sexta-feira, 31 de julho de 2015

Halloween - O Legado do Terror que vai além dos Clichês

Logotipo Original do Filme

Filmes de terror são quase sempre estereotipados. Ainda mais se tratando do gênero Slasher, que ficou muito popular nos anos 70 e 80, e acabou se tornando saturado. Apesar de que, ainda hoje, se lançam filmes desse estilo por aí. Por exemplo, o  recente The Gallows, ou A Forca, que iniciou a brincadeira do "Charlie, Charlie" que viralizou na internet. Apesar disso, personagens como Freddy Kruegger ou Jason Vorhess já fazem parte do imaginário popular e da cultura nerd, figurando em inúmeros filmes e até quadrinhos, jogos, dentre outras mídias, dada a sua importância e sucesso. O Slasher é um gênero de horror clássico, surgido, segundo alguns no filme Psicose, de 1960, do genial diretor Alfred Hitchcook, considerado mestre do suspense. Outros, porém, consideram O Massacre Da Serra Elétrica de 1974 como o pioneiro do gênero, devido a alguns clichês que estabeleceu.

Michael e sua grande companheira: A faca de Cozinha

O pressuposto básico desse tipo de filme é simples: um assassino, seja lá quais forem suas motivações, persegue e mata suas vítimas de forma incansável, enquanto as mesmas ou fogem pra sobreviver, ou tentam encarar o facínora e resolver o mistério do filme. De todos os filmes que citei porém, nenhum foi tão influente e tão plagiado com o tempo do que o excelente Halloween de John Carpenter, que me ajudou a tirar muitos preconceitos que eu particularmente tinha do gênero, além de garantir boas horas de diversão.

O grande Vilão Michael Myers

Halloween foi lançado em 1978, e foi um filme de baixíssimo orçamento, obrigando, curiosamente, até os atores principais usarem suas próprias roupas para que o figurino não saísse do orçamento da produção. Apesar disso, o sucesso foi garantido na época, lotando os cinemas e rendendo quase 10 vezes mais que o custo de produção (isso só nos EUA). É considerado clássico absoluto do terror, além de consagrar o diretor de John Carpenter, que dirigiu, produziu, escreveu e compôs a trilha sonora do filme. Também foi responsável por lançar a carreira de Jamie Lee Curtis, filha de Janet Leigh, a atriz que interpreta a clássica cena da jovem esfaqueada no banheiro em Psicose.

Dr. Samuel Loomis e seu "tratamento" para Michael

O filme narra a saga de Michael Myers, que aos 8 anos de idade, mata sua irmã mais velha a base de tesouradas numa noite do Haloween de 1963, sem nenhuma hesitação, portando uma máscara e uma faca, na pacata cidade de Haddonfield, interior dos EUA. O crime chocou o país e fez Michael ser trancado num sanatório numa cidade vizinha durante 15 anos. Durante esse tempo, Michael foi tratado pelo psiquiatra Dr. Samuel Loomis (interpretado pelo genial e já falecido Donald Pleasence famoso por filmes como Jesus de Nazaré e Com 007 só se vive Duas vezes, e que se imortalizou como ícone do terror/suspense graças a Halloween), depois de tentar todos os métodos possíveis para tratar Michael, conclui que o pequeno assassino é portador "do mal em sua mais pura essência" e deve ficar trancado pelo resto da vida. Infelizmente, na noite de Halloween de 1978, Michael foge do sanatório e inicia uma onda de matança. Roubando um macacão, uma faca de cozinha e uma máscara, (suas marcas registradas) e ao que tudo indica, se dirige para Haddonfield para terminar o que começou a 15 anos atrás, quando era apenas um garoto.

Jamie Lee Curtis como Laurie Strode

Dr. Loomis se dirige desesperadamente a Haddonfield, com objetivo de dar fim a Michael e parar sua onda de assassinatos. Michael, porém, quer a todo custo matar a jovem Laurie Strode (vivida por Jamie Lee Curtis) e fará tudo para cumprir seu objetivo, retirando quem quer que seja do caminho.

Michael e sua mania de acordar nas piores horas 

John Carpenter conseguiu mostrar toda sua genialidade ao criar um personagem único. Michael Myers, ao contrário da maior parte dos assassinos de filmes de terror, não recorre a matanças cruéis e cheias de sangue, ele é sutil, tenebroso e mata silenciosamente. No filme todo e na franquia quase toda, Michael não diz uma palavra. Ele pode estar em qualquer lugar, aparecer onde menos se espera, e num súbito, tomar a vida de suas vítimas. Ele não esboça sentimentos, nenhum, nunca. Isso é bem marcante e ressaltado pela sua máscara, sem expressão, que provavelmente serviu de base para a máscara de Jason em Sexta Feira 13 alguns anos depois.

Abaixo, A trilha Sonora do Filme, que imortalizou-se no cinema:



Outra coisa bem bacana é a relação dele com Dr. Loomis, um estilo que lembra bem a relação Drácula x Van Hellsing ou mesmo Frankestein vs o monstro que criou. O mal irremediável e o homem obcecado que tenta a todo custo acabar com ele. Criando assim um teor de ação, que caiu como uma luva no filme. As cenas onde Michael aparece criam tensão fantástica, muito pela trilha sonora incrivelmente simples e efetiva criada pelo diretor do filme e que até hoje é uma das mais emblemáticas do cinema, e pelo fato de Michael nunca correr ou se apressar, e sempre calmo, caminhar lentamente em direção a vítima que tenta fugir desesperadamente. É quase como se ele dissesse "você nunca poderá escapar" sem soltar uma única palavra!

