quarta-feira, 25 de agosto de 2021

[Crítica] O Esquadrão Suicida - 2021

 


Bem, quando soube que haveria uma continuação para O Esquadrão Suicida, fiquei empolgado e apreensivo ao mesmo tempo. Embora tenha gostado muito do filme original, exceto pela personagem interpretada (pessimamente) por Cara Delevingne e por vários pontos fracos no roteiro, ainda assim, foi um filme muito divertido de se assistir. 

Margot Robbie, que roubou a cena, como Harley Quinn, foi o ponto alto daquele filme, sem dúvidas. Contudo, a continuação se difere bastante do filme original, e não exatamente por bons motivos, a começar por seu diretor: James Gunn, o mesmo de Guardiães da Galáxia, filme bastante questionável em termos de roteiro e atuação.

Não me parece ter sido uma escolha acertada. Explicarei em detalhes, no decorrer do texto.

O Esquadrão Suicida parte da mesma premissa do filme anterior: supervilões são "convocados" para salvar o mundo, sob as ordens de Amanda Waller, e, como antes, eles não têm a opção de dizer "não". É o tradicional "sair da frigideira para cair no fogo". Desta vez, liderados por Bloodsport, Harley Quinn, Ratcatcher 2, Polka Dot Man, The Shark King e Colonel Rick Flag, são despachados para uma ilha chamada Corto Maltese, onde terão de encarar a milícia local e, com um pouco de sorte, salvar o mundo.



O problema começa aí: a primeira hora de filme é bastante focada na comédia (ao pior estilo), com piadas bobas e muito sangue jorrando na tela. Dá para dizer que não acrescenta quase nada ao filme. Porém, tendo em mente que falamos de O Esquadrão Suicida, é difícil dizer se é um filme para ser levado à sério ou se é um "filme pipoca". Fico no meio do caminho, nesta situação. James Gunn parece gostar muito de fazer hora; enrola, faz piadas toscas, demora a desenvolver o enredo. Fiquei me perguntando se o filme melhoraria, mesmo com a presença de Harley Quinn, um pouco minimizada nesta primeira parte.

Já a segunda hora do filme melhora bastante. A boa e velha formula de traição entre membros de uma mesma equipe nunca desaponta, e é aí que o filme desponta. Há ótimas cenas de ação, as piadas melhoram de nível, a história (embora bem louca) começa a ter mais profundidade, e as atuações começam a ser mais interessantes. Bloodsport, Ratcatcher 2 e Harley Quinn comandam o show, enquanto os outros personagens também possuem bons momentos de brilho. Gunn parece saber fazer melhor seu trabalho quando seus filmes passam da primeira hora. 

Várias surpresas acontecem. Algumas bizarras, mas interessantes. Não parece o mesmo filme. Consegui ver referências à várias outras produções, mas, como minha memória não é a mais confiável, assim como Amanda Waller, não vou conseguir elencar tudo, mas muita coisa foi reaproveitada pelo filme, e com bastante eficácia. Acredito que os próprios atores se sentiram mais confiantes em desempenhar seus papeis, pois o roteiro melhora bastante, prende a atenção até o final. 

Acredito que a DC descobriu uma mina de ouro ao escalar Margot Robbie para ser Harley Quinn, e podendo estar enganado, já que estou longe de ser um cinéfilo e acompanhar o cenário, Harley está levando os filmes da DC para um novo patamar, algo que se poderia esperar (com mais facilidade) de Superman e Batman, mas o carisma de Margot e insana doçura de Harley Quinn (quase uma heroína), me levam a pensar que ela seja o melhor caminho, exceto pelo filme solo do Coringa.

Como de costume, não adentro muito a trama, para que cada pessoa tire sua própria conclusão, mas, dando meu pitaco final, digo: é um filme superior ao antecessor, mas por menos do que eu esperava.

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