sábado, 26 de dezembro de 2015

Ultraman X: um grande tokusatsu, mas o final...


Bem, findada a jornada de Ultraman X, hora de um review. A maioria dos leitores do blog não devem saber, mas eu não sou um consumidor da franquia Ultra. Antes de X, eu assisti apenas Ultraman Nexus, que, aliás, é uma temporada excelente.

Quando eu ouvi falar de Ultraman X, confesso que não me interessei muito pela proposta. Passei a acompanhar quando 3 episódios já haviam sido lançados e não parei mais. X foi uma série muito simples de acompanhar, com uma história bastante direta, mas não sem grandes momentos. Daichi e os oficiais da Xio mostraram o poder da Tsuburaya em escrever bons roteiros (bastante superiores aos de Ninninger e Kamen Rider Drive), apenas para citar dois exemplos ou os tokusatsus da temporada que acompanhei.

A história:

15 anos atrás, um fenômeno chamado de Ultra Flare (perdoem eu colocar o nome em inglês, pois foi no idioma em que assisti), atingiu a Terra e começou a despertar vários monstros pelo globo terrestre, os Spark Dolls. Para defender a Terra, uma instituição chamada UNVER forma um grupo de especialistas em monstros para estudar o fenômeno Ultra Flare, compreender a natureza dos Spark Dolls e formular defesas para a vida humana. 

O planeta começa a ser atacado e, durante um ataque, Daichi conhece aquele que seria seu companheiro por toda a trama, o Ultraman X.

Sem adentrar muito aos detalhes, o que posso dizer é que X teve um roteiro bastante sólido, porém previsível em vários momentos. Isto não prejudicou o andamento dos apenas 22 episódios (estou descartando as recapitulações), já que os ingredientes para uma série que prenda a atenção do telespectador não faltaram: boa ação, drama, emoção, personagens cativantes, bons dilemas pessoais e o capricho no acabamento que a Tsuburaya soube ter.


Daichi Ozora, muito bem interpretado por Kensuke Takahashi, foi um protagonista bem interessante: não caiu no clichê do exagero de sentimentos ou numa melancolia sem fim, apesar das tristezas e marcas de seu passado. A vontade de encontrar seus pais e de poder conviver com Gomora e demais monstros não ficou obsessiva nem forçada. Sua relação com X e os demais foi explorada na medida, apesar de eu achar que poderiam ter criado laços mais profundos. Talvez 22 episódios não dessem tempo suficiente para uma abordagem mais profunda, mas é apenas algo que pensei.


Asuna Yamase, por Akane Sakanoue, foi uma boa coadjuvante, também. Teve bons momentos de brilho e não fez o tipo "garota indefesa". Eu não vi muitos sinais de romance entre ela e Daichi, no entanto, as interações entre eles ficaram bem naturais, convincentes. Gostaria que ela tivesse brilhado um pouco mais individualmente, mas muitos bons momentos da série, incluindo quando ela interagiu com Cyber Gomora, foram bastante emocionantes.



Sobre a Xio, Wataru e Hayato tiveram bons papéis de suporte; Outros personagens apenas preencheram funções menores. O Capitão Shotaro Kamiki fez o que dele se esperava: um profissional sério, focado ao trabalho, responsável e com autoridade. Um episódio dele foi um dos meus favoritos da série inteira. A Tenente Sayuri Tachibana, com sua capacidade de observação aguçada e sua sensibilidade em momentos chave, também chamou bastante atenção. Demais personagens da organização tiveram boa participação, mas nada que surpreendesse ou ficasse fora do que se poderia imaginar.

Os efeitos especiais de Ultraman X foram um show a parte: a Tsuburaya não poupou. Os golpes ficaram limpos, bem polidos e trabalhados. O gigantismo de X e dos monstros foi bem explorado, especialmente quando eles caíam no chão: a terra sendo deslocada e lançada no ar ficou excelente, deu um belo toque de realismo. O visual de X também ficou belíssimo; as cores utilizadas casaram bem. Outro ponto que devo destacar é a trilha sonora: músicas de abertura e encerramento muito boas, insert songs bem sacadas. Além disso, as participações especiais valeram a pena: mesmo não conhecendo muito do universo Ultraman, cada herói foi fácil de entender, e suas ajudas foram decisivas no crescimento de Daichi e do próprio X.

Meu único senão foi pelo final; eu esperava bem mais. Algumas coisas ficaram por dizer (na minha opinião) ou poderiam ter explicações um pouco mais claras. Nada que tirasse o brilho de X, mas poderiam ter caprichado um pouco mais aqui e ali. Em suma, Ultraman X, embora curto, foi um excelente tokusatsu, deveria ter tido mais episódios.

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