mais potencial que o Kirinranger.



Pior Branco: Kou, o KibaRanger de Dairanger.
Eu tinha grandes expectativas quanto ao KibaRanger, muitas delas por causa da versão Power Rangers dele que fez e faz sucesso até hoje, porém, minhas expectativas foram frustradas já em sua primeira aparição: Kou é um moleque chato e petulante, se acha muito esperto e vive aprontando para os demais, especialmente Rin. Eu não vejo problemas em uma criança lutar, mas, perto do que eu poderia imaginar, foi uma decepção completa.



Pior Red: Sousuke Esumi, o Go-on Red de Go-Onger.
E temos, finalmente, o líder de nosso esquadrão dos piores, e não é pra menos: de todos os 24 reds que já vi, Sousuke foi o mais caricato e sem carisma. Sua maior preocupação era aparecer e correr, e, mesmo sendo um bom guerreiro, ele nunca passou segurança como líder da equipe.

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Tenho que admitir: alguns dos nomes que coloquei nesta lista, como o Raita, o fiz com pesar. Como fã de Super Sentai, eu sempre espero bastante de cada membro e tento ver o que cada um tem de bom a oferecer, mesmo em sentais mais fracos. Como mencionei no início do texto, alguns sentais que costumam ser rotulados (ou realmente o são) ruins, eu ainda não vi. Talvez esta lista fosse melhor se eu já tivesse assistido Zyuranger, Carranger, sentais mais do início da franquia ou os que me faltam dos anos 2000, como Magiranger, mas, mais adiante, esta lista pode ser atualizada. 

Enfim, é isto. Valeu, e até a próxima.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Universo Amálgama - Fusão entre Personagens da Marvel e DC rendeu Boas Histórias

Amálgama é a mistura de elementos diversos. Com este conceito na cabeça, as editoras Marvel e DC resolveram misturar todos seus personagens durante os acontecimentos do crossover histórico DC vs Marvel - O Embate do Século (clique aqui para ler o texto do Ozz the Fox) e criaram novas e interessantes versões de seus personagens em 1996, originando uma mini série com 12 edições lançadas entre a edição 3 e 4 do primeiro DC vs Marvel (já que tivemos 3 séries desse crossover).

Personagens do Universo Amálgama

Nós tivemos as seguintes fusões de personagens: Batman e Wolverine originaram Garra das Trevas, Superboy e Homem-Aranha originaram Spider-Boy, Capitão América e Superman originaram Super-Soldado, Doutor Estranho e Doutor Destino originaram Doutor Mistério (ser mais poderoso do Universo Amálgama), Tempestade e Mulher Maravilha originaram Amazona, Thanos e Darkseid originaram Thanoseid (imaginem!!!), Doutor Destino e Apocalypse originaram Doutor Doomsday, Coringa e Dentes-de-Sabre originaram Hiena, e por aí vai. Foram muitos personagens e muitas combinações, em sua maioria, muito legais e com visuais maneiríssimos.

Super-Soldado, fusão entre Superman e Capitão América
Obviamente que as histórias e origens dos personagens também foram mescladas. O universo amálgama surge após os dois irmãos gigantes Marvel e DC se tocarem e fundirem-se num único universo coeso. Destas fusões, os meus favoritos foram: Super-Soldado (imaginem só ele enfrentando a fusão entre Lex Luthor e o Caveira Vermelha!!!), Amazona, Garra das Trevas, Speed Demon e Spider-Boy. 

Spider-Boy, fusão entre Homem-Aranha e Superboy
Em 1997, as empresas lançaram mais 12 edições do Universo Amálgama com o restante dos personagens que não foram usados na primeira mini série, incluindo Homem de Ferro, Lanterna Verde, Thor, Robin, Cavaleiro da Lua, Arqueiro Verde, Lobo, Quarteto Fantástico, Aquaman, entre muitos outros que eu nem sabia que existia até começar a pesquisa para escrever esta matéria. 

