segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Death Note da Netflix - Um Filme Horrorível!!!

Muitas pessoas entraram em frenesi quando a Netflix anunciou que faria um filme inspirado em Death Note, mangá e anime de sucesso mundial. Frenesi de pânico com medo que mais uma vez Hollywood estragasse uma produção oriental. Eu, que sou da filosofia que devemos assistir antes e falar depois, preferi esperar para ver o filme primeiro antes de tecer qualquer comentário. Eu adorei o anime e tentei me livrar de todo e qualquer tipo de preconceito antes de assistir a produção da Netflix, tendo na cabeça que veria algo totalmente diferente da produção original. Meus amigos, fiz tudo isso e nem assim consegui gostar do filme. Death Note da Netflix é uma senhora bomba!

Poster do filme
Claro que a versão deles seria completamente diferente das versões do mangá e do anime. Isso era algo que já estava bem nítido, pois na campanha de divulgação do filme, os atores e o diretor já diziam que veríamos algo bem diferente do material original. Mesmo sabendo disso tudo, não teve fã (ao menos em sua grande maioria) que gostasse da nova adaptação. E vocês me perguntam: "Mas, porque é tão ruim assim, Tuninho?". Eu lhes respondo: o erro do Death Note da Netflix é não respeitar a essência dos personagens. Apenas isso. Vou explicar para vocês o meu ponto de vista.

O primeiro encontro entre Light e Ryuk
A trama do filme segue a mesma do mangá e do anime: Light Turner (Nat Wolff) é um jovem estudante que encontra um caderno com o título de Death Note na sua escola e acaba descobrindo que os seres humanos que tiverem seu nome escrito no caderno irão morrer. Juntamente com o Death Note, o portador do caderno encontra um Shinigami, um Deus da Morte, que é o proprietário do caderno. No caso de Light, Ryuk (voz e captura de movimentos feita brilhantemente por Willem Dafoe) é o Shinigami proprietário do seu caderno. Até aqui, a trama segue igual. Mas, somente até aqui. Daí em diante, é uma bagunça só.

Ryuk, a melhor coisa do filme, mesmo estando completamente diferente do original
O grande erro de Death Note da Netflix pra mim é mudar a essência dos personagens, e isso, meus amigos, é a regra de ouro das adaptações que nunca pode mudar. Fizeram um salseiro só. Trocaram a personalidade de Light com a de Mia Sutton (Margaret Qualley), colocaram Ryuk influenciando e interferindo nas ações, coisa que no anime nunca aconteceu. Ryuk é completamente neutro em todas as ações e apenas observa o desenrolar das situações admirando a capacidade dos seres humanos. Em momento nenhum acreditamos que Light Turner é um gênio, o que é totalmente o oposto de Light Yagami. O mais irônico de tudo é que um dos personagens que os fãs mais torciam o nariz e reclamavam antes mesmo do término das gravações, devido a troca de etnia, acabou sendo o mais fiel ao original de todos. Me refiro a L, que foi muito bem interpretado por Keith Stanfield. 

L (Keith Stanfield) e Watari (Paul Nakauchi)
O diretor Adam Wingard tentou fazer um filme voltado para o lado do suspense meio de terror, utilizando mortes exageradas e bem gores, algo que na minha opinião foi bem desnecessário, visto que a maioria das mortes do anime são causadas por infartos. Enfim, isso é apenas um gosto meu, não achava necessário estes tipos de mortes, mas entendo que é uma forma de "chocar" e agradar uma nova geração. 

Elenco reunido, da direita para esquerda: Nat Wolff (Light), Margaret Qualley (Mia), Keith Stanfield (L) e o diretor Adam Wingard
A versão americana me lembrou por diversas vezes outra versão de um anime e mangá de sucesso mundial que sofreu nas mãos Hollywwoodianas, obviamente que me refiro a Dragon Ball Evolution (ainda não vi Ghost in the Shell para ver se foi essa bomba toda que dizem por aí). O erro aqui foi o mesmo de Death Note, não respeitarem a essência da história e, principalmente, a essência dos personagens. Death Note da Netflix foi totalmente renegado pela maioria dos fãs e teve apenas 38% de aprovação no Rotten Tomatoes (o que não quer dizer muita coisa). Tsugumi Ohba e Takeshi Obata, criadores do mangá, elogiaram o filme e disseram que adoraram a versão. Segundo eles, este é o verdadeiro Death Note para Hollywood. Será que eles quiseram dizer que isso é bom?

Primeiro encontro entre L e Light
O filme teve um final aberto para cada um interpretar como bem quiser e deixou um possível gancho para uma sequência, sequência essa que o diretor já veio pedir publicamente para fazer e dirigir. Não se sabe ao certo se ele ainda mantém esta ideia, pois esta semana ele deletou seu Twitter após ser xingado por muitos fãs ao longo desses meses e até mesmo sofrer ameaças de morte. Um absurdo. Tem fã que não raciocina muito bem mesmo.

Minha cara quando lembro que assisti a esse filme
Enfim, eu detestei o filme. Realmente tentei gostar e assistir sem preconceitos, mas é completamente impossível não comparar a versão original e a nova adaptação feita por Hollywood. Não tenho dúvidas que deve ter tido pessoas que curtiram o filme, especialmente as que não viram o anime ou leram o mangá. O jeito é cada um assistir realmente o filme e tirar suas próprias conclusões. Eu, por mim, escreveria o nome do filme no caderno do Death Note para que ele nunca fosse feito.


Um grande abraço.

2 comentários:

  1. Já estava em dúvida quanto ao ("assistimento")desse filme depois de ler sua resenha isso me ajudou a sair correndo kkkkkkkkkkkkkk Valeu.

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    1. Assista! Vai que de repente você curte.... um grande abraço!

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