sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Ultraman Nexus

Ultraman Nexus: a esperança passada pelas pessoas.

Acabei, tem pouco mais de 20 minutos, Ultraman Nexus, meu primeiro Ultraman. Confesso que estou muito surpreso com o que assisti. Sempre ouvia as pessoas falarem bem de Ultraman, mas nunca havia me imaginado assistindo um herói que lutaria apenas na forma de um gigante. Não me parecia plausível, embora tudo dentro do universo tokusatsu seja possível. Falta de fé ou não estar evoluído neste universo o suficiente para assistir, talvez? Não sei dizer.

Quando comecei a assistir, estranhei muito: a produção dos episódios é bastante mais simples que a de um sentai ou Kamen Rider, e a linguagem utilizada também é diferente. Levei alguns episódios para me acostumar. Os efeitos são mais simples, a roupagem é bem menos trabalhada, até por questões financeiras, que um tokusatsu produzido pela Toei, mas, ao passo que eu caminhava pelos 37 episódios, minha frustração inicial passou a encantamento.

Personagens complexos, vidas entrelaçadas por tragédias, um herói que é muito mais humanizado do que a grande maioria dos que já vi, e que ainda por cima não é invencível, me trouxeram um choque de realidade. A ironia é que, um gigante, como diz o antigo ditado "quando maior, maior a queda", seria tão vulnerável aos acontecimentos ao seu redor. É meio complicado de descrever bem, porque coisas demais acontecem, e a maioria delas é bem mundana, não falando pejorativamente.

A trama é toda intrincada, cheia de mistérios, personagens que ficam às voltas com temores antigos ou medo de não conseguirem alcançar seus objetivos, incluindo o próprio Ultraman. A narrativa da série é muito poética, muito amargurada, por vezes. Bom, eu vou deixar em aberto o que acontece na série, porque é mais interessante cada um assistir e tirar suas próprias conclusões, mas Ultraman não é um herói convencional. Erros foram poucos, ou, ao menos, poucos eu percebi.

O que eu mais gostaria de salientar, é que Nexus teve atuações memoráveis e cativantes, como praticamente todo o time Night Raiders, que eu destacaria o Capitão Wakura como meu personagem favorito, seguido da sub-capitã Nagi, passando por Komon e o Ultra que mais gostei: Ren. Quando ele entrou na série, ela ficou com ares mais ternos, digamos assim. Enfim, como eu não vou conseguir passar exatamente como me senti assistindo, vou terminar dizendo que Ultraman não perde em nada para muito do que já vi. Ganha, e com louvor.

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