E de aparecer nas piores horas também

No segundo Filme, Halloween II (chamado aqui no Brasil de Halloween II: O Pesadelo Continua de 1981) é revelado que a protagonista Laurie Strode é na verdade a irmã mais nova de Michael, adotada por outra família e possivelmente, única sobrevivente do massacre promovido por ele (não fica claro, mas ao que parece, ele mata o resto da família) em 1963. O filme se passa na mesma noite do primeiro filme, onde Laurie após o ataque de Michael vai parar no hospital. Dr. Loomis, mesmo após alvejar Michael com vários tiros, sabe que o assassino ainda esta vivo (motivo que só é explicado no Filme 6) e novamente, decide persegui-lo. Michael então inicia uma matança insana no hospital, até que é encontrado por Loomis e Laurie, sendo que o Dr. Loomis decide dar um fim ao assassino naquela noite, de uma vez por todas.

Com o sucesso, Halloween rendeu inúmeras sequencias. Halloween III porém, não é protagonizado por Michael, que rendeu duras críticas dos fãs. O filme apesar de um enredo aceitável, sobre um cientista que quer dominar o mundo no halloween, é um filme tosco. Com péssimas atuações e efeitos especiais sofríveis, que rendeu um fracasso  de bilheteria e mais críticas.

Danielle Harris como a jovem Jamie Lloyd em Halloween IV

Os produtores não veem outra solução a não ser trazer Michael de volta em Halloween IV: The Return Of Michael Myers (Halloween IVO retorno de Michael Myers de 1988) Nessa nova saga, Laurie Strode morre em um acidente de carro e quem protagoniza a série é sua filha, a pequena Jamie Lloyd (vivida pela talentosa Danielle Harris, ainda criança) a menina passa a ter inúmeros pesadelos com o tio, que apesar de dado como inválido, foge novamente do sanatório e inicia um novo ciclo de matança. Dr. Loomis, também lesionado devido ao último confronto com Michael, decide investigar e descobre a existência de Jamie, e como já esperado, volta para Haddonfield para protegê-la e evitar uma desgraça no halloween de 1988.

Imagem de Halloween IV

As sequências, como já era de se esperar, passam a desgastar a franquia, e já não levam o mesmo sucesso dos primeiros filmes. Halloween V: The Revenge Of Michael Myers (Halloween V: A vingança de Michael Myers, de 1989) decepcionou os fãs por não levar em conta a reviravolta do final do filme IV, que por si só, seria o final perfeito para a franquia. Nesse novo confronto, todos pensam que Michael está morto e vivem suas vidas como se nada nos últimos anos tivesse acontecido em Haddonfield. A pequena Jamie, agora se trata num refúgio psiquiátrico para crianças, e tem inúmeras alucinações com Michael. Dr. Loomis, mais obcecado do que nunca, sabe que seu paciente mais famoso ainda está vivo.

O incansável e obcecado Dr.Loomis

O filme em si não é de todo ruim, e traz pontos bons, como a inserção de um novo vilão, que explicaria o próximo filme, mas ainda assim, é fraco se comparado com os filmes passados. Um momento impressionante nessa sequencia, é quando Michael prestes a esfaquear sua sobrinha ouve ela o chamando de forma doce e gentil de "tio". Essa cena foi muito tocante pra mim, pois ele reluta em matá-la, e pela primeira vez, tira a máscara e mostra seu rosto a sobrinha, que o toca, mostrando que o vilão ainda tem um mínimo de humanidade.

"Vou acabar com você antes que Rob Zombie faça um Reboot"

O sexto filme, é na minha opinião o pior de todos. Halloween VI: The Curse Of Michael Myers (No Brasil, Halloween VIA Ultima Vingança de 1995). O único ponto positivo nesse filme é explicar, ainda que de maneira confusa, a origem da maldição de Michael Myers, que mesmo esfaqueado, levando tiros e caindo num poço, sempre volta para aterrorizar suas vítimas, Tendo como origem uma antiga maldição celta. O filme também traz de volta Jamie Lloyd (agora adulta) e o garoto Tommy, mais velho, como protagonista (Tommy é o garoto que Laurie Strode cuidava como babá, no primeiro filme). O filme também é o ultimo de Donald Pleasence, o eterno Dr. Loomis, que faleceu no mesmo ano, tendo o filme dedicado a ele. Com diálogos fracos, enredo confuso, pouca ação e quase nenhum suspense, o filme é péssimo, com um final pavoroso e um começo e meio tediosos, além de encerrar a franquia original de maneira horrenda. Infelizmente, pois apesar dos pesares, o filme tem uma boa ideia inicial.

