segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Thor: O mundo Sombrio; bem melhor que o primeiro filme.


Quando eu vi o primeiro filme de Thor, tive duas sensações: a primeira parte do filme foi muito boa, promessa de uma trama bem intrigante, a segunda metade foi falha, normal. Desde aquilo, fiquei com uma opinião ruim sobre a versão cinematográfica do Asgardiano. Porém, vendo Thor: O mundo Sombrio, minha opinião sobre ele mudou bastante. 

Uma sinopse bem resumida para não relevar todo o filme:

Há muitos anos, Bor, pai de Odin, derrotou o exército dos elfos negros liderados por Malekith, que, com a ajuda de um elemento chamado Éter, queria fazer o Universo voltar a ser o que era antes de sua criação: pura escuridão. Após derrotar os Elfos, Bor ordena que o Éter seja enterrado em um local profundo, já que não pode ser destruído. Sem que Bor soubesse, Malekith, seu braço-direito Algrim e alguns outros Elfos escapam.

O segundo filme é bastante superior ao primeiro. A trama que se desenrola é bem mais sólida e eu pude perceber com muito mais clareza qual o papel de cada personagem. Como não sou leitor de hqs, sei pouquíssimo do universo de Thor, e não vi no primeiro filme as informações que eu precisaria para entender toda a trama. No primeiro filme, quando o casal Thor e Jane se forma, a trama claramente cai no clichê de namorada busca namorado e vice-versa, e isto fez com que o duelo Thor x Loki ficasse em segundo plano.

Neste filme, com o casal já formado, Thor e Loki aparecem numa disputa bem mais clara e interessante. O roteiro do filme também agrada bem mais, funciona melhor. Thor, apesar da traição do irmão, sente por ele algo que a raiva dos acontecimentos do primeiro filme não apagam. Loki mostra que não pode ser confiado, pois é uma cobra traiçoeira. Aliás, falando em Jane, ela é bem mais importante neste filme, já que ajuda Thor na reta final diretamente.

Loki finalmente mostrou do que era capaz.

Desde o primeiro filme de Thor, Loki sofreu um enorme hype. Muitas pessoas viraram fãs do personagem e de seu ator, Tom Hiddleston. Eu, ao ver a primeira aparição dele, me desapontei. Loki não fez nada que eu pude considerar realmente notável a não ser a motivação óbvia do ódio por Thor e querer vingar-se de Odin. Em O Mundo Sombrio, Loki finalmente mostra do que é capaz: ser uma cobra peçonhenta. Atraiçoa Thor sem a menor cerimônia, e o pior, com a maior desfaçatez do mundo. Os sentimentos dele pela família também ficam mais claros e concisos.

Thor mostra-se um verdadeiro herói.

Chris Hemsworth me pareceu bem mais natural na continuação. Não que estivesse ruim ou apagado no primeiro filme, mas senti que ele se desenvolveu melhor. A relação de Thor com Loki e Jane estava melhor estruturada, mais madura. Os momentos de luta dele contra os Elfos e seu irmão são recheados de belos golpes e frases de efeito, o que se espera em um bom filme de heróis.

Agora, o que não gostei do filme: o humor exagerado e pessimamente encaixado da Marvel. Sei que a maior parte das pessoas não deve se importar com isso, mas me incomoda ter piadas bobas no meio de uma batalha de vida ou morte, e isso aconteceu bastante. Apelaram para um homem que só consegue pensar se estiver só de cueca, comentários sem sentido no meio da batalha, e por personagens que têm pouco peso na trama, coisas que poderiam ser evitadas ou colocadas dentro de um contexto, o que evidentemente não foi o caso.

Não agregou em nada ao filme, apenas distraiu. Imagino que a Marvel faça isto para amenizar momentos de muita tensão, mas cada coisa tem seu devido lugar, e não era ali.

Enfim, Thor: O Mundo Sombrio, é um filme muito bem feito, com um enredo bem mais interessante que seu predecessor e que mostra um protagonista e seu antagonista de maneira muito mais clara e concreta. Diversão garantida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário