segunda-feira, 22 de julho de 2019

Séries: Cavaleiros do Zodíaco (Netflix) (2019)

A versão em CGI dos Cavaleiros de Athena
Já inicio este texto informando que eu sou um grande fã da franquia dos Cavaleiros de Athena, desde o mangá que eu li, até os animes e filmes. Foi com muita alegria e animação que eu recebi a notícia de que Seiya e seus amigos ganhariam um remake em CGI pela Netflix da clássica Saga do Santuário. Com roteiro de Eugene Son, de desenhos como Os Vingadores Unidos e Ben 10, e com direção de Yoshiharu Ashino, a animação estreou na Netflix em 20 de julho de 2019 e tem apenas 6 episódios neste seu começo com duração média de 23 minutos cada episódio. Estes 6 episódios abrangem toda a Fase da Guerra Galáctica

Aiolia, o Cavaleiro de Ouro de Leão
Esta nova adaptação me agradou bastante. Como já escrevi, esta é uma adaptação da história clássica da Fase do Santuário, da Batalha das 12 Casas. Para aqueles que não gostarem da nova produção, lembrem-se que sempre haverá mo clássico para reassistirem. Muitas coisas foram modificadas aqui para tentarem trazer a história para os dias atuais e arrebatar novos fãs. A premissa continua a mesma: de tempos em tempos a deusa Athena reencarna para trazer paz e proteger a Terra. Existem cavaleiros com poderes extraordinários que tem como missão proteger a reencarnação da deusa. O desenrolar da história já toma algumas liberdades bem interessantes da obra original. Lembrando que o próprio anime de 1986 já tem algumas diferenças do mangá original de 1985 criado por Masami Kurumada.

Seiya e Seika quando eram crianças pequenas
Para começar as diferenças, Seika, irmã de Seiya, é levada por Aiolia, o Cavaleiro de Ouro de Leão, durante um ataque à casa dos dois pequenos irmãos, pois Seika havia despertado seu cosmo sem querer, e com isso, despertado a atenção de uma organização misteriosa. Por anos Seiya fica remoendo esta história sem entender direito o que aconteceu, até um dia que ele também desperta seu cosmo durante uma briga com uma gangue local. Ele é então sequestrado por Mitsumasa Kido, que o explica sobre a reencarnação da deusa Athena e lhe diz que com estes poderes, Seiya seria um cavaleiro que defenderia a deusa. Seiya é enviado para a Ilha Chamos para treinar e se tornar o Cavaleiro de Bronze de Pégaso. Nosso herói só aceita a ordem, pois Kido revela que Seika foi vista pela última vez nessa ilha. O restante daí pra frente funciona igual a versão clássica do anime. 

Vander Guraad, o novo e interessante personagem
Temos a adição de um novo e interessante personagem. É Vander Guraad, antigo parceiro de negócios de Mitsumasa Kido. Durante uma viagem, ambos encontram Aiolos, o Cavaleiro de Ouro de Sagitário, que estava mortalmente ferido e com um bebê que seria a reencarnação da deusa Athena, e esta era Saori, que viria a ser neta adotiva de Mitsumasa. Antes de morrer, Aiolos confia o bebê e a armadura de ouro à Kido, que promete protegê-la, mas Vander decide tomar os poderes dos cavaleiros para si e derrotar assim os deuses. Vander cria uma organização secreta e ele desenvolve uma tecnologia que emula as armaduras e os poderes dos cavaleiros, criando assim, os Cavaleiros Negros. Muito mistério ainda envolve este personagem, sua sede pelo poder e sua cicatriz sinistra.

Os cavaleiros de bronze se unem para a Guerra Galáctica
Esse começo do anime acompanha a Guerra Galáctica entre os Cavaleiros de Bronze, a chegada de Ikki de Fênix, a luta entre eles pela armadura de ouro de Sagitário e termina na chegada de Misty, o Cavaleiro de Prata. Como era de se esperar, as lutas são mais rápidas e objetivas, não levando a infinidade de episódios que o anime original possuía, mas com isso também, perdem um bocado de emoção. Por exemplo, a famosa e clássica luta entre Seiya e Shiryu se resume a um único episódio.