Michael e Laurie: 20 Anos Depois

Em 1998, com ideia original desenvolvida pela atriz Jamie Lee Curtis, surge Halloween H2O: Twenty Years Later (Halloween H2O: Vinte Anos Depois). Esse Filme desconsidera os eventos dos filmes 4, 5 e 6. Aqui, Laurie Strode simula a própria morte num acidente de carro e passa a viver no interior da Califórnia, sob a identidade falsa de Kari Tate, Diretora de um internato, onde também vive com o filho. O Dr Loomis agora já está morto. E Michael, claro, uma hora ou outra descobriria a verdade e iria voltar para terminar o trabalho que começou há 20 anos atrás. O grande diferencial desse filme, que torna ele excelente, é o fato que Laurie, diferente dos demais filmes, não sai por aí fugindo e gritando feito desesperada, ela decide ficar e encarar o irmão, fazendo de tudo para deter seu parente mascarado. A cena de Laurie se esquivando das facadas do irmão na Capela da escola é genial e o final também surpreende.

Participantes do Reality Show em Halloween: Ressurection
Halloween: Ressurection ( Halloween: Ressureição) de 2002, é uma continuação de H2O, novamente estrelada por Jamie Lee Curtis. Michael consegue, de maneira brilhante, escapar vivo dos eventos do filme anterior e afoga sua irmã em loucura. Presa num sanatório, Laurie aguarda pacientemente o irmão, que vem matá-la sem misericórdia. Esse filme é bastante estranho, pois os primeiros 20 ou 30 minutos garantem uma sequência fenomenal, onde Laurie usa seus melhores artifícios para eliminar Michael. A frase mais marcante de toda a franquia é desse filme, onde ela solta a icônica "See You In Hell" (Te vejo no inferno) depois de beijar a máscara do irmão.

Exemplo de sujeito Família: Michael sempre aparece pra dar um "oi" a Irmã!

Ainda assim, toda a emoção do começo do filme é praticamente jogada no lixo. A ideia do restante do filme não é ruim, contudo. Um grupo de pessoas decide realizar um Reality Show exibido 24 horas na internet, onde um grupo passa a viver na casa da família Myers, que graças a tragédia de Michael, virou um ponto turístico de Haddonfield, com fama de "mal assombrada". É claro, Michael não gostou nada da ideia e decide voltar pra fazer uma faxina na casa. Os personagens, tirando obviamente Laurie e Michael, não tem carisma nenhum. O que vem a seguir no filme  é chato e sem novidade. Apesar de tudo, o filme começa majestosamente bem e termina de forma bem ruim, deixando os fãs a ver navios.

A antipática Laurie Strode do Reboot de 2007

Recentemente, foram lançados mais dois filmes da série, que na verdade são releituras dos dois Halloweens originais. Halloween (2007) ou Halloween: O Inicio, aqui no Brasil e Halloween II de 2009. Ambos os filmes são dirigidos por Rob Zombie (conhecido por sua carreira como vocalista da banda White Zombie e por dirigir filmes como Rejeitados Pelo Diabo). A releitura porém fracassa miseravelmente ao trazer uma tentativa de explicar o porque da personalidade assassina de Michael.

Ambos os reboots são fracos, que descaracterizam completamente os personagens dos filmes anteriores, tentando colocar a culpa da personalidade de Michael a uma família desestruturada e omissa. Os reboots tem muitos atores conhecidos como Tyler Mane (Dentes-de-Sabre dos filmes de X-men) como Michael Myers e a já adulta Danielle Harris que viveu a pequena Jamie Lloyd, agora em outro papel.

Michael Myers: Versão Clássica e Versão Reboot

Apesar disso, a sequência de Rob Zombie não consegue se salvar, com um roteiro estranho, onde Michael perde toda a sutileza, matando com muito exagero e sangue. Rob conseguiu transformar o mal encarnado e ícone do terror, em um débil mental e delinquente juvenil. Alguns personagens mudam completamente, de forma que ficam irreconhecíveis. Laurie, que no filme original é uma garota tímida e nerd, vira uma garota boca suja e com diversos problemas familiares. Dr. Loomis, apesar de ser mais fiel na versão de 2007, na versão de 2009 vira um mercenário, que tenta se aproveitar da fama de seu paciente pra ganhar dinheiro com livros sensacionalistas. Resumindo, o clássico do terror se torna um filme de terror clichê, básico e previsível, infelizmente.

Ainda assim, há quem defenda esses dois filmes, dizendo que foram responsáveis por trazer uma "nova leitura" do clássico de John Carpenter.

Danielle Harris cresceu (e como) ao lado de seu "Querido Tio"

Apesar dos pesares, Halloween cravou suas garras na história do cinema, criando uma mitologia própria, que rendeu varias sequências, influenciou diversos filmes, e tem até livros e HQs com histórias próprias. É um filme que eu recomendo, especialmente as versões I, II e IV, que podem agradar até mesmo a quem não é fã de terror ou suspense, surpreendendo bastante, pelo excelente  e envolvente enredo. Valeu!

Michael Myers na versão de 2007

Lobo Está Morto – A Pior História que já Li!

Há muito tempo tinha curiosidade em ler alguma história do Lobo, o Maioral. Personagem criado em 1983 por Roger Slifer e Keith Giffen para a DC Comics, sua primeira aparição foi na revista Omega Men nº 3. Lobo é um personagem que muitos fãs de quadrinhos idolatram: o cara é basicamente um anti-herói, politicamente incorreto, fuma, bebe, ama violência e adora matar. Ele tem superforça, olfato apurado, capacidade de cura e imortalidade. E é justamente sobre esta imortalidade que Lobo Está Morto, revista dividida em 2 partes, se trata.

