terça-feira, 3 de novembro de 2015

Máquina Mortífera - Uma Franquia Excelente

Acho que é difícil conhecer uma pessoa que nunca viu ou ouviu falar de Máquina Mortífera, franquia de extremo sucesso criada por Shane Black e dirigida por Richard Donner (diretor de filmes como Superman - O Filme, Os Goonies, Os Fantasmas Contra-Atacam, Maverick, entre tantos outros sucessos). Em 1987, a Warner Bros. lançou o primeiro filme da série que custou U$ 15 milhões ao estúdio e rendeu mais de U$ 120 milhões. Era o começo de uma franquia incrível, de sucesso, com ótimos filmes, divertidíssimos de assistir e viciantes.

Poster do Primeiro Filme
Máquina Mortífera veio para ditar o estilo de filmes policiais com a dupla de policiais, um branco e outro negro, onde um é o certinho e o outro o malucão. Uma quadrilha internacional de traficantes de drogas está aterrorizando Los Angeles e para detê-los, a polícia une uma dupla bastante improvável. Martin Riggs (Mel Gibson) é um policial à beira do abismo, que vive flertando com a morte, é imprudente, maluco e não parece temer nada. Riggs é listado como uma "máquina mortífera" na polícia, pois é especialista em artes marciais e em diversos tipos de armas. Já Roger Murtaugh (Danny Glover) é o típico chefe de família. Ele está prestes a se aposentar, vive em paz com sua família e é um policial extremamente correto.  Imaginem como foi juntar esses dois. À primeira vista eles não se dão e logo se estranham. Murtaugh e toda a polícia acham que Riggs é louco (sim, ele é um pouquinho mesmo) e que está armando, fingindo-se de suicida para ganhar uma pensão de afastamento dos serviços policiais, mas não demora muito para Roger perceber que uma tragédia do passado deixou Riggs assim, inconsequente, meio que perseguindo a morte: sua esposa faleceu num acidente de trânsito há alguns anos atrás. 

Martin Riggs e Roger Murtaugh, mais do que parceiros, amigos de verdade
É através de Roger e sua família que Riggs aprende novamente o que é se sentir vivo e ser acolhido por uma nova família. A dinâmica da dupla é fantástica e conforme vão passando os filmes isso vai ficando cada vez mais nítido. Mas, voltemos ao primeiro filme. Senhor Joshua (Gary Busey) faz um ótimo oponente para Riggs como capanga do General Peter McAllister (Mitch Ryan). A luta final entre eles no meio da rua é muito boa e dura mais de cinco minutos. 

Luta final entre Riggs e Sr. Joshua
Em Máquina Mortífera 2, lançado em 1989, nossa dupla de detetives se veem no meio de traficantes de drogas sul-africanos, mas que tem imunidade diplomática. Neste filme, temos a entrada do engraçadíssimo Leo Getz (Joe Pesci), um informante da polícia. Ele vem para agregar mais ainda no humor e na ação. Mais um bom destaque deste filme é Pieter Vorstedt (Derrick O'Connor), mais um capanga, desta vez de Arjen Rudd (Joss Ackland). Pieter revela que estava por trás do acidente que matou a esposa de Riggs anos atrás, já que o detetive estava fuçando demais onde não devia e o acidente deveria matá-lo, e não a sua esposa. Imaginem o nível de ódio e fúria com que Riggs o enfrenta no final do filme. 

Poster do Segundo Filme
Em 1992 foi lançado Máquina Mortífera 3, mais um grande sucesso da franquia. Aqui temos a entrada da policial da corregedoria Lorna Cole (Rene Russo), que acaba se juntando a dupla de detetives, e claro, Leo Getz, atrás de uma quadrilha especialista em roubar armas de alta periculosidade da própria polícia. Lorna é quase uma versão feminina de Riggs, e logicamente, ambos ficam atraídos um pelo outro de cara. Neste filme há uma belíssima cena entre Riggs e Murtaugh após o policial veterano entrar em depressão por matar um jovem, amigo de seu filho, que estava numa quadrilha matando policiais e traficando armas. O desabafo dos dois policiais e a reconciliação é muito tocante, e ao mesmo tempo, muito engraçada, assim como toda a franquia.

Poster do Terceiro Filme
Em 1998 tivemos, infelizmente, o último filme da franquia. Máquina Mortífera 4 veio para encerrar com chave de ouro a franquia, deixando um gostinho de saudade e de quero mais na boca dos fãs. Neste filme a trama gira em torno da entrada de imigrantes ilegais chineses nos Estados Unidos, que são tratados como escravos sob o domínio do Tio Benny (Kim Chan) e de seu temível, frio e cruel capanga Wah Sing Fu (nada mais, nada menos do que Jet Li). Ainda temos a entrada do detetive Lee Butters (o cômico Chris Rock) e o retorno de toda a trupe dos outros filmes.

