Quando um clássico da literatura francesa, ganha sua própria série em uma releitura, ágil, divertida e instigante, devemos prestar bastante atenção nela. Em minha estreia aqui, decidi falar sobre Lupin, novo seriado da Netflix que está chamando atenção nas redes sociais. É impossível negar que gostamos mais de torcer pelos bandidos do que pelos mocinhos apresentados no mundo do entretenimento, tais figuras como: o Professor de La Casa de Papel, Toretto de Velozes e Furiosos, Aladdin, Michel Scolfield e Lincon Burrows de Prsion Break ou até mesmo Robin Hood, abraçam o universo dos "ladrões-gente-boa".
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| Professor |
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| Toretto |
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| Aladdin |
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| Lincon Burrowns e Micheal Scofield |
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| Todas as versões de Robin Hood |
Para os curiosos, o personagem é criação de Mauricie Leblanc, escritor francês que criou o protagonista Lupin no século XX, um ladrão esperto, ágil nos disfarces, e que sem sombra de dúvidas, Leblanc bebeu de suas inspirações no famoso Sherlock Holmes.
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| Obra original de Maurice Leblanc |
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| Série x Livro |
O pontapé inicial da série é justamente o ponto em que conhecemos Assane Dioup, um imigrante senegalês que presenciou na adolescência seu pai sendo incriminado por roubar um colar valioso mas antes de ser preso, o pai deixa um presente para o filho: o livro de Arsene Lupin. O romance não só serve de inspiração para construir seus planos de vingança, como também constrói a sua personalidade.
Dioup é interpretado pelo incrível Omar Sy (Intocáveis de 2011) que é muito carismático, consegue te colocar dentro da história por seu jeitos e trejeitos, além de ser inteligente e elegante, sua capacidade de se disfarçar já chama atenção. Já no primeiro episódio é possível entender suas reais motivações e compreender como o seu plano de vingança vai começar. A direção do seriado também mostra com muita competência. Foi uma bela sacada da Netflix ao colocar um ator negro como protagonista e modernizar para os dias atuais, questões importantes a serem discutidas como o racismo velado e a própria questão da moralidade é colocada em cheque de maneira assertiva.
Nesse tipo de seriado, o que chama atenção é o que mais gostamos de ver, a famosa briga de gato e rato, tanto do lado da polícia, quanto de Assane, o mais interessante é como isso ocorre e como isso se desdobra ao longo da série. As sacadas e insights do nosso protagonista são um ponto a mais para o enredo funcionar, principalmente na forma como ele se esconde e ao mesmo tempo se expõe em buscar os responsáveis por colocar seu pai na prisão. Talvez um ponto negativo da série é que a forma como ela é conduzida ao longo dos episódios, de algum jeito, faz você esfriar devido as "coincidências" do enredo e muitas vezes cai no clichê, apesar de negativo, isso não tira o brilho de Omar Sy e um elenco poderoso complementar.
Lupin é aquele tipo de série que é possível maratonar em um dia, episódios rápidos que cada vez mais, conseguem explorar as nuanças do protagonista e mesmo assim mostrar personagens fundamentais para a história. Vale lembrar que a Netflix já confirmou a PARTE 2 da história de Lupin ainda em 2021. Se você ficou curioso, conte aqui o que achou da série.
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