Capa da Edição Nº 1

A história foi feita por Keith Giffen, Alan Grant e Simon Bisley e foi lançada em 1994. Lobo Está Morto mostra como o caçador de recompensas foi parar em Dooley-7 atrás de um outro mercenário: Loo. Como Lobo estava sem grana ele topa caçar Loo, mas chegando lá, o caçado (e morto) é ele. Começa aí a história mais sem sentido que eu já li na minha vida.

Olha como Lobo ficou
Lobo vai para o céu, mas exige reencarnar para que possa vingar-se de Loo e pegar sua recompensa. É obviamente uma história carregada no humor, na ironia e muita, muita, mas muita violência desnecessária mesmo (cabeças, pernas e braços arrancados a todo momento). O humor é forçado e não consegue fazer rir. Entre muitas mortes de anjos, demônios, almas destruídas, idas ao céu, inferno, reencarnando como mulher na época de Hitler (??), reencarnando como coelho e muitas outras coisas absurdas e sem sentido, Lobo Está Morto serviu para me deixar irritado ao fim de todo esse imbróglio. 

Capa da Edição Nº 2
Pegando classificação para maiores de 21 anos aqui no Brasil, a história não me prendeu e Lobo não me agradou. Nem um pouco. Seu jeitão debochado e irônico até é bacana, o bicho é forte mesmo, mas acho que a história sem sentido é que estragou tudo. Porém, acredito que o personagem tenha potencial, e se agrada a tantos fãs de quadrinhos pelo mundo afora, acredito que mereça uma outra oportunidade... quem sabe com uma história melhor? Lobo: O Último Czarniano dizem ser muito boa e é quase uma história de origem. Talvez sirva para tirar a má impressão que o personagem deixou em mim.

Loo mata Lobo logo no começo da primeira edição
Para aqueles que tiverem coragem e disposição para conferirem está revista, basta procurarem pela internet, pois ela é muito fácil de encontrar. Eu sei que eu não quero mais reler esta história nunca mais e por mim, Lobo poderia continuar morto, se dependesse dessa revista.

Lobo: um cara sensível
Um grande abraço.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

The Flash: uma série espetacular [Visão Paralela]


Primeiramente, abro este texto agradecendo ao Antonio Souza pela oportunidade de eu poder dar a minha visão sobre a série, e compartilho aqui a excelente matéria criada por ele recentemente:


Bem, eu conhecia muito pouco sobre o Flash e seu universo antes de assistir a série. Pra ser sincero, conhecia apenas a série antiga, a qual gostava, e o Flash dos desenhos da Liga da Justiça, Wally West. Tinha uma visão bem ruim do personagem, pois Wally sempre foi um tipo piadista e brincalhão, e eu tenho aversão a personagens assim.

Contudo, ver a trajetória de um herói em nascimento mudou minha opinião, ou melhor, me fez ver o personagem de maneira mais profunda. Barry Allen é um grande personagem, um herói que começa sua trajetória com brilhantismo e muita ombridade. Imagino que grande parte das pessoas que assistiu Flash já tivesse alguma noção do que iria ver, mas, para mim, tudo era incógnito, e cada novo episódio era um advento, uma fascinação.

Sinopse (Wikipédia):

Após testemunhar o estranho assassinato de sua mãe e a injusta acusação de seu pai pelo crime, Barry Allen fica sob os cuidados do detetive Joe West e sua filha Iris West. Allen se torna brilhante, mas socialmente um perito desconhecido trabalhando para o Departamento de Polícia de Central City. Sua obsessão por seu trágico passado faz com que ele fique separado das demais pessoas ao seu redor; ele investiga casos frios, ocorrências paranormais, e vazamentos de ponta de avanços científicos que podem dar uma luz no caso do assassinato de sua mãe. Ninguém acredita em sua descrição do crime — uma bola de raio com o rosto de um homem invade sua casa naquela noite e mata sua mãe — e Allen é forçado à procurar por si mesmo pistas que limpem o nome de seu pai. Quatorze anos depois da morte de sua mãe, um mal funcionamento no avançado Acelerador de Partículas, durante sua apresentação ao público, banha a cidade com uma forma de radiação previamente desconhecida durante uma tempestade. Barry é atingido por um raio da tempestade e banhado em produtos químicos em seu laboratório. Acordando depois de um coma de nove meses, ele descobre que tem a habilidade de se mover mais rápido que qualquer ser humano. O Dr. Harrison Wells, criador responsável pela falha do Acelerador de Partículas, descreve a natureza especial de Barry como um "meta-humano"; Barry, mais tarde, descobre que ele não é o único que mudou com a radiação. Ele promete usar seus poderes para proteger Central City dos riscos criminais dos meta-humanos. E então, associado por alguns amigos próximos que guardam seu segredo, adquire uma nova personalidade conhecida como Flash.

Pois bem, com a premissa em mãos, fica mais fácil. Barry Allen foi um personagem que me encantou. Muito bem interpretado por Grant Gustin, Barry teria todos os motivos do mundo para ser um homem revoltado, amargo, mas optou por continuar sua vida. Foi muito fácil me identificar com ele, pois Barry tinha todos os traços de uma boa pessoa: caráter, boa índole, amor pelas pessoas e pelo trabalho, além da inteligência citada na sinopse. Ver seu crescimento, e erros, pois foram muitos, tornou o personagem sólido, real. Eu vi nele um herói em formação, experimentando a alegria da vitória, a tristeza da derrota, o medo do fracasso, etc.

