sábado, 18 de abril de 2015

A Morte e o Retorno do Superman

A triste cena do campo de batalha entre Apocalypse e o Superman.

Bem recentemente, li as hqs de A morte e o Retorno do Superman. Eu sempre tive minhas ressalvas quanto ao homem de aço, pois nunca gostei de heróis que pudessem subjugar o mundo à sua vontade, caso quisessem. Este é o caso do Superman. A "divindade" que atribuem ao personagem sempre me incomodou, mas, por desencargo de consciência e muita curiosidade, já que conhecia o game do SNES e é um dos meus favoritos, resolvi ler.

O cortejo.
Lançada entre outubro de 1992 e outubro de 1993, a hq conta os derradeiros passos de Kal-El quando surge um novo e extremamente poderoso inimigo: o Apocalypse. Eles travam uma batalha que atravessa vários estados americanos até chegar em Metropolis, quando a exaustão faz o homem de aço tombar, para desespero de amigos, familiares, outros heróis, Lois Lane e o próprio mundo. A partir da morte dele, dá-se início a uma busca por um novo herói e um símbolo a ser seguido, criando até ceitas sobre o Super-homem. Uma coisa interessante foi ver como Kal-El afetava amigos e inimigos de forma praticamente idêntica: há uma comoção enorme ao redor do globo, um medo de a Terra ficar sem um guardião e a busca por um novo campeão para defender o planeta.

Superboy, Ciborgue, Aço e Erradicador.
A própria Liga da Justiça fica desnorteada pela falta de seu maior nome, amigo, líder, até mesmo inspiração. Algumas coisas ganham uma grande evidência, que é esperada: Lois Lane não aceita a morte do Super-Homem e vive uma enorme crise sobre como aceitar a perda e seguir sua vida. Os pais de Clark não conseguem crer na perda do filho e seu pai quase morre. Até Lex Luthor fica atordoado pela perda de seu maior inimigo. Mesmo ele mostra sentir falta dele, apesar de sua maior frustração é não ter sido o assassino do kryptoniano.

São hqs extensas, cerca de 80 páginas por edição. Por vezes, a leitura se torna um pouco cansativa, pois há muitos desdobramentos, muitas pessoas surgem, inclusive quatro homens que clamam ser o Super-Homem. Seguem (Fonte: Wikipédia):

Durante o período que esteve morto, quatro indivíduos clamaram o manto de Superman:
  • "O Homem de Aço", um Superman usando uma armadura de resistência incrível que esconde John Henry Irons, identidade de "Aço", antes criador de armas poderosas para o exército. Irons abandonou a proteção de Superman para morar em Washington e adotar sua própria identidade como "Aço".
  • "O Último filho de Krypton", um Superman violento, foi revelado ser a reencarnação de O Erradicador, vivo graças ter usado sua energia para formar um corpo a imagem de Kal-El, o último filho do planeta Krypton. Ainda hoje o Erradicador existe, mas pela energia viva de um cientista terrestre e compartilha recordações humanas e kryptonianas.
  • "A maravilha de Metrópolis", um adolescente, supostamente um clone de Superman, liberado das garras dos criadores antes de alcançar a idade madura, recusava aceitar para si o nome de Superboy. Finalmente ele aceitou e fixou residência na ilha do Havaí. Mais tarde foi descoberto que de fato era um clone melhorado de um ser humano, seu criador, Paul Westfield, diretor do Projeto Cadmus, agora morto.
  • "O Homem do Amanhã" (posteriormente conhecido como Superciborgue), um ciborgue valente, foi proclamado como reconstruído de Superman, mas suas verdadeiras intenções eram o fim quando em aliança com Mongul, arrasou uma cidade de 7 milhões de habitantes, Coast City, casa do Lanterna Verde, Hal Jordan! 
Cada novo Super-Homem que aparece tem suas próprias motivações para requerer o título, mas apenas Aço e Superboy se aproximam mais de Kal-El, ainda que bem diferentes do original. Ainda há a Supergirl, que tem boa participação durante toda a trama, ajudando a cidade sempre que ela necessita dela. O próprio Luthor precisa arregaçar as mangas e fazer algo por Metropolis.

A trama é bastante extensa e cheia de contrastes. Ela se divide em três arcos:

Apocalypse! - 1992
Funeral para um amigo. - 1993
O Retorno do Superman - 1993

Bem, como disse no início, sempre tive grandes ressalvas com o Super-Homem, mas as hqs me mostraram que ele não é apenas um símbolo de força, mas um símbolo de respeito, um homem a ser imitado, copiado, até mesmo cultuado. Confesso que continuo achando-o poderoso demais, mas ver que Kal-El, embora em um nível muitíssimo maior, também possui debilidades, fez com que a minha imagem do kryptoniano fosse alterada para melhor. Bem melhor. Sem nenhuma sombra de dúvida, é uma hq que todo fã do Super, da Liga da Justiça ou de quadrinhos em geral deveria ler. 

Um comentário:

  1. Eu tinha essas Hq´s, lia todos os dias, era viciado.
    Gosto muito dessa história

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