Shun na sua versão feminina
Algumas questões polêmicas acerca do remake são praticamente três, que eu me lembre: a troca de sexo do personagem Shun, Cavaleiro de Bronze de Andrômeda, Shina não usar mais uma máscara e o CGI. Bom, vou por partes. Começarei falando de Shun. Não me entendam mal ou fiquem com raiva de mim, mas a troca de sexo do personagem não me incomodou em nada. Shun era um dos cavaleiros, dos principais, que o pessoal menos se importava e seu comportamento ao longo de toda a franquia sempre foi um tanto quanto voltado para o feminino, então sua troca de sexo faz até um certo sentido. Ok, eu entendo. Não deveriam trocar o sexo de personagem nenhum, poderiam apenas criar uma personagem feminina nova ou dar mais destaque para alguma personagem feminina já existente. Concordo com isso, mas já que mudaram e isto é uma ADAPTAÇÃO, não me incomodou em absolutamente nada. Ao contrário. No pouco que vi da personagem já a achei mais interessante e forte do que o Shun original.

Shina sem sua máscara característica
A questão de Shina não usar uma máscara, e sim uma pintura no rosto que imita os desenhos na máscara do anime original também foi outro lance que não me incomodou, mas, é uma questão de extrema importância no anime e no mangá. As amazonas, guerreiras femininas, não podiam mostrar seus rostos, eles deveriam ficar escondidos sob uma máscara. Para uma amazona, perder sua máscara e expor seu verdadeiro rosto era uma verdadeira desgraça, então, ficou bastante sem nexo Shina não usar uma máscara e Marin usar. Creio que isso deverá ser explicado mais pra frente ao longo deste novo anime, pelo menos, assim espero.

Ikki cercado pelos Cavaleiros Negros
Para fechar, a parte do CGI. No começo, realmente para quem está habituado ao traço do anime clássico, estranha um pouco mesmo, mas nada que alguns 5 minutos de anime não façam com que você não se acostume logo. Ficou bem bacana e bem fiel ao anime original.

A lenda dos Cavaleiros e a ameaça de Poseidon e Hades
Uma questão que ficou diferente do anime clássico, mas que ficou muito interessante nesta versão, foi a luta dos cavaleiros de bronze contra Ikki de Fênix. Aqui, Seiya enfrenta o Cavaleiro de Fênix sem sua armadura, e vai recebendo uma parte da armadura de cada um dos outros cavaleiros de bronze para encará-lo. Ficou bem legal a luta e a questão dos cavaleiros cederem partes de suas armaduras para ajudarem Seiya (para variar, claro) e derrotarem Ikki ficou bem maneiro.

Os cavaleiros se ajoelham perante Saori
Ah! Uma questão intrigante nesta versão é que nenhum dos cavaleiros de bronze, incluindo os secundários, usam seus capacetes. Mesmo a armadura sendo completa, como no anime e no mangá (a versão aqui das armaduras são as do mangá), em nenhum momento os cavaleiros usam seus capacetes. Eles usam toda a armadura, mas os capacetes não, e não dá para entender o porquê disso. 

A luta clássica entre Seiya e Shiryu
Mesmo com as diferenças na nova versão, o anime diverte e cumpre bem o papel de adaptar para os dias atuais a história dos Cavaleiros de Athena, tentando assim atrair uma nova leva de fãs. É inegável o sucesso da franquia mundialmente e com certeza novos episódios serão disponibilizados em breve na Netflix, mas ainda sem previsão de quando isso ocorrerá. Obviamente que os 6 episódios passam num piscar de olhos e deixam um gostinho de quero mais na boca. A nova versão me agradou muito e mal posso esperar para ver o que irá acontecer de agora em diante na saga que eu mais gosto dos Cavaleiros do Zodíaco: A Batalha das 12 Casas! Vamos em frente! E me dê sua força, Pégaso!!!


Um grande abraço!

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