Grant deu um show de como fazer um herói.

Barry conseguiu deixar uma marca em todos que cruzaram seu caminho, mesmo os inimigos. As cenas dele com Joe e seu outro pai, o biológico, eram cheias de emoção e fluíam com naturalidade, como devem ser cenas entre pais e filhos. Razão não pode ser imperativa nelas ou ficam superficiais, mortas.

Jesse L. Martin como Joe West.

Joe foi outro personagem que me cativou. Embora enquadrado no estereótipo do policial experiente e correto, Joe tinha muito mais cores: a relação dele com Barry foi forte ao ponto de ele considerá-lo seu verdadeiro pai, e Joe sempre o considerou um filho. Sinceramente, a relação dos dois era das coisas que mais eu gostava de ver. Um exemplo. Iris, embora mais distante em certos momentos, também via no pai um porto seguro, um refúgio. Joe jamais fez distinção entre Barry e ela, o que pode servir como tapa com luva de pelica para muitos. Só existiam as pessoas ali, não etnias ou qualquer estereótipo racial.

Tom Cavanagh deu show como Harrison Wells.

Agora, um dos maiores vilões que já pude ver numa série se apresenta: Harrison Wells. Tom Cavanagh deu ao mundo um vilão altamente complexo, enigmático, com facetas de herói, de gênio. Wells roubou a série para si. Cada novo episódio mostrava um pedaço da real personalidade do criador do Acelerador de Partículas e como ele ia moldando os demais à sua vontade, e ninguém se dava conta. Wells estava sempre passos a frente dos demais, manipulando, ordenando, comandando, e o melhor, sempre de maneira sutil. A revelação de seus verdadeiros planos e identidade foi um dos pontos altos da série, se não tiver sido seu ápice.

Danielle Panabaker interpretou Caitlin Snow.

No primeiro episódio de Flash, tive medo de Caitlin se tornar o clichê da mulher amarga por ter perdido o homem que ama, pois ela recepciona Flash de maneira ríspida, fria. Ainda bem que os roteiristas não seguiram por este caminho. Caitlin foi um dos personagens mais presentes da série, com muitos momentos sérios, alguns cômicos e salvou a pele de Barry em muitas situações de sua vida civil. Cometeu um dos maiores furos da série, mas nada imperdoável.

Carlos Valdes como Cisco.

Cisco, embora muito inteligente e divertido, me causou ambiguidade de sentimentos; ora eu o achava fundamental, ora achava que ele pecava pelo excesso de piadas. Mesmo assim, sem ele, Barry e os demais membros dos Laboratórios Star não teriam conseguido solucionar vários problemas. Um dos melhores episódios da primeira temporada foi justamente com ele.

Capitão Frio e Onda térmica.

Um personagem que me encheu os olhos foi o Capitão Frio, interpretado por Wentworth Miller, o eterno Michael Scofield de Prison Break. Eu já adorava o ator, e vê-lo na série me deixou ainda mais empolgado em assistir. Só não esperava que Capitão Frio fosse ser um vilão tão bom: frio, cerebral, estrategista, ele ludibriou Flash em todas as oportunidades que teve, deixou-o sem saída. Eu conhecia o personagem dos desenhos da Liga da Justiça, onde sua participação foi pífia, e foi derrotado por Flash sem a menor dificuldade. Isto não ocorreu na série. Frio era um homem determinado a conseguir seus objetivos e, apesar das atitudes, tinha uma certa ética.

Outro que apareceu, mas pouco, foi Onda Térmica, interpretado por Dominic Purcell. A antítese de Frio, Onda Térmica era impulsivo, caótico, um criminoso mais bruto. Eu adorei ver a dupla reunida, porque a química deles em Prison Break era ótima, e se manteve em Flash. Dominic foi Lincoln Burrows em Prison Break, o irmão mais velho de Michael.

Candice Patton como Iris West.

Iris foi a maior incógnita de Flash. Ela nunca mostrava claramente qual seu objetivo e pra que lado iria na história. Barry, por amá-la por toda vida, cegava-se para algumas atitudes dela, e ela acabava se tornando um peso, vez ou outra. Iris só começou a ter importância na série pouco depois de sua metade, quando passou a compreender que Flash não era uma ameaça, e sim um grande aliado. Passou a agir de maneira mais condizente com o que se esperava dela e foi fundamental para Barry em determinados momentos da reta final. Ela querendo ou não, Barry precisava dela, de seu apoio. Felizmente, percebeu isso. Espero que, na próxima temporada, ela esteja mais focada.

Flash teve vários outros personagens, todos ainda em formação, então não vou me referir à eles, pois praticamente os desconheço. Ressalto que a série consegue se superar a cada episódio, com roteiros interessantes e cheios de mudanças repentinas, decisões difíceis. Há uma boa presença de humor, mas um humor natural, cotidiano, nada forçado como se vê em alguns filmes recentes de heróis. Eram situações que cabiam nos episódios, por assim dizer. A participação de personagens de Arrow foi bem encaixada e inteligente.