Segunda leva de revistas do universo Amálgama
Já em 2005 o Official Handbook of the Marvel Universe: Alternate Universes designou o Universo Amálgama como a Terra -9602. Essas revistas são extremamente fáceis de encontrar pela internet, já as edições em papel não são muito fáceis de encontrar não. Já a segunda versão das 12 edições do Universo Amálgama eu não encontrei em lugar nenhum! Apenas em sites americanos mesmo, nada em português. 

Guia Oficial dos Universos Alternativos da Marvel
Para quem não conhece as fusões dos maiores heróis e vilões do universo dos quadrinhos, corra atrás e baixe agora mesmo (já estou baixando as 12 últimas edições em inglês mesmo..... hehehehe)! Eu recomendo!

Amálgama!!!!

Um grande abraço!

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Hyakujuu Sentai Gaoranger, um sentai regular para bom.


Bom, 24 sentais terminados, e após este mais de um mês de retiro, hora de mais um review. Eu gostaria de abrir este texto dizendo que Gaoranger foi um sentai cheio de recordações importantes e cenas marcantes, mas minha honestidade me obriga a dizer que Gaoranger foi apenas um sentai de regular para bom, com vários momentos interessantes, mas um todo pouco chamativo para a maioria.

Eu não posso recomendar O Esquadrão das Cem Feras para todo mundo, apenas para quem deseja assistir a todos os sentais, como é o meu caso. Pra não passar despercebido, um pouco da história da série: Gaoranger mostra a luta dos seis guerreiros contra os Orgs, criaturas que acordam de tempos em tempos com o único objetivo de dominar a Terra e extinguir a raça humana. Os Orgs se dividem entre Highness Dukes, os generais, Dukes, subalternos, e Orgs comuns.


Gaolion, Gaoeagle, Gaobison, Gaotiger e Gaoshark formam o Gaoking.


Para combater a ameaça, desde tempos antigos os Gaorangers existem, e sempre que os Orgs ressurgem, uma nova equipe é formada por uma Xamã. No caso de Gaoranger, a Xamã Tetomu. Além dela, os guerreiros contam com os Power Animals, animais lendários que formam os robôs da equipe. Eles também utilizam os G-phones para se transformarem e são munidos de armas, menos uma bazuca. Os heróis foram recrutados aos poucos, sendo Gaored o último da equipe base, meses após os quatro demais já enfrentarem os Orgs. Silver, como manda a tradição, entrou para a equipe pouco antes da metade dos episódios.

Tetomu, a xamã.

Os três Highness Dukes, Shuten, Ura e Rasetsu são bem diferentes: Shuten mais bruto, Ura mais racional e "delicado" e Rasetsu uma besta-fera. Dos três, apenas Rasetsu foi realmente uma ameaça. Shuten e Ura tiveram bons momentos, mas nada muito contundente.

Shuten, Ura e Rasetsu.

Dos Dukes, temos apenas Yabaiba e Tsuetsue. Yabaiba, se passasse os 51 episódios calado, teria sido mais útil. Bobo e sem graça, não foi ameaça alguma. Por sua vez, Tsuetsue seguia caminho parecido até a reta final. A única reviravolta (se é que posso chamar assim), a envolve.

Yabaiba e Tsuetsue.

Quanto aos heróis, Gaoranger teve um abordagem que não me recordo de ter visto em outro sentai: nenhum deles se chamou pelo nome até o último episódio. Kyoryuger até planejou fazer algo parecido, mas durou pouco. Os Gaorangers tiveram pouquíssima história mostrada durante o andamento do sentai. Os únicos com mais destaque neste quesito foram Gaored, veterinário, Gaosilver, um guerreiro de mil anos atrás e Gaowhite, uma garota que sonha seguir os passos do pai nas artes marciais. Os demais tiveram alguma coisa mostrada, mas em apenas um episódio cada: Gaoblack trabalhava numa floricultura, Gaoyellow é piloto de jatos e Gaoblue trabalhava numa pizzaria. Como eles não se chamam pelo nome, exceto Gaored, que sempre quis que a equipe fosse amiga e unida, os demais eram conhecidos apenas pelas cores.

