Ghost já passou do episódio 30, e, devo dizer, está melhor a cada novo episódio. As aventuras de Takeru e cia contra os Ganmas e seu mundo utópico se desenrolam com uma boa naturalidade e fluidez. Particularmente falando, gosto bastante do Takeru: aquele herói idealista (e mesmo um pouco ingênuo) clássico, que nem sempre protagoniza os episódios, mas tem bons ganchos e, principalmente, não vive em função de voltar à vida, o que o tornaria um personagem repetitivo.
Specter, por sua vez, está num momento de maior tranquilidade. Confesso que preferia sua fase mais agressiva, pois Makoto me parece ter enfraquecido um pouco. Todavia, o personagem continua sendo o meu favorito nesta nova faceta mais humanista e com a parceria formada com Takeru e Aran. Aliás, sua atitude para com o príncipe do mundo dos Ganmas foi um dos melhores momentos, até agora. A volta de sua irmã deixou-o mais leve, mais calmo, sereno. Makoto e Takeru também protagonizam vários momentos emocionantes e que fazem quem assiste sentir-se bem.
Aran, o Príncipe do Mundo Ganma. Provavelmente o personagem que passou pelas maiores alterações: de vilão à mocinho convertido. Necrom, anteriormente à Specter, foi o personagem que mais me agradou, pois era o típico vilão que se apoiava fortemente em suas crenças e seu poder sobre qualquer outro argumento. A influência de toda a trupe de Takeru e da vendedora de takoyaki Fumi trouxeram ao coração do jovem algo que seu mundo natal era incapaz de lhe proporcionar: sentimentos verdadeiros como amor, compaixão, uma real vontade de viver.
Akari, a garota que não acreditava em nada que não fosse cientificamente comprovado, deve ser a personagem secundária que mais cresceu na trama. De início, Akari se preocupava mais em desvendar os mistérios que cercam Takeru e os Ganmas, mas ela cresceu, se desenvolveu. Agora, Akari é fundamental, pois desenvolveu uma perspicácia para as situações e vem mostrando força de vontade, inteligência e caráter.
Adel, para mim, o personagem mais incógnito, até o momento. Ao dar o golpe de estado em seu mundo e prometer levar a utopia criada por seu pai ao limite, Adel começa a despontar como um vilão problemático: ele não parece ter muito medo de agir, haja visto o que fez ao próprio mundo, e não demonstra nenhuma espécie de arrependimento, ou seja, deve vir coisa boa dele, espero.
Ghost tem vários personagens ótimos, e ficaria um texto enorme se eu mencionasse cada expectativa que tenho deles ou como já se desenvolveram, mas Kanon, Onari, os demais aprendizes do templo, e os Ganmas não tem decepcionado em praticamente nada. Igor me agrada bastante com a postura de cientista maligno, Javeru, apesar de pouco aparecer, rende boas batalhas e alguns questionamentos interessantes, entre vários outros. Eu não ousaria dizer que Ghost é imprevisível daqui para frente, mas posso muito bem ousar dizer que este Kamen Rider está pavimentando seu caminho com muita propriedade.
Para finalizar, um dos momentos de maior emoção que já pude presenciar nestes meus mais de 20 anos acompanhando tokusatsus:
Presto, aqui, os meus respeitos à Fumi Fukushima, a velhinha sábia vendedora de takoyaki. Me agrada bastante quando um ator mais vivido aparece e mostra toda a sabedoria da simplicidade que só o tempo é capaz de trazer, e que apenas os mais sortudos tem o dom de absorver. Suas cenas com Aran serão impossíveis de esquecer.
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