Contudo, Flash teve vários furos: era incrivelmente fácil adentrar nos Laboratórios Star. Não havia nenhuma espécie de segurança, nenhuma necessidade de identificação. Típica "Casa da Mãe Joana". Houve também um belo furo quanto ao Gorila Grodd. Algumas coisas pequenas, que não interferiram no andamento, mas que poderiam ser evitadas com um pouco mais de atenção e revisão dos roteiristas.

Me desapontei com o final, ou melhor, com a segunda parte dele. Até a primeira parte do episódio final, tudo ia dentro do esperado: emoção, uma decisão difícil de ser tomada, uma mudança definitiva na vida de Barry e no restante do mundo. Nada fora do comum. Eu esperava por algo diferente daquilo, mas estava plausível. Já a segunda metade... A coisa desanda: a DC optou por fazer o fácil, não o correto. Optaram por um gesto de sacrifício que serviu apenas para eliminar um personagem, não trouxe alívio. Ok, era uma situação desesperadora, mas havia tempo, havia inteligências diversas presentes e optaram por fazer um sacrifício vazio. 

Muitos podem considerar isto um ato de heroísmo, mas não vejo assim. O próprio Flash proporcionou que isto ocorresse, e isto poderia ter sido facilmente evitado. Faltou o "Plano B". A DC poderia ter optado por várias soluções diferentes, mas se decidiram pelo o que é fácil de se fazer, é cômodo e impactante. Funciona? Funciona. Mas abrevia a trajetória de um personagem que vinha crescendo, e não fico satisfeito com isso. Após aquilo, bem... Melhor vocês assistirem e tirarem suas próprias conclusões. Eu me decepcionei.

Pra finalizar, como coloquei no título deste texto, Flash é uma série espetacular, cheia de momentos tocantes, muita ação, personagens carismáticos e um humor gostoso. O que me desapontou na série pode ser motivo de orgulho para muitos outros, e isto não desabona a série em nada. Já estou ansioso pela segunda temporada e por muitas novas aventuras do herói corredor que aprendi a admirar.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Lex Luthor - Biografia Não-Autorizada - Luthor como ele Realmente é

Muitas pessoas não tem a exata noção do perigo e ameaça que Lex Luthor representa para o Superman e para as pessoas do mundo. Acostumados com a visão leve de Luthor no antigo desenho Superamigos dos estúdios Hanna-Barbera e da visão meio boba apresentada nos filmes do Superman interpretadas por Gene Hackman, e até mesmo por Kevin Spacey, a imagem de Lex só veio a se recuperar no desenho de 2001 da Liga da Justiça e na série Smallville, do mesmo ano. Antes visto como um cientista louco, Lex Luthor evoluiu pra muito mais do que isso. 

Lex Luthor na sua primeira aparição nos quadrinhos
Lançada em 1989 pela DC Comics, escrita por James D. Hudnall, desenhada por Eduardo Barreto e colorida por Adam Kubert, esta Graphic Novel veio para definir de vez toda a história por trás deste grande vilão. Lex é mostrado como um empresário de sucesso e muita influência, tanto nos Estados Unidos, quanto mundialmente. Aqui, vemos que ele possui o perfeito estilo mafioso, usando de violência, propinas e assassinatos para alcançar quaisquer que sejam seus objetivos, sem se importar com quem esteja a sua frente.

Capa da Graphic Novel
Peter Sands é um jornalista falido que topa qualquer coisa para conseguir dinheiro. Envolvido em muitas dívidas, decide escrever uma biografia não-autorizada sobre o homem mais influente de Metrópolis: Lex Luthor. Como não se sabe nada sobre o passado de Lex, Sands começa uma investigação por contra própria, e acaba envolvendo Clark Kent no meio disso tudo, pois ao sofrer várias ameaças Sands só confia no Superman, e para conseguir entrar em contato com o Homem de Aço, ele recorre a Clark. No meio disso tudo, Clark é acusado de assassinato.

Peter Sands e sua vida medíocre
Esta Graphic nos apresenta um Luthor extremamente frio, metódico, inteligente, violento, arrogante e confiante em tudo que faz. Desde de muito pequeno já demonstrava intelecto superior. O céu é o limite para ele. Nem mesmo o alienígena (forma como se refere constantemente ao Superman) pode atravessar seu caminho. Ele esmagará qualquer um que tentar se atrever a confrontá-lo.

Lex na sua infância e já mais velho
Em Smallville já vemos esse Lex da Graphic em ação. Para aqueles que querem conhecer um pouco mais sobre este ótimo vilão, ou querem saber sobre seu passado nebuloso e como formaram a origem definitiva de Lex Luthor, não deixem de conferir esta excelente revista. Mas, lembrem-se: nem todos sobrevivem para testemunhar as ações de Luthor.

A mais famosa e fiel representação de Lex Luthor foi feita por Michael Rosenbaum em "Smallville"
Um grande abraço.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Kamen Rider Ryuki - Aqueles que não Lutarem, Não Sobreviverão!