Sae Tiga, Soutarou Ushigome, Kai Samezu, Gaku Washio, Kakeru Shishi e Tsukumaro Oogami.

De maneira geral, a equipe é bastante forte e coesa, mas nenhum dos seis têm muito brilho individual. Eles deram boas surras nos Orgs, levaram várias outras boas surras, e trabalharam muito bem em conjunto, praticamente sem conflitos. Se eu tivesse que escolher os mais destacados, seriam Red, Silver e White, os demais seguiram uma constante bem parecida.

Gaoking: além de bonito, era a fusão de seres vivos.

Agora, pra ir direto ao ponto, o que não foi bom em Gaoranger: a trama extremamente simples e linear. Nos cinquenta e um episódios, não aconteceu nada de muito espantoso até os 5, 6 episódios finais. Aconteceram vários momentos interessantes e Gaoranger trouxe boas coisas, como batalhas dos robôs bastante complexas e a relação deles com os Power Animals, já que são seres vivos. Gaoking e os demais robôs ficam muito tempo na tela, e eles sofrem com os danos das batalhas; isto foi um ponto forte de Gaoranger. Vários episódios tiveram lutas de 5, 7 minutos, apenas dos robôs. Outra coisa boa foi o fato de, apesar da simplicidade, Gaoranger se afastou bastante dos episódios clichês como pedidos de casamento ou algum deles querer deixar a equipe. Não livrou este sentai de vários outros clichês, mas muita coisa não foi repetida. A música de abertura, cantada por Yukio Yamagata, é das melhores que já ouvi num tokusatsu. Pena não ter um produto à sua altura.

Apesar do nome escrito na imagem, o personagem se chama Rouki, não Loki.

Outra coisa que achei que faltou: emoção. Faz parte da receita de qualquer bom sentai os momentos de emoção na reta final da série. Gaoranger tentou, mas não conseguiu passar emoção, ao menos para mim. O humor não foi exagerado como o de alguns sentais atuais, o que me agradou, e teve um vilão que, apesar de eu entender que sua função na série seria limitada, achei que poderia ter sido mais e melhor utilizado: Rouki. Um vilão milenar que é despertado por Ura e tinha uma sede de vingança contra os Gaorangers praticamente irracional. Forte e técnico, foi uma pena sua partida prematura. Outro ponto que deixou a desejar foi a falta de reviravoltas e surpresas; a única, que não foi nada de espetacular, mas me causou um choque, foi na reta final, pouquíssimo antes do fim.

Falando em fim, os dois últimos episódios são bem bacanas e fugiram um pouco de tudo o que já vi. Fecha bem a série. Enfim, Gaoranger não será considerado um grande sentai pela maioria das pessoas que o assistirem, mas apenas um passatempo, um sentai entre muitos. Indico para quem quiser conhecer uma história simples e com mechas bonitas e realmente importantes. No mais, Gaoranger é, como no título destaco, regular para bom.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Opinião: Os 10 Grandes Anti-Heróis dos Quadrinhos!


O flagelo da galáxia Lobo!

Depois de fazer uma lista dos 10 grandes Anti-heróis dos tokusatsus e dos 10 personagens de anime que amamos odiar (carregados de anti-heróis) resolvi fazer mais um top 10 essa semana, dessa vez sobre os 10 maiores anti-heróis dos quadrinhos. pra fechar com chave de ouro. Deixo bem claro, que essa é um lista PESSOAL, que o leitor pode concordar ou não. Por isso, sejam livres pra comentar a vontade! De toda forma, vamos lá falar sobre esses 10 grandes ícones dos quadrinhos, que ao invés de seguirem o arquétipo de herói comum, resolvem fazer as coisas do seu jeito, deixando tudo mais divertido! 

