quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Mirai Sentai Timeranger: uma das grandes produções da Toei.

Timeranger soube brincar com o milênio que viria.

Terminei Timeranger tem um tempinho, e fiquei muito satisfeito com o que vi neste sentai. Primeiro por considerá-lo um irmão mais velho de Dekaranger, que é meu segundo sentai favorito, apenas atrás de Gokaiger. Segundo por ser futurista e ter o tema policial de pano de fundo.

Terceiro por ser uma história muito bem feita. Todas as personagens têm personalidades interessantes, embora nenhuma seja necessariamente inédita em um sentai. Timeranger apresenta a família Londarz, criminosos do século 30 que só pensam em dinheiro: Gien, Dornero e Lila. Francamente, eu simpatizei bastante com Gien e Dornero, a Lila é apenas um rosto bonito com voz estridente. Durante a série, aparecem os conflitos entre as personagens do futuro (Yuuri, Domon, Ayase e Sion) e Tatsuya, que é do presente. Várias vezes eles se questionam se poderão voltar para casa um dia ou se terão que viver mil anos no passado. Passado este que eles têm a todo custo tentar modificar. Também questionam a utilidade de Tatsuya como membro da equipe. Dornero e Gien são ótimos vilões: Dornero é um mafioso alienígena, Gien foi um homem que o salvou e que Dornero converteu em máquina. Antes, Gien não era muito inteligente. Após a conversão, se tornou uma máquina insana, louco por destruir coisas como seu passatempo.

Os episódios são bem simples, sem nenhuma trama muito complexa, mas não os faz menos interessantes. Os problemas de Tatsuya com o pai, a doença de Ayase, a ira de Yuuri contra Dornero, Domon e a saudade de casa, Sion sendo o único sobrevivente de sua espécie. Tudo isto torna Timeranger um sentai muito fácil de se prender.

Outra coisa que curti demais: uma líder no esquadrão, mesmo não sendo vermelha. Claramente a Yuuri (Time Pink) é quem dá as ordens aos demais, sendo o Tatsuya (ao lado do Marvelous, o Red que mais gosto, cara gente boa) apenas um líder de campo ou quando acontecem situações com o Timefire. Falando em Timefire, Timeranger quebra o paradigma do sexto membro, já que o Timefire nunca se torna um membro da equipe. Apenas ajuda quando é mais conveniente.

Quanto ao roteiro, embora eu tenha falado dele vagamente acima, Timeranger se notabiliza por alguns aspectos: dramas leves, o típico humor sentai ingênuo e inteligente, personagens com dilemas existenciais que não são difíceis (exceto Sion) de ver. Há alguns pequenos furos, como o que acontece com a Lila, a pouca utilidade da Voltech Bazooka e o Time Shadow ser usado sem necessidade contra alguns vilões.

Para finalizar, Timeranger tem uma das mechas mais fantásticas que já vi, o Timerobo, em suas formas Alfa e Beta. Quem criou o conceito de um robô de duas faces completamente diferentes está de parabéns. A transformação dele é uma das melhores que já vi, além de um golpe final muito bem sacado! Timeranger vale muito a pena assistir.