Dragdrerer: O "Mascote" da série

Olá, amigos! A era Heisei dos Kamen Rider têm nos brindado com excelentes séries. algumas com uma forte carga de suspense como Kuuga e Agito, outras com uma pegada mais humorística, como OOO, W ou Den-O, algumas bem únicas, como Kabuto e Kiva, umas nos surpreendem como Gaim ou Fourze e outras deixam a desejar, como Decade e Wizard.  Mas, de todas as séries, a que realmente abriu espaço para inovações foi Kamen Rider Ryuki, exibido em 2002 na TV Asahi com 49 episódios e 1 episódio especial. Na minha opinião, foi a série que mais ousou em muitos aspectos e por isso, eu a considero uma das mais influentes da era Heisei

Os 13 riders de Kamen Rider Ryuki. A série com mais riders até agora
Infelizmente, Ryuki não é tratado com a consideração devida por muitos fãs brasileiros. Seja pra falar bem, ou mesmo criticar, pouco se fala sobre a série, o que acho bastante injusto. Muito desse trauma talvez se deva por causa da má impressão causada pela versão americanizada da série, (produzida pela Adness Entertainment, e exibida na Globo, Kamen Rider Dragon Knight, que inclusive, fez sucesso nos EUA, ganhando até um Emmy), muitos fãs talvez achem que por causa da versão americanizada apresentar semelhanças, não se deva ver a original, o que não é verdade. Ou talvez simplesmente ignoram. De fato, Ryuki tem elementos que talvez não agradem alguns fãs das antigas (principalmente os que idolatram o Kamen Rider Black) a série investiu pesado em comédia, com um humor acentuado, que é claro em quase todos os episódios. Mas, ainda assim, com um enredo tenso, e com um ritmo acelerado, cheio de combates e momentos surpreendentes, do qual falarei aqui. 

Ryuki e seu parceiro Dragdrerer

O enredo da série é centrado em Shinji Kido, estagiário do Ore Journal, um cara atrapalhado e azarado com um perfil completamente diferente da maioria dos outros riders. Um dia, durante uma investigação sobre desaparecimento de diversas pessoas, Shinji ao entrar dentro de um apartamento vazio, encontra um Deck de cartas estranho. Ele descobre depois que esse Deck o garante  acesso ao Mundo dos Espelhos, um mundo alternativo ao nosso, povoado por estranhas e perigosas criaturas. Descobre também que dentro desse mundo ocorre um jogo, arquitetado pelo misterioso cientista Shiro Kanzaki.

Ryuki foi a primeira série com o tema cartas

Nesse jogo, cada portador dos Decks recebe o poder de se transformar num Kamen Rider, e fazer uma espécie de pacto com uma das criaturas daquele mundo. O rider deverá então enfrentar os  monstros que habitam o mundo dos espelhos, que volta e meia saem para atacar humanos no nosso mundo, e outros riders, até que só reste um. Esse rider restante, após derrotar o Kamen Rider Odin, receberá como recompensa a realização de seu maior desejo. 

Shinji e Miho, a primeira Mulher-Rider Oficial da franquia
Nesse contexto inovador, Ryuki nos coloca numa guerra famigerada entre os riders, que ao todo são 11. Isso mesmo! 11 riders disputando um duelo entre a vida e a morte (além de outros três, dois aparecendo no filme de Ryuki, e outro no episódio especial pra TV após o término da série). A série fez questão de explorar um tema nunca antes explorado na franquia, a batalha entre os próprios guerreiros, e não apenas contra os monstros. Aliás, os riders aqui tem uma característica nunca antes tão explorada: humanidade. Não estamos lidando com heróis idealizados de contos, mas sim, seres humanos, que por motivações diversas, sejam elas nobres ou pura ganância, adentraram a essa guerra em busca de realizar seus objetivos. Como humanos, esses riders são falíveis e sujeitos a fraquezas normais da nossa natureza. A série também traz mistério e inúmeros questionamentos. Quem é esse Shiro Kenzaki? Por quê e como ele realiza esse jogo? Uma teia de fatos interliga os personagens, prendendo a atenção do começo ao fim.
Ryuki confiando no coração das cartas
Esse pressuposto garante um clima de tensão e mistério, obrigando o telespectador a acompanhar cada segundo, cada realização e tentar descobrir os segredos do enredo. A série marca também um clima de tensão constante e muitas lutas. No melhor estilo sobrevivência; os riders se enfrentam constantemente, ao mesmo tempo que enfrentam os monstros, garantindo muitos combates e momentos marcantes. Posso garantir que a série choca em alguns momentos, com cenas fortes de combate e tensão psicológica entre os riders. Afinal, perder aqui pode significar muito mais do que simplesmente a morte. Esse ambiente maduro, pesado e único é o que fez Ryuki ser tão encantador pra mim. O humor, como já falei antes, também é peça chave aqui, uma vez que é usado para  tentar suavizar a tensão constante da série. Acredito que sem esse elemento, jamais seria possível exibir essa série no horário da manhã, no Japão, como foi exibida.

A hilária Nanako Shimada
Os personagens também são bem únicos e marcantes, e não só os riders; o rol dos outros personagens também é bem legal, sempre com uma marca própria. Temos o misterioso Shiro Kanzaki, que aparece sempre que algo bem tenso está prestes a acontecer, garantindo grandes surpresas e reviravoltas. Bem como também sua irmã Yui, protegida de Shinji e Rei. A avó de Yui e Shiro, a engraçadíssima velhinha  Sanako. A equipe do Ore Journal, que também garante boas risadas como o Chefe do Jornal Daisuke, a repórter intrépida Reiko Momoi, a gênio dos computadores Shimada, e a estabanada Megumi, ex-noiva de Kitaoka Shuichi.