O canastrão Guy Gardner

Então, pra tristeza do Superman e decepção do Capitão América, ai vem eles, os 10 maiores Anti-heróis das Hqs! 

Hal beirando a loucura

10 - Hal Jordan (Lanterna Verde)  - Hal é sem sombra de duvidas o mais emblemático Lanterna Verde. Você deve ser perguntar porque justamente ele, que fez o juramento dos lanternas cheio de ética e altruísmo figuraria entre os Anti-Heróis? Hal passou por poucas e boas, entrou em conflito consigo mesmo diversas vezes, e como Parallax, já matou toda a tropa dos lanternas verdes. O cara já foi o Espectro, usou os anéis vermelho e amarelo, enfim...a vida conflitante de Hal e as consequências de sua fragilidade emocional trouxeram graves resultados ao Mundo DC. Por isso, aqui está ele em décimo lugar.

Guy  sendo Guy 

09 - Guy Gardner (Lanterna Verde) - Arrogante e vacilão, eu me pergunto até hoje como raios aceitaram esse cara na tropa dos lanternas. Segunda opção do anel depois de Hal, Gardner já foi reformulado várias vezes, e já teve uma revista própria como o herói Warrior. Ele é um cara difícil de lidar, que sempre acha que esta certo e não gosta de ser contrariado, mesmo quando tudo aponta que ele está errado. Guy consegue ser carismático as vezes, e outras vezes um verdadeiro saco. Já tretou com o Batman várias vezes, e sinceramente, deveria ter levado várias surras bonitas do morcegão.

O Golias verde Hulk

08 - Hulk - O gigante esmeralda, a besta indomável, o grandalhão esmagador que com seu clássico jargão "Hulk Esmaga" já deu trabalho pro mundo Marvel, quase dando fim nele várias vezes. qualquer lida em uma história dele já confirma o que falo. Mesmo Bruce Banner já ter chegado a ter controle sobre sua personalidade raivosa, Hulk deu um jeito de voltar e dar trabalho de novo. Destaco aqui também a saga Hulk Contra o Mundo onde o monstrão varre o chão com boa parte do elenco Marvel. Ainda assim, Hulk pode brindar o mundo com belos momentos de heroísmo. algumas vezes.

Wolverine: O baixinho invocado numero 1 das Hqs

07 - Wolverine - O carcaju dispensa comentários. Baixinho, arrogante e brigão, Logan sempre está com aquela cara de poucos amigos. Não é legal ficar no caminho dele. Projetado pra ser uma arma de combate inigualável, ele tem a capacidade de se regenerar, esqueleto de Adamantium (metal fictício extremamente resistente) e garras retrateis, além de ser um excelente combatente em diversos tipos de artes marciais e técnicas de combate. Mas tudo isso você já deve saber. Apesar disso, Logan ou James Howlett, seu nome verdadeiro, é um cara bem intencionado. Mas segundo o Homem Aranha, nunca empreste dinheiro pra ele.   

O Superman da Marvel Sentinela

06  - Sentinela  - Ou Sentry, como também é chamado, Robert Reynolds tem o poder equivalente a "um milhão de sóis explodindo" ou seja, é um dos personagens mais fortes da ficção. que conseguiu tanto poder após beber um soro baseado no soro do supersoldado (uma explicação bem chula pra um poder tão grande, eu acho). Vítima de Bullying na infância, seus constantes traumas e medos deram origem ao seu alter ego Vácuo, uma versão maligna e igualmente super poderosa de si mesmo, capaz de fazer suas vítimas reviverem momentos traumáticos de suas vidas. O cara foi uma ameaça e tanto pros super heróis em sua versão malvada, o que fez hesitar muito em usar seus poderes, mesmo depois de derrotado o seu eu maligno Vácuo. Suas inseguranças e medos são provavelmente sua maior fraqueza. Novamente, destaco o fato dele ser absurdamente forte, a ponto de quebrar o machado de Terrax, arauto de Galactus (que corta planetas pela metade) e sair na mão com o Hulk no ápice da fúria. 

A cria do Inferno Spawn

05 - Spawn - Al Simmons, o Paladino infernal,  tem todos os conflitos que um anti-herói costuma ter. Morto após ser traído pela sua própria organização, fez um pacto com o demônio Malebolgia para voltar a vida, e se deparar com sua mulher casada com seu melhor amigo. Não bastasse isso, o cara ainda é jogado numa guerra entre céu e inferno, sendo perseguido pelos dois lados, pela máfia e aberrações tecnológicas. Al é complicado, muitas vezes turrão e não tem dó dos inimigos. Também já foi uma pessoa de índole questionável no passado,o que o constantemente o assombra. De toda forma, Al luta pra fazer o certo e tentar melhorar sua vida. Ainda que seja sempre do seu jeito. 

Os controversos Watchmen

04 - Watchmen - Sim, uma equipe. Os Watchmen são a verdadeira essência do anti-heroísmo. Uma equipe de heróis completamente questionável, onde o Dr. Manhattan, um ser poderoso ao ponto de ser equiparado a um deus, vai aos poucos perdendo sua essência e vendo os sentimentos e relações humanas como mera reação química. O romance extra-conjugal entre Espectral e Coruja, a personalidade insana e os questionamentos morais de Rorschach, A canalhice do Comediante e do Ozymandias...enfim, é uma das maiores hqs da história, vinda da genialidade do roteirista Alan Moore. afinal, quem vigia os vigilantes?

O maioral Lobo

03 - Lobo - O "cranco czarniano", o "flagelo da galáxia" ou o "Maioral"  como ele mesmo se define, é talvez o maior Anti-herói da DC. com histórias recheadas de violência e humor negro, esse verdadeiro canalha já causou demais. Capaz de se regenerar e fez um pacto com o paraíso, que o torna imortal, além de superforte e armado até os dentes, esse mercenário galáctico já fez de tudo, desde se aliar ao coringa, enfrentar o papai noel a mando do coelhinho da páscoa e até surrar o Superman! com essas qualidades, Lobo poderia ser muito bem um vilão, mas sabe como é, ele é um cara de palavra, que sempre cumpre o que promete, pra azar dele e deleite do leitor.

O falador Deadpool

02 - Deadpool - Wade Wilson, o mercenário tagarela e um dos personagens mais engraçados e carismáticos da Marvel, sempre com seu estilo caótico de fazer o inesperado, surpreende o leitor sempre. Wade é capaz de se regenerar, mestre em artes marciais, tem um enorme arsenal e cheio de provocações e sacadas interessantes. Também é capaz de se envolver em situações bizarras, desde explodir uma bomba atômica no estômago do Hulk até dar uns beijos na própria Morte! essa mistura de ação e humor negro nonsense tornam o Deadpool um personagem e tanto, mesmo ele não calando a boca nem por um minuto, dialogando consigo mesmo e com o que parecem ser suas múltiplas personalidades. O filme dele é provavelmente um dos mais esperados do ano que vem.

Justiceiro: "ninguém é inocente"
01 - Justiceiro - Mais do que pra mim, o maior Anti-herói das Hqs, sendo responsável inclusive por matar todos os heróis e vilões do mundo Marvel numa realidade alternativa, o Justiceiro é um questionamento profundo do que é ser herói. Aliás, do que é justiça e fazer justiça. Ele mesmo define que o que faz não é justiça e sim "punição". Mas qual o limite da justiça? matar um assassino não te torna tão criminoso quanto essa pessoa? quem da legitimidade pra julgar ou não um crime de maneira tão fatal? será que uma justiça assim é proporcional? métodos como tortura, sequestro e assassinato são táticas válidas pra combater o crime? essas e tantas questões permeiam a existência do veterano de guerra Frank Castle que desde que perdeu sua família para uma gangue de mafiosos, passou a prender os bandidos numa cela onde eles jamais escapam: a sete palmos do chão. 

Frank sempre armado até os dentes!
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