Poster do Quarto e Último Filme
Aliás, Máquina Mortífera é uma das poucas franquias que conseguiu trazer e manter todo seu elenco original desde o primeiro até o último filme, incluindo até mesmo personagens coadjuvantes. Como já citei anteriormente, Mel Gibson e Danny Glover deram um show de interpretação, conseguindo equilibrar perfeitamente cenas de ação, cenas com altas cargas dramáticas (a tentativa de suicídio de Riggs, a conversa no barco, etc), cenas de comédia e suspense, formando uma das melhores duplas do cinema. Todo o elenco é destaque também, não há como diminuir ninguém aqui. Ah! Um bom destaque também fica por conta da gatíssima e lindíssima Traci Wolfe, que interpretou Rianne Murtaughm, filha mais velha de Murtaugh. Além de linda, no primeiro filme ela interessou-se por Riggs, foi sequestrada e rendeu uma bela cena de comédia em Máquina Mortífera 3, quando é demitida de seu emprego por causa de Riggs.

A linda Traci Wolfe como Rianne Murtaugh no primeiro filme
Máquina Mortífera é uma daquelas poucas e raras franquias onde todos os filmes são ótimos, divertidos e empolgantes, o ritmo não cai de um filme para o outro, ao contrário, só aumenta o padrão de qualidade. Há alguns anos atrás, cogitou-se que sairia um Máquina Mortífera 5, porém, mais do que infelizmente, estes boatos nunca se concretizaram. Há rumores de um reboot com Chris Hemsworth, o Thor dos filmes da Marvel, no papel de Martin Riggs, mas até o momento não passam de rumores.

A dupla imbatível
Máquina Mortífera recebeu uma indicação ao Oscar na categoria de melhor som em 1989 e venceu como Melhor Ator em Cinema para Danny Glover, Melhor Atriz em Cinema para Traci Wolfe e Melhor Filme em 1989 no Image Awards. Máquina Mortífera 2 foi indicado ao Oscar de Melhores Efeitos Sonoros em 1990. Máquina Mortífera 3 foi indicado ao Grammy em 1993 na categoria de Melhor Canção Escrita Especialmente para Cinema ou Televisão e venceu no MTV Movie Awards em 1993 com a Melhor Sequência de Ação e Melhor Dupla para Mel Gibson e Danny Glover; além de ter sido indicado nas categorias de Melhor Beijo para Mel Gibson e Rene Russo; Melhor Canção para Cinema com Sting e Eric Clpaton; Homem mais Desejável para Mel Gibson. Máquina Mortífera 4 foi indicado no American Comedy Awards em 1999 na categoria de Ator Coadjuvante mais Engraçado em Filme para Chris Rock; foi indicado ao MTV Movie Awards em 1999 nas categorias de Melhor Sequência de Ação com Mel Gibson e Danny Glover, Melhor Progresso em Atuação Masculina com Chris Rock, Melhor Atuação em Comédia com Chris Rock e Melhor Vilão com Jet Li. O filme ainda foi indicado ao Blockbuster Entertainment Awards em 1999  nas categorias de Dupla Favorita de Ação/Aventura com Mel Gibson e Danny Glover, Ator Coadjuvante Favorito - Ação/Aventura com Joe Pesci e venceu nas categorias de Ator Coadjuvante - Ação/Aventura com Chris Rock e Atriz Coadjuvante - Ação/Aventura com Rene Russo. Também sobrou uma indicação ao Framboesa de Ouro em 1999 na categoria de Pior Ator Coadjuvante para Joe Pesci. Ufa! Quanta coisa!

Leo se revolta contra Riggs e Murtaugh enquanto é observado por Lorna no fundo
Então, pessoal, para não me alongar mais e ficar um texto muito extenso (pois eu poderia ficar aqui escrevendo e escrevendo sobre esta franquia fantástica), vou encerrando por aqui. Se por acaso existir alguma pessoa que nunca viu ou ouviu falar em Máquina Mortífera, corra atrás porque nunca teremos outra franquia com tanto equilíbrio entre ação, explosões, comédia, investigação, lutas, tiros, exames retais sem consentimento, tortura, amizade e família como estes 4 ótimos filmes, que só de falar ou escrever, já deixa saudade e com vontade de assistir tudo de novo. Mais uma vez.

Família reunida
 Um grande abraço!

Nenhum comentário:

Postar um comentário