Shinji Kido, um Rider digamos...diferente.
Entre os riders,  temos o cômico protagonista, que cresce muito na série, que apesar de ser meio tapado, compensa isso com sua coragem, determinação e força de vontade contínuas. Rei Akiyama, o sério e frio Kamen Rider Knight, rival de Shinji, que por trás da sua camada de dureza e frieza, esconde um homem que busca a todo custo salvar sua namorada, que permanece em coma devido as experiências de Shiro Kanzaki. A relação de Rei e Shinji, é uma relação de amizade/rivalidade, lembrando, por exemplo, Naruto e Sasuke do Anime Naruto ou Kota e Baron em Gaim. Inclusive, Ryuki foi um dos riders favoritos de Gen Urobuchi, roteirista de Kamen Rider Gaim, o que deixa algumas inspirações bem claras.

Ryuki e Knight: amigos e rivais
Dos outros riders temos Kitaoka Shuichi, Kamen Rider Zolda, advogado egocêntrico que sempre pensa em si mesmo antes de tudo. Ganancioso, vive acompanhado de seu assistente e segurança pessoal Goro. É apaixonado por Reiko, e secretamente, precisa vencer a Guerra dos Riders para tentar se tratar de uma misteriosa e incurável doença. Asakura Takeshi, o insano psicopata Kamen Rider Ouja, provavelmente o maior homicida da franquia; um maníaco que entrou na guerra Rider com o único objetivo de saciar sua sede de sangue. Alguns dos momentos mais chocantes da série são protagonizados por ele, como quando ele usa todos os tripulantes do barco para "alimentar" os monstros do seu Deck. Ou quando caminha lentamente em direção a uma de suas vítimas, que mesmo com gritos de ajuda e clemência, é morto a sangue frio, após constantes gargalhadas do vilão. Um monstro, e ironicamente, um dos mais carismáticos vilões da série.

Kitaoka Shuichi: o ambicioso Zolda
Outros Riders também marcam presença, como o rider Taiga, o perturbado Satoru Toju; o vidente Tezuka, como Raia, a bela Miho, que só aparece no filme da série, (que se considerarmos que Tackle de Kamen Rider Stronger é apenas uma sidekick), é a primeira mulher rider da franquia. Temos também o todo poderoso Kamen Rider Odin, um dos riders mais fortes já feitos, capaz de se teletransportar, voltar no tempo, etc. O modo de lutar desses riders também é bastante peculiar, usando o pressuposto dos objetos colecionáveis (que depois seria usado em Kamen Rider Blade e Gaim) no caso, cartas. Com elas, os riders têm acesso a um arsenal de golpes, armas e ataques diversos, podendo inclusive impedir o ataque de outro rider, roubar um ataque, etc, como num jogo mesmo. Também existem as cartas Survive, raras e que concedem um imenso poder ao utilizador. 

Asakura Takeshi: o maior homicida dos Riders
Os monstros têm um papel importante também, já que alguns não precisam ser combatidos, mas podem ser domados através de um contrato que se faz com a criatura, assim que se torna um rider, e que gera uma outra gama de ataques. A série também inova por trazer um design completamente diferente nos riders anteriores, baseados em animais, não em insetos propriamente, como a maioria dos riders.

Asakura gosta mesmo é de lutar!
A série também conta com um elenco de excelentes atores, e muitos velhos conhecidos dos Tokus como Tomohisa Yuge, no papel de Goro, que também foi Bando em Kamen Rider Gaim, Masami em Kabuto, e já fez papeis em Garo e no Live Action de Sailor Moon. Também Takashi Hajino, como o cruel Asakura, que fez o papel principal em Changerion, Toku pouco conhecido aqui no Brasil. Hitomi Kurihara, no papel de Shimada, que fez a conhecida Smart Girl em Kamen Rider Faiz. Outra curiosidade, é que a abertura da série é cantada por Rika Matsumoto, que faz a voz japonesa de Ash Ketchum, do Anime Pokémon. 


Kamen Rider Ryuga: Exclusivo do Filme
No geral, a série tem tudo pra agradar, ou ao menos ser marcante para os fãs do gênero, com episódios empolgantes e um final bastante original, que pode ou não agradar a alguns, mas que vai surpreender. Recomendo também assistir o filme e o episódio especial da série, com histórias alternativas e novos personagens.

Ryuki e sua moto no modo Survive. 
Desses personagens exclusivos, posso destacar Miho Kirishima, a Kamen Rider Femme, como já disse anteriormente, a primeira rider feminina da franquia. tem também o arrogante e traiçoeiro Kamen Rider Verde, além do Kamen Rider Ryuga, a contraparte maligna de Shinji.

Miho Kirishima em sua forma de Combate
Ryuki é uma série fenomenal, e como já disse antes, inovou em muitos aspectos da franquia, e pode agradar em muito os fãs dos Riders.

Shinji e seu Henshin na frente do espelho

Espero que tenham gostado. Valeu!

Kamen Rider Zolda e todo seu poder de Fogo! 

Abaixo, vídeo